Saiba como surgiu o escudo do Vasco e entenda confusão em torno da Cruz de Malta
Popularmente conhecido como Cruz de Malta, símbolo principal do Vasco da Gama, na verdade, se chama Cruz Pátea.
”A Cruz de Malta é o meu pendão”. Este trecho, presente no hino do Vasco da Gama, também está representado no escudo do clube, mas com um equívoco inusitado. A história do símbolo é marcada por poucas alterações em seu emblema, com a manutenção de elementos como as letras CRVG e a presença da caravela com a cruz.
Origem
O primeiro símbolo da equipe é datado de 1898, ano de fundação do clube. Bem diferente do atual, ele era redondo, com um fundo negro e com a caravela na parte central. Nas bordas, as inscrições ”CR” (Clube de Regatas) e ”Vasco da Gama”. O escudo sofreu algumas alterações em 1903, mas se manteve circular, com uma nova borda.
A partir de 1920, o clube adotou um novo emblema, com um formato mais próximo do escudo conhecido atualmente. A caravela com a cruz foi mantida, com um novo brasão. A faixa diagonal branca foi sugestão do então técnico vascaíno Odino Vieira.
Cruz de Malta?
O primeiro escudo do Vasco continha a Cruz da Ordem de Cristo, um dos símbolos nacionais de Portugal. Contudo, após a mudança do símbolo em 1920, a cruz em questão foi alterada para a chamada Cruz de Malta, citada no hino e cantada pela torcida. No entanto, a insígnia se trata da Cruz Pátea (ou Cruz Templária), e não da Cruz de Malta.
A confusão aconteceu por conta de um estrangeirismo que ocorreu no Brasil. Em outros idiomas, como inglês e francês, todo tipo de cruz aberta era denominada como Cruz de Malta e o mesmo aconteceu na adaptação da nomenclatura em solo brasileiro.
Novas versões do escudo
A partir da década de 1980, o escudo do Vasco foi remodelado algumas vezes. O emblema atual foi atualizado em 2021, com pequenas alterações em relação à versão anterior. O Cruzmaltino realizou mudanças na fonte das letras presentes no símbolo, com a ideia de modernizar o escudo sem perder a essência.
Fonte: Globo Esporte