Rodrigo caetano: o cobiçado

O dirigente, que é disputado por Vasco e Grêmio, já despertou o interesse também do Fluminense.

O fim da temporada se aproxima, e as especulações em torno das contratações dos grandes times começam a surgir nos noticiários. Mas nenhuma tem mais repercussão no momento do que o destino do diretor-executivo Rodrigo Caetano. O dirigente, que é disputado por Vasco e Grêmio, já despertou o interesse também do Fluminense. Não só as diretorias dos clubes, mas também seus torcedores anseiam pelo acerto dele.

Mas ainda não será esta semana que se saberá a resposta para o destino de Rodrigo. Certo mesmo, só que a proposta do Fluminense foi descartada. Apesar de melhor financeiramente, o diretor sempre deixou claro que esse não seria o ponto principal para acertar com um clube. A dúvida está mesmo entre Vasco e Grêmio. Dos dois lados, os dirigentes se mostram confiantes. Em ambos, Caetano encontra prós e contras. Na Colina, Rodrigo tem mais visibilidade, mas quer continuar com a autonomia que tem no futebol, fato que pesa a favor do tricolor gaúcho.

Enquanto a decisão não é tomada, o GLOBOESPORTE.COM tenta explicar os motivos para essa disputa entre os clubes. Por que Rodrigo se tornou figura tão prestigiada nos times? Como a figura de um diretor executivo, até então relegada para segundo plano, passou a ser tão essencial a ponto das torcidas aguardarem seu anúncio?

Para responder a essas perguntas, fomos analisar os trabalhos de Rodrigo no Grêmio e no Vasco. No tricolor gaúcho, o dirigente começou coordenando as categorias de base entre 2005 e 2006. Responsável pela reestruturação das camadas mais jovens, ajudou a revelar talentos importantes como Lucas e Carlos Eduardo. Após o trabalho do dirigente, o sub-20 gremista se tornou campeão nacional.

Em 2007, Rodrigo foi promovido para a função que exerce hoje no Vasco: diretor executivo. Foi ele o responsável por montar o elenco que foi vice-campeão da Libertadores em 2007 e vice do Brasileiro em 2008.

– Ele é tão qualificado como se fala por ser um organizador. O Rodrigo concilia a experiência acadêmica na administração, com a vivência de campo, o que ajuda a ter uma perspectiva maior – explicou Antônio Vicente Martins, que vai assumir a vice-presidência de futebol do Grêmio quando a nova diretoria tomar posse.

Rebaixado em 2008, o Vasco precisava de alguém para reorganizar o futebol no ano seguinte. Surgiu então a ideia de contratar Rodrigo. O acerto, a princípio, não empolgou a torcida. Mas isso logo mudaria. A “obrigação” de vencer a Série B foi alcançada. Mas, para isso, o time foi quase todo reformulado. Chegaram nomes que logo se tornariam queridos pelos vascaínos. Carlos Alberto, Ramon e Fernando Prass são os melhores exemplos.

Conquistado o acesso, Caetano conseguiu, após longas negociações, as permanências de Carlos Alberto e Ramon e as contratações de Felipe, Zé Roberto e Eder Luis. O objetivo era claro: conquistar uma vaga na Libertadores de 2011. Mas os resultados ruins no início do Brasileiro e os muitos empates após uma boa arrancada fizeram esse sonho acabar.

– O futebol é um negócio grandioso sobre todos os aspectos, inclusive financeiramente e emocionalmente. Infelizmente, o país ainda padece de um aspecto de gestão e profissionalismo grande. Ainda temos um grau de improvisação imensa nos clubes. Há muitos caciques tentando mostrar uma suposta competência, mas demonstram um arremedo, uma improvisação. Quando você tem uma pessoa com longa vida acadêmica, curso superior, pós-graduação e experiência na área, ela acaba se destacando. O Rodrigo tem uma dedicação enorme e um presença grande nas questões básicas e fundamentais do futebol do Vasco. Ele se distingue pelos predicados que tem. O relacionamento com os jogadores também é ótimo, com muito respeito. Ele cobra muito deles, mas os atletas confiam nele. Isso define esse prestígio e essa valorização que ele tem no mercado – afirma José Hamilton Mandarino, vice presidente de futebol do Vasco.

Em comum, seus trabalhos no Vasco e no Grêmio se regem por algumas diretrizes. Rodrigo faz questão de ter total controle sobre o departamento de futebol. Tudo passa por ele, que gosta de implementar sua metodologia de trabalho no setor. O dirigente, que tem bom conhecimento dos jogadores que atuam nas categorias de base, costuma apostar na contratação de jovens valores que podem servir ao time principal ou serem vendidos para o mercado internacional ajudando a sanar as dívidas dos clubes. No Vasco, Diogo é o mais recente exemplo. Apesar de ter 18 anos, o lateral-esquerdo foi contratado do Vila Nova (Goiás) e já disputou dois jogos pelos profissionais. Além disso, Rodrigo tem bom trânsito entre empresários e usa isso para conseguir as contratações que seus times precisam.

Para Rodrigo, toda essa movimentação em torno de seu nome serve para mostrar apenas uma coisa: os dirigentes profissionais estão cada vez mais valorizados. No Vasco, Caetano é tão estimado que costuma dar autógrafos para torcedores. Questionado se é mais popular agora ou quando era jogador, costuma se esquivar.

– São épocas diferentes. Não dá para comparar – é a resposta mais ouvida.

Se Rodrigo consegue se esquivar da pergunta sobre sua popularidade, o mesmo não poderá fazer em relação ao clube que vai trabalhar no ano que vem. Tanto Vasco quanto Grêmio aguardam uma decisão para breve. Apesar da fama de ser um bom negociador a ponto de agradar a todos os envolvidos, desta vez, ele não conseguirá fazer isso.

globoesporte.com

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