Sem pagar rescisões, Vasco demite mais de 100 funcionários do clube

As mudanças radicais prometidas pelo presidente Eurico Miranda passaram pelo alto número de demissões. Foram mais de 100 funcionários dispensados, segundo informações do Sindicato de Empregados de Clubes do Estado do Rio de Janeiro, o Sindeclubes. O clube não pagou as rescisões desses empregados demitidos e deve propor ao sindicato um acordo coletivo para diminuir o débito em algumas parcelas. Há poucos dias, o Vasco pagou o salário do mês de outubro com empréstimos e a última parcela da Caixa, mas deixou de fora os dispensados. 

O Sindeclubes recebeu ao longo da semana grande número de funcionários do Vasco. Anteriormente, o Cruz-Maltino havia garantido que pagaria o salário de todos. O clube espera evitar ações na Justiça propondo pagamento dos atrasados e das obrigações trabalhistas em algumas parcelas, através de negociação no Sindeclubes.

De Rodrigo Caetano, ex-diretor de futebol com um ano de casa, a Maria Helena Rodriguez, psicóloga que estava há quase 30 anos no clube, os funcionários demitidos ainda aguardam contato da direção do clube. Quase todos o departamento de futebol – do profissional à base,  – e do departamento médico foi dispensado. Muitos funcionários já procuram advogados e devem entrar na Justiça engordando a fila de ações trabalhistas do clube. Hoje, o clube ainda deve outubro – para os funcionários demitidos -, novembro, embora alguns jogadores que recebem menos tenham recebido, dezembro e 13º salário.

No orçamento aprovado para 2015, o clube previa indenizações de R$ 2 milhões, que representaria os gastos com o enxugamento do quadro de funcionários do Vasco. Ainda sem conseguir a renovação com a Caixa Econômica Federal e no aguardo dos primeiros entendimentos para continuar com a parceria com o Guaracamp, o Vasco corre atrás de recursos para diminuir o débito com os novos e velhos funcionários.

Globo Esporte