Salgado desiste de Falcão e Alexandre Pássaro ganha mais peso no Vasco

Jorge Salgado queria Paulo Roberto Falcão para ser o CEO do futebol do Vasco da Gama, mas desistiu após restrição orçamentária.

Alexandre Pássaro em São Januário
Alexandre Pássaro em São Januário (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A dificuldade financeira, intensificada com a iminente perda de R$ 100 milhões em receita, resultado do rebaixamento à Série B, fez Jorge Salgado mudar os planos para o departamento de futebol do Vasco. Se na campanha o presidente defendeu a ideia de um CEO comandar a pasta, a realidade impõe restrição orçamentária.

Este profissional não será contratado – pelo menos no começo de gestão. O mandatário havia definido que Paulo Roberto Falcão, ex-treinador da seleção brasileira e ex-volante multicampeão, era o nome ideal para o cargo. Sem a nova figura, “uma pessoa responsável por todo o departamento, o profissional, a base e o feminino”, frase do presidente dada em entrevista ao ge em outubro, Alexandre Pássaro, diretor executivo, ganha mais peso no trabalho de reestruturação, a começar pela contratação do novo técnico.

Em 2020, a folha salarial do futebol era de aproximadamente R$ 4 milhões. O planejamento para a disputa da Segunda Divisão aponta necessidade de redução embora o número não tenha sido revelado. Neste sentido, os poucos recursos serão direcionados a reforçar o elenco. Não faria sentido, na visão de Salgado, alocá-los em mais um dirigente.

Pássaro conduz a negociação para encontrar o substituto de Vanderlei Luxemburgo – mesmo que as decisões sejam colegiadas no comitê do futebol, formado por Salgado, Carlos Roberto Osório (primeiro vice), Adriano Mendes (vide de finanças) e o próprio Pássaro (falta a nomeação de um vice de futebol). Desde que ficou definida a saída do agora ex-treinador, o dirigente conversou com sete nomes. Chegou a adentrar a madrugada de sexta-feira, após a vitória sobre o Goiás, em contatos com empresários e jogadores em busca de informações sobre os comandantes analisados.

Dos nomes divulgados pelo ge, Pássaro confirmou publicamente que Marcelo Cabo, Atlético-GO, faz parte do grupo analisado. Além dele, o Vasco sondou Pintado, da Ferroviária. E, na sexta-feira, surgiu um nome novo: Umberto Louzer, da Chapecoense.

Marcelo Cabo é, por ora, quem mais tem chances. Lisca, do America-MG, e Fernando Diniz, sem clube desde que deixou o São Paulo, estão descartados. O primeiro tem multa alta e o segundo não pretende definir seu futuro nos próximos dias.

Seja quem for o novo treinador, a ideia da direção é anunciá-lo na segunda-feira. E ele terá a missão de mudar muita coisa. O Vasco deseja ter um time que possa competir mais e ter melhor condição física.

– Nosso entendimento é que precisamos mudar. Do jeito que está não está bom – resumiu Pássaro.

O Vasco estreia no Carioca, dia 3 de março, contra a Portuguesa. O time será formados por jovens do sub-20.

Fonte: Globo Esporte

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1 comentário
  • Responder

    Falcão, pássaro e outros sem histórico vencedor.
    Precisamos de um presidente águia que honre os compromissos financeiros e morais assumidos ao se candidatar.
    Começando muito mal, mas tem tempo para mudar essa péssima imagem inicial.

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