Site confirma que Luiz Mello era sócio do Flamengo quando se tornou CEO do Vasco

CEO do Vasco da Gama, Luiz Mello não poderia estar ligado à outra associação ou entidade esportiva na época em que foi contratado pela SAF.

Luiz Mello, CEO do Vasco
Luiz Mello, CEO do Vasco (Foto: Ministério do Esporte)

Se o time não vai bem no Brasileirão, o ambiente fora de campo no Vasco está ainda pior. A relação entre SAF e clube associativo vive momento muito conturbado, dias antes da reunião do Conselho de Administração, com participação da cúpula da 777 Partners, marcada para a próxima quarta-feira.

Há um grande distanciamento entre o clube e a gestão da SAF, com acusações das duas partes, chegando ao ponto de dirigentes do Vasco associativo cogitarem pedir formalmente na reunião a demissão de Luiz Mello, CEO da SAF. Entre diversas razões de insatisfação, há o entendimento de que falta proatividade em pleno momento de crise do futebol.

Além de lideranças da SAF terem sido convocadas por membros do Conselho Deliberativo para prestarem esclarecimentos sobre o momento do futebol, um grupo de conselheiros protocolou uma denúncia contra Luiz Mello, nesta semana. O “Uol” foi o primeiro a informar.

Os conselheiros alegam que o CEO do Vasco era sócio do Flamengo ao tomar posse na SAF, em 31 de agosto do ano passado, e solicitaram a apuração dos fatos. Ao assinar o Termo de Posse, ele declarou que “não detém, direta ou indiretamente, vínculo associativo […] de clube ou entidade de prática desportiva, exceto pelo acionista fundador, o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA”.

O ge confirmou que, quando assinou o termo, Mello tinha em seu nome um plano ativo de sócio-torcedor do Flamengo. O documento assinado pelos conselheiros, pedindo a investigação do caso, chegou recentemente às mãos do presidente Jorge Salgado.

Mello prestigiado e preocupação com futebol

O desgaste é enorme entre os dirigentes, mas Luiz Mello tem prestígio com executivos da 777, segundo pessoas consultadas pela reportagem. Os executivos entendem não haver motivos para a saída do CEO. O ge ouviu que os “ataques políticos” em momento algum afetaram a reputação de Mello com a empresa. A maior preocupação do grupo, por ora, é com o futebol.

Na visão da 777 Partners, o aporte financeiro previsto em contrato foi feito e. Com tamanho investimento, mais de R$ 100 milhões injetados em reforços, o clube deveria estar melhor no Brasileirão. Em outras palavras, é possível afirmar que a situação do diretor-esportivo Paulo Bracks é menos tranquila do que a de Mello.

Nicolas Maya, diretor de operações de futebol do grupo, desembarcou recentemente no Rio de Janeiro para acompanhar o dia a dia do futebol. Trata-se de uma visita rotineira. O dirigente costuma visitar o Vasco com frequência.

Na próxima semana há a expectativa de que Johannes Spors, diretor-esportivo da 777, venha ao Brasil. Algo que também estava previsto. Ele vai participar presencialmente da reunião do Conselho de Administração da SAF do dia 21 e acompanhar a partida conta o Goiás, em São Januário, válida pela 11ª rodada do Brasileiro.

Foi de Johannes a indicação para contratação do técnico Maurício Barbieri, hoje muito pressionado no cargo, por exemplo.

O ambiente é delicado inclusive entre a gestão da SAF e o futebol, com insinuações internas de “fogo amigo”. No dia 25 do mês passado, antes de uma coletiva de Gabriel Pec Bracks e Mello apareceram juntos, para um papo informal com jornalistas. O objetivo era desmentir o boato de que havia atrito entre eles.

Bracks queria ter concedido entrevista naquele dia, momento em que o Vasco já estava imerso na crise, mas não teve autorização de cima. Cinco dias depois, dessa vez autorizado a falar, ele abriu sua coletiva dizendo: “Eu queria ter falado na semana passada, mas está superado…”.

A contratação de Bracks foi uma escolha da 777 e não teve participação do CEO Luiz Mello.

Salgado irritado em São Januário

Além das desavenças entre clube associativo e a gestão da SAF, dirigentes têm convivido com cobranças dos conselhos. Dirigentes da SAF recentemente foram convocados para prestar esclarecimentos no Conselho Deliberativo sobre o momento do futebol.

Foram convocados Jorge Salgado e Roberto Duque Estrada, representantes do clube no Conselho de Administração da SAF, além de Mello e Bracks. A reunião deveria ocorrer nesta terça, mas foi adiada em razão de uma viagem de Duque Estrada, que retorna ao Brasil na próxima semana.

Membros do Conselho Fiscal também convocaram uma reunião extraordinária para conhecer e discutir questões relacionados à fiscalização da SAF. A convocação é para que Marco Schroeder, membro do Conselho Fiscal da SAF indicado pelo Vasco, explique como tem sido feita a fiscalização. O documento é assinado pelo presidente do Conselho Fiscal do clube, João Marcos Gomes de Amorim.

Em meio a tantos problemas e desgaste, faísca vira incêndio. Em um jogo recente, em São Januário, por exemplo, o presidente Jorge Salgado esqueceu seu ingresso e teve dificuldades para entrar no estádio. A nova equipe de operação de jogos não reconheceu o dirigente, que conseguiu entrar após algum tempo. O fato deixou o presidente do Vasco consternado.

* Colaborou Fred Gomes

Fonte: Globo Esporte

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4 comentários
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    Deixa o barbiere e o luiz melo trabalhar em paz poxa…

  • Responder

    Começou tudo errado qdo elegeu, Salgado, acabaram com o gigante da Colina.

  • Responder

    A que ponto chegou uma das maiores agremiação esportiva do continente , com um sócio torcedor do maior rival fazendo parte efetiva da direção , um verdadeiro ” cavalo de Tróia ” dentro de São Januário si , não bastasse ter como treinador um aprendiz que nasceu no futebol dentro deste mesmo rival . Esta bagunça toda pode explicar as razões porque o Vasco esteja na penúltima colocação de um campeonato em que tem quatro títulos na serie A e , na Serie B .Isto é resultado de uma bagunçada administração há décadas instalada em São Januário que virou vitrine e balcão de negócios de muitos empresários .O Vasco hoje , não pertence mais a sua grande torcida , o clube hoje é uma empresa que não tem nenhum compromisso com sentimento dos vascaínos e , que pouco si importa com a sua performance em campo , a não demissão de Barbiere é uma prova disto e , que vai depender do resultado frente ao Goiás , que não é no momento adversário de ponta e , o Vasco pode vencer e aí é que mora o perigo .

    • Qual a desculpa para os demais anos rebaixados????? Kkkkkkkkkkkk

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