Rodrigo Dias faz balanço do seu início de gestão na base do Vasco

Gerente de futebol da base do Vasco da Gama, Rodrigo Dias divulgou o balanço do início da sua gestão no Clube.

Rodrigo Dias
Rodrigo Dias (Foto: João Pedro Isidro/Vasco)

O gerente de futebol da base do Vasco da Gama, Rodrigo Dias, fez o balanço do começo da sua gestão no Clube, através de texto enviado ao Globo Esporte nesta sexta-feira (27).

A base cruzmaltina vem apresentando desempenho não satisfatório, principalmente o Sub-20, que na temporada passada com Carlos Brazil conquistou vários títulos, e neste ano sofreu várias derrotas mesmo com um bom elenco.

Porém, Rodrigo destacou no texto, que a base evoluiu em alguns setores, apesar dos resultados negativos terem causado a demissão do técnico Alexandre Gomes, que havia substituído Diogo Siston, hoje treinador do Corinthians.

– Infelizmente, não deu certo com o Alexandre. Inicialmente, nos primeiros jogos, nós tivemos bons resultados, mas nos últimos jogos, infelizmente as coisas acabaram não acontecendo. Nos chamou a atenção a falta de evolução da equipe nos aspectos necessários, muito mais do que somente os resultados – disse o dirigente.

Confira o texto abaixo

Cheguei aqui no dia 16 de junho, faz agora dois meses e dez dias, num processo de reestruturação. Carlos Brazil saiu e levou oito profissionais com ele. Estamos nesse processo de remontagem. Precisamos fazer uma readequação no nosso planejamento inicial e isso demanda tempo. O desafio é ajustarmos tudo no meio de campeonatos e jogos, causando o menor impacto possível. E lembrando que há uma demanda de reduzirmos em 25% o orçamento que vinha sendo praticado na base, em nome da viabilidade financeira do clube.

O primeiro passo foi entender o que é o Vasco. A cultura do Clube. Trouxe profissionais capacitados, competentes. Houve a saída de alguns profissionais com posição estratégica do Clube e eu trouxe os coordenadores, cada um no seu departamento. Para, aí sim, implementarmos nossa metodologia, que é um trabalho que foca no atleta. Apesar de o futebol ser um jogo coletivo, a gente foca no indivíduo. Uma avaliação de cada departamento, cada microdepartamento, cada setor do Clube. A parte técnica e tática. A parte física ou fisiológica, da nutrição, psicologia, departamento médico, assistência social…Sabemos que são quatro, cinco, seis que sobem de categoria ano a ano, e a gente precisa ter esse foco no indivíduo. Um trabalho customizado, individualizado. E essa é a metodologia que a gente irá implementar.

Em cima disso, a gente também está num processo de reestruturação da categoria Sub-20. Devido também a essa reestruturação e o momento que o Clube vive, foi importante não só trazer alguns profissionais para repor as saídas, mas também valorizar os profissionais que temos aqui na casa, com capacidade e qualidade. Pois o Vasco não só formou bons atletas e continua formando, mas também forma profissionais. Infelizmente não deu certo (com o Alexandre). Inicialmente, nos primeiros jogos, nós tivemos bons resultados, mas nos últimos jogos, infelizmente as coisas acabaram não acontecendo. Nos chamou a atenção a falta de evolução da equipe nos aspectos necessários, muito mais do que somente os resultados. Passo aqui minha gratidão ao Alexandre, um ser humano fantástico e grande profissional. Não podemos esquecer que depois que ganhamos a Copa do Brasil e a Supercopa, houve uma valorização dos jogadores. Muito subiram para o time principal. E esse é o nosso trabalho. Trabalho da base é para fornecer o máximo de atletas de qualidade para a equipe principal. Hoje a gente tem uns sete atletas com idade Sub-20 que fazem parte desse trabalho. A gente está numa reestruturação de atletas, de elenco e estamos acompanhando o mercado, vendo as oportunidades e ao mesmo tempo promovendo atletas de qualidade, que identificamos como diferentes. E muitos desses jogadores que hoje compõe o Sub-20, ano passado estavam no Sub-17 e não tiveram competições nacionais para atuar, perderam parte da formação para a pandemia; é natural que haja oscilação.

