Tatiele Silveira explica mudanças no feminino do Vasco e cita objetivo em 2023

Tatiele Silveira, coordenadora do feminino do Vasco da Gama, falou sobre o processo de reconstrução da equipe vascaína.

Tatiele Silveira, coordenadora do feminino do Vasco
Tatiele Silveira, coordenadora do feminino do Vasco (Foto: TV Globo)

O Vasco passa por uma reconstrução no seu futebol feminino. A palavra é usada por Tatiele Silveira, campeã brasileira como técnica em 2019 pela Ferroviária, e atualmente a coordenadora da modalidade no clube, ao comentar sobre a informação de que as atletas da base foram dispensadas. Segundo a dirigente, o objetivo é primeiro focar os esforços na categoria adulta e assegurar o acesso à A2 na temporada 2023.

– Na verdade é uma reconstrução sempre usando muito do que já aconteceu aqui dentro. O Vasco tem uma história muito grande no futebol feminino desde muito tempo e agora a ideia é começar os processos de dentro para fora. A ideia hoje de suspender a categoria de base é que a gente possa realmente focar nossa energia na categoria adulta integrando muitas meninas que passaram por aqui, que estiveram aqui. Estamos usando muitas atletas que permaneceram. Aí a gente foi identificando qual a característica desse grupo de acordo com a A3, que é o objetivo esportivo do ano para que possamos entender a competição e usar da melhor maneira possível as meninas que estavam aqui e trazer atletas que a gente acha que realmente vai agregar para a conquista desse objetivo. Esse momento da base é de suspensão. Estamos com todas elas no nosso radar para quando conseguirmos reestruturar novamente é o segundo passo. O primeiro passo é estar com o futebol adulto muito forte, buscar o acesso à Série A2 e aí sim ter esse olhar novamente para a categoria de base – afirmou Tatiele Silveira.

Antes do começo do Brasileiro A3, série que o Vasco irá disputar a partir de 15 de abril, a equipe terá a Copa Rio pela frente, torneio organizado pela Federação Carioca de Futebol. A estreia é dia 22 de março. A treinadora Jaqueane Correa usará o torneio também como teste para que o time chegue pronto para o começo da competição nacional. A meta é trabalhar com um grupo de 28 a 30 atletas no time principal. Toda essa reestruturação também faz parte do processo da SAF no Vasco. Atualmente, o futebol feminino está abaixo do guarda-chuva de Carlo Brasil, diretor executivo das categorias de base. Tatiele comenta que tem participado de reuniões e nas transformações pelas quais passa o clube o futebol feminino está sendo inserido.

– O futebol feminino está dentro do processo da SAF. Nós estamos participando dessas reuniões, desses encontros, dessas ideias. Tudo que está acontecendo de transformação do clube o futebol feminino está sendo inserido. Como falei. Temos a nossa realidade hoje, do nosso objetivo desportivo. A SAF está enxergando isso e o futebol feminino está inserido dentro desse processo. Hoje meu papel, com minha chegada, é realmente trazer essas ideias, trazer um pouco do olhar do futebol feminino, de todas as experiências que eu tive para que eu possa contribuir com ideias diferentes quando a SAF está fazendo essa reformulação dentro do clube de uma maneira geral – disse Tatiele.

Confira outras respostas

Estrutura onde o feminino está inserido

– Dentro desse nosso novo pensamento uma das novas maneiras que estamos conseguindo ver essa diferença do olhar do clube para o futebol feminino é agregar o futebol feminino dentro da categoria de base. Estamos dentro do guarda-chuva do Carlos Brasil, que é o diretor executivo da categoria de base. E estamos dentro dessa estrutura. Então hoje a academia, suporte médico, todo esse suporte para que a gente entregue o melhor para a atleta estar no campo preocupada com treinamento, com sua performance. Que a comissão técnica possa tirar o melhor delas. Todo esse suporte extracampo e nossa ideia de dentro para fora é proporcionar essa qualidade que hoje o Vasco está trazendo para nós no suporte com a categoria de base, essa unificação de ideias, metodologias, e aí a gente conseguir deixar nossa comissão técnica pensando em futebol e a gente aqui busca esses alicerces para dar o melhor.

De treinadora a coordenadora

– Eu sempre falo que quem trabalha com futebol feminino, como eu que trabalho há muitos anos, a gente sempre faz um pouquinho de tudo. Claro que minha carreira teve uma ascensão muito grande como treinadora, o título brasileiro de 2019 foi extremamente importante, foi um divisor de águas na minha carreira, que me trouxe muita experiência, passei por grandes clubes, clubes que me ensinaram muita coisa. Mas aquele começo da Tati no sul, eu tive possibilidade de ser treinadora, mas ao mesmo tempo coordenadora de base do clubes que passei. Toda essa experiência que hoje eu trago é exatamente para trazer a realidade do campo, das necessidades do novo futebol feminino, o futebol feminino cresceu muito. E é como falei. O Vasco já teve uma história muito grande e a gente tem que resgatar. O resgate é justamente trazendo essa experiência de que eu tive dentro de campo , mas o treinador é um grande manager. Ele precisa de conhecimento em todas as áreas e sempre trabalhando em conexão com essa parte de gestão. Hoje estou mais nessa parte administrativa, estou dando todo suporte para a Jaque (Jaqueane Correa, técnica do Vasco), metodológica também, é uma menina muito inteligente que está crescendo também na profissão e eu quero ter essa proximidade com ela e também do campo. É inevitável. Mas o foco mesmo é trazer as minhas vivências dos clubes que passei agora para dentro dessa parte de gestão e trazer um crescimento para que possamos alcançar os objetivos do ano.

Como o futebol feminino é visto no Clube

– Sem dúvida hoje o Vasco traz e trata o futebol feminino dentro de toda sua estrutura. O Vasco SAF vem trazendo essas grandes mudanças para progredir e ser um processo de evolução e o futebol feminino hoje está tendo esse suporte. O torcedor do Vasco pode ter certeza que a gente quer entregar um time muito competitivo, um time que vai brigar muito esse ano. Nós sabemos da nossa realidade e sabemos também da nossa ambição e a ambição do Vasco vai ser sempre crescer, sempre vencer. A partir do momento que tenhamos de novo esse caminho com o adulto a base é uma consequência, mas a gente quer fazer isso da melhor maneira possível para atender de uma maneira muito bacana, muito positiva todas as categorias que tivermos dentro do clube.

Número de atletas no grupo

– Tem bastante gente que ficou. Hoje estamos trabalhando em uma média de 28 a 30 atletas. É um elenco que condiz com nossa realidade e é mais ou menos isso que estamos buscando.

Objetivo em 2023

– Subir para a A2. Pode ter certeza que vamos competir muito e essa equipe está focada, voltou aos treinamentos com muita vontade, muita motivação. Agora temos a Copa Rio antes do Brasileiro, mas que possamos já mostrar um pouquinho dessa nova identidade com essa nova comissão técnica e com as atletas que ficaram com a gente que com certeza querem ver o Vasco na A2 o mais breve possível.

Fonte: Blog Dona do Campinho

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