Rossi participa do Rolé no Rio e fala sobre carreira e outros assuntos
O atacante do Vasco da Gama, Rossi, falou sobre carreira e outros assuntos no quadro Rolé no Rio, exibido na Vasco TV.
Uma das últimas edições do Rolé no Rio foi talvez a mais raíz e verdadeiramente carioca. Cria da cidade de Prainha, no Pará, o atacante Rossi foi o escolhido para conhecer a Comunidade da Rocinha, maior favela da América Latina. O camisa 7 aceitou o convite da Vasco TV e do Site Oficial e levou os pais Raimundo e Rosilete, a esposa Vitória e a sobrinha Sofia.
O jogador, cria de uma cidade humilde, falou sobre a perseverança que teve para vencer no futebol e porque não pestanejou ao visitar a Rocinha e lembrou porque chorou no aquecimento do jogo contra o Flamengo no Maracanã, quando seus pais estavam no estádio para assistí-lo.
– Eu acho muito bonito porque é muito grande. É a maior da América Latina. Já joguei com amigos que são crias aqui da Rocinha e dei uma pesquisada sobre a história do local antes de vir aqui. A receptividade foi fenomenal. Deu pra perceber que tem muito vascaíno aqui na Rocinha. É um dia que vai ficar marcado na minha memória, esse passeio com a família. Eu sou família. Sou comunidade e procurei demonstrar isso nas minhas tatuagens. Aquele jogo no Maracanã eu me emocionei por isso. Saí muito cedo de casa, minha família estava toda lá e por isso me emocionei. Cumpri a promessa que fiz a eles quando saí de casa, de dar uma vida melhor pra eles. Foi com muito esforço, com muito suor. Me tornei profissional. Cheguei em um grande clube – disse Rossi.
Durante a visita dos pais e da sobrinha ao Rio de Janeiro, o camisa 7 aproveitou para turistar. Além de aproveitar o convite do Vasco para conhecer a Comunidade da Rocinha, Rossi também conheceu o AquaRio e no outro dia levou os familiares para conhecer o Cristo Redentor. Os dois locais foram cenário para outras edições do Rolé no Rio, com o goleiro Fernando Miguel e o lateral-direito Yago Pikachu.
– É uma Cidade Maravilhosa, eu jogo num clube incrível. Felicidade enorme em trazer minha família aqui, em ter essa oportunidade de conhecer mais um pouco do Rio de Janeiro. Tenho vivido dias inesquecíveis aqui no Rio. Levei eles no AquaRio, minha sobrinha curtiu muito. Hoje vocês nos trouxeram aqui na Rocinha e amanhã vou levá-los no Cristo Redentor. Meu pai quer muito conhecer.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DO BATE-PAPO COM ROSSI
PRAINHA – CIDADE NATAL
Viajar pra casa é longo. Eu tenho que pegar umas quatro ou cinco horas de avião. Depois uma balsa de duas horas para atravessar o Rio Amazonas e mais quatro horas de carro. Mas é gratificante porque vou abraçar minha família de novo e os meus amigos também. É onde eu busco energia para aguentar a temporada toda. O futebol é estressante, cansativo, então é lá que eu descanso bem para aguentar a temporada.
CARREIRA
É um dos melhores momentos da minha carreira. O Vasco é um clube mundialmente conhecido. Acredito que a visibilidade de jogar aqui é absurda. Senti muito isso. É um momento magnifíco e espero ajudar o time nessa reta final de Campeonato Brasileiro.
AVENTURAS NA CHINA
Na China foi uma experiência única. Sofri um pouco com a questão da alimentação. Joguei 5kg abaixo do meu peso, isso me dificultou bastante, mas foi demais e vou levar pro resto da minha vida.
DEVOTO – NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Meus pais sempre me levavam nas missas de domingo, a cidade é pequena, então a gente acaba indo. Sempre fui muito devoto, tenho até a tatuagem. Sempre que posso vou lá, ajudo com meu jogo beneficente. E é difícil convencer meus amigos a jogar, porque é longe. O Pikachu já me disse que se estiver em Belém ele iria. Não sei se ele vai cumprir a promessa. Seria muito legal recebê-lo por lá.
PRAINHA TERRA DO ACARI
Muitas saudades de comer. Até porque eu só consigo comer quando estou por lá. Não vejo a hora de ter um tempinho e fazer um churrasco de Acari com meus amigos e minha família. Já estou contando os dias.
REFERÊNCIA PARA PRAINHA
É uma responsabilidade muito grande estar levando o nome da minha cidade ao resto do Brasil e do mundo. Meu apelido quando mais novo era Prainha. É uma responsabilidade muito grande ser uma referência para as crianças. Se eu puder dar um conselho é que eles não desistam dos seus sonhos e lutem até o fim por eles.
BÚFALO – COMEMORAÇÃO
Na verdade, o búfalo é um animal muito caraceterístico do Pará. Sou um jogador de muita entrega, qualquer camisa que eu visto, me entrego ao máximo. Até porque o torcedor paga ingresso, caro, para poder nos assistir e por isso luto tanto. É por isso que visto a camisa. A responsabilidade é muito grande. Sobre o búfalo eu faço para o torcedor que me acompanha e para os meus conterrâneos.
CARIMBÓ E AMIZADE COM PIKACHU
Não sei dançar não. Eu e Pikachu a gente brinca no vestiário. Ele é um cara que me recebeu muito bem, amigo lá do Pará, que batalhou muito para chegar até aqui e por isso torço muito por ele. Eu trouxe 2 litros de açaí agora e estamos quites. (risos)
POVO PARAENSE
É um povo muito batalhador. Poder levar o nome do meu estado. O Pikachu também é um cara que representa bastante o nosso Pará. Então, sem dúvida, o Vasco ajuda bastante nisso. Estamos representando muito bem. Sem dúvida é um orgulho enorme.
PRIMEIRO DIA EM SÃO JANUÁRIO
Eu tinha acabado de chegar no Vasco. Não tinha falado com ninguém ainda. Peguei dois ingressos, não sabia onde o jogador ficava. Ia ficar sem companhia. Peguei um garotinho da Barreira do Vasco e levei comigo, pra me fazer companhia e ele não me reconheceu. Só contei quando o jogo estava acabando, aí ele me deu um abraço, pediu pra tirar foto. Gostaria que ele aparecesse pra eu presenteá-lo com uma camisa.
Site Oficial do Vasco