Agora Igor assumirá interinamente o Sub-20, até porque muitos atletas do Sub-17 estão subindo. Ele tem uma vasta experiência e diversos clubes no currículo. Foi vice-campeão da Copa São Paulo em 2019. Trabalhou no profissional do Confiança como auxiliar técnico e chegou na final do Campeonato Brasileiro Sub-17 pelo Vasco. Tem 72% de aproveitamento no Sub-17. Neste meio tempo, o Gustavo Caetano, seu auxiliar no 17, que comandou o time durante a Copa Rio, porque o calendário bateu com a disputa do Brasileiro, assumiu como treinador, quando Igor estava focado no Brasileiro. Ele teve um ótimo aproveitamento, também de 72%. Não vai ser novidade ele assumir o time Sub-17. Nossas equipes são todas integradas, nossos analistas trabalham juntos, todos conhecem os jogadores, as características, a história de cada um. É um trabalho integrado, por isso a convicção de que o trabalho seguirá.

Houve a final do Brasileiro Sub-17, após esse jogo nós subimos cinco atletas. Andrey, na verdade, retornou ao Sub-20. Também promovemos Erick Marcus e Lucas Eduardo, que estão na Seleção. Além de Barros e Ykaro.

Estamos nesse processo também, que internamente nós conversamos sobre acelerar sem atropelar. Se o desafio está baixo para um atleta, buscamos colocar um desafio maior e subir de categoria. Esse é o objetivo principal para além dos resultados. Conseguimos chegar na final do Brasileiro Sub-17, melhor campanha da história do Clube. Chegamos na final da Copa Rio. Toda e qualquer jogo e competição que o Vasco participa, ele entra para vencer. E a gente sabe que buscamos resultados, mas têm outros indicadores de desempenho, que é a subida desses atletas para a equipe de cima e consequentemente a subida de atletas do 17 para o 20. Além das subidas de atletas do 15 para o 17. Tivemos uma surpresa agradável com a promoção do Rayan, outro atleta de Seleção Brasileira.

Gostaria de agradecer ao nosso Presidente Jorge Salgado, que tem dado todo o apoio e suporte necessário para o desenvolvimento do nosso trabalho aqui na base. Apesar de todas as dificuldades, não falta apoio, não falta incentivo e as condições para desenvolvermos esse trabalho. E o alinhamento, essa integração base-profissional que tem que ter com o nosso executivo Alexandre Pássaro. A base forma, mas quem revela é o profissional. Então a gente tá em constante alinhamento. O atleta precisa estar jogando. O jogador de qualidade sobe e às vezes tem uma dificuldade de performance, de espaço e é preciso que esse atleta desça para ganhar minutagem, estar jogando. O atleta de fato desenvolve não só no treinamento, mas principalmente nos jogos.

A médio prazo o Vasco vai ter um retorno muito grande de atletas performando na equipe principal, e atletas que futuramente serão ativos valiosos e darão um retorno muito grande para o Clube. Esportivo e financeiro. Seguindo, dando continuidade, nesse DNA formador que o Vasco sempre teve. Tivemos vendas relativamente recentes do Paulinho em 2018, do Douglas em 2017 e do Talles Magno nesse ano de 2021. Sabemos que para a saúde financeira do Clube é importante.

A base do Vasco terá sequência de jogos importantes em várias categorias. A equipe Sub-20 terá como técnico Igor Guerra, comandante do Sub-17, até a chegada definitiva de um novo profissional. O Cruzmaltino, por meio de Rodrigo Dias, avalia nomes no mercado.

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