Rodolfo começa ganhar confiança da torcida após quartas da Libertador

Sob aplausos ao sair de campo, assim como todo o time, o zagueiro Rodolfo sentiu pela primeira vez ter a confiança do torcedor vascaíno. Há cinco meses no clube, ele viveu dias de questionamento externo e interno. Na quarta-feira, as lágrimas das más atuações deram lugar ao sorriso.

O gol que salvou na pequena área e a segurança mostrada em praticamente os noventa minutos do empate com o Corinthians, no entanto, não podem ser exceções. O futebol apresentado em São Januário será o parâmetro daqui para frente.

— Concordo que foi a melhor atuação. Todo mundo está me ligando. Gostei muito da atuação. Não quero parar por aqui, quero sempre melhorar a cada dia. Se tem algum jogo para me espelhar, tem que ser esse. E ser daí pra cima. Não adianta nada fazer um jogo muito bom e não manter essa sequência. Vou ralar muito para chegar lá — admitiu o zagueiro.

Empate considerado bom

Sem Dedé, fora do time há mais de um mês, a responsabilidade da dupla de zaga aumentou. Ainda mais diante de um adversário cujo sistema defensivo fora tão exaltado. O Corinthians, que levou apenas dois gols na competição, não viu sua rede balançar. Mas também não conseguiu superar a defesa adversária.

— Pela formação do Corinthians, tínhamos que sair à caça dos jogadores porque não tinha ninguém fixo. Tem que sair com muita certeza para não perder a bola — disse.

Se nos primeiros jogos Renato Silva e Rodolfo não corresponderam às expectativas, o entrosamento ao longo das partidas tem aumentado a consistência da defesa.

Um outro detalhe também tem ajudado a melhorar o rendimento da zaga. O posicionamento da equipe na marcação. Sobretudo com a entrada de Nílton, outro jogador que passou por fase difícil após um ano de recuperação.

— A torcida compareceu, incentivou, isso dá tranquilidade de fazer seu trabalho, vai exercer da melhor maneira — afirmou o volante, que considera esse seu melhor momento desde o retorno.

Com a tranquilidade e confiança adquiridas pelos bons desempenhos, ambos creem no crescimento do time e na classificação do Vasco no jogo de volta, na próxima quarta-feira. Sobretudo pelo gramado melhor, que devem encontrar no Pacaembu.

O empate foi considerado bom em São Januário. Porém, em São Paulo, não deve ser o resultado a ser buscado, ainda que possa garantir a classificação, no caso do empate com gols.

— O tempo não ajudou, infelizmente. Choveu quatro dias, não há gramado que aguente. Lá, vamos ter um gramado bom, que pode ser positivo para gente pelo toque de bola do nosso time. Está tudo igual e tem muita coisa pra acontecer — acredita o zagueiro.

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