Rodrigo detalha rivalidade e provoca o Flamengo em entrevista

Bicampeão Carioca em sua passagem pelo Vasco da Gama, o ex-zagueiro Rodrigo teve uma descontraída conversa com o jornalista Thiago Asmar, no canal ‘Pilhado’, no Youtube. No bate-papo entre eles, o “Xerifão” relembrou de situações em clássicos que disputou contra o Flamengo nos tempos de Gigante da Colina.

Rivalidade com o Flamengo

Durante parte da passagem de Rodrigo, num período de quase dois anos, entre 2015 e 2017, o Vasco sustentou uma grande invencibilidade em clássicos contra o Flamengo. O Gigante da Colina atingiu a marca de nove partidas sem ser derrotado pelo arquirrival, isto sendo entre Campeonato Brasileiro, Campeonato Carioca e Copa do Brasil.

Rodrigo contou que a equipe sabia como o Flamengo ia jogar, e que sabia que não iria perder para o Rubro-Negro. Ele ainda contou que era ‘cobrado’ por flamenguistas quando passeava pelo Rio de Janeiro na época, e brincou ao detalhar como funcionavam as partidas contra o arquirrival.

“A gente sabia como os caras iam jogar. Nós sabíamos que não iríamos perder para o Flamengo. Eu andava no Rio e os flamenguistas diziam: ‘Pô, deixa o atacante fazer gol’. É como eu digo, é início, meio e fim: o começo eles botavam pressão, no meio eles tremem e no final nós ganhamos (risos). Era assim que era lá, e nós falávamos no vestiário: ‘Ô galera, fica tranquilo’”.

Missão: não podia deixar Guerrero fazer gol no Vasco

Depois de dizer que faria três gols no Vasco logo no primeiro clássico, em declaração dada quando chegou ao Flamengo, Guerrero, na verdade, não marcou sequer um gol quando enfrentou o Gigante da Colina, e um dos culpados por isso é Rodrigo, zagueiro que foi seu ‘carrasco’ no Clássico dos Milhões.

Rodrigo contou que colocou em sua mente que Guerrero não podia fazer gol no Vasco, e que se empenhou para que isso não acontecesse. Ele disse que ficava passando instruções para Luan, seu companheiro de zaga, para que marcasse o atacante rubro-negro, sendo que qualquer um podia fazer gol no clássico, menos o camisa 9 da Gávea.

“A galera começou a dizer que o Guerrero não faz gol no Vasco, e eu fiquei em mente que ele podia fazer gol na gente. Eu dizia para o Luan: ‘Ô, qualquer um pode fazer, menos o Guerrero. Ele não pode, cara’ (risos). Aí o Luan me chamava de chato, eu gritava para ele ficar perto do Guerrero (risos). Mas foi bom que ele saiu do Flamengo e não fez gol no Vasco”.

Situação inusitada em clássico realizado em Manaus

Quem não se lembra da semifinal do Campeonato Carioca de 2016 contra o Flamengo em Manaus? Naquela oportunidade o Rubro-Negro, já incomodado com a longa sequência sem vitórias contra o Vasco, quis se impor antes da partida entrando correndo e colocando uma bandeira no meio do gramado, mas não deu muito certo. O Gigante da Colina venceu por 2×0, com gols de Andrezinho e Riascos, e se classificou para a grande decisão.

Perguntado sobre isso, Rodrigo contou os bastidores da situação inusitado na Arena da Amazônia. Ele disse que aquilo acabou motivando a equipe na partida, e não deu outra: Vascão na decisão e se consagrando campeão Carioca invicto em seguida.

“O roupeiro me avisou que os caras já estavam saindo do vestiário, aí nós fomos para o túnel que dá acesso ao gramado. Só que o último a sair foi o Wallace, capitão deles, estava todo mundo em fileira, mas ele saiu correndo. Nós assustamos na hora. Eu olhei para os meus companheiros, todos com cara de reprovação, eu já pensei: ‘Eu não preciso falar mais nada dentro de campo, já ganhamos’. Ali incentivou a equipe”.

Rodrigo jogou no Vasco por três anos, entre 2014 e 2017. Nesse período, o zagueiro viveu grandes momentos, como as conquistas dos estaduais, a sequência de bons resultados em clássicos contra o Flamengo e os 34 jogos de invencibilidade, mas também teve que encarar rebaixamento e duas disputas de Série B.

Ele deixou o Vasco em maio do ano passado, e encerrou a temporada jogando pela Ponte Preta, onde foi revelado. Depois do rebaixamento da Macaca à Série B, o zagueiro ficou um período esperando oportunidade e anunciou a aposentadoria no meio deste ano.

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