Roberto Dinamite já foi técnico do Vasco; veja como foi

Roberto Dinamite, que morreu no último domingo, já conduziu o Vasco da Gama na beira do campo em uma partida e meia.

Roberto Dinamite, ídolo do Vasco, em sua época de jogador
Roberto Dinamite, ídolo do Vasco, em sua época de jogador

Além da euforia que proporcionou com seus gols e seu período como mandatário do Vasco, Roberto Dinamite escreveu uma página curiosa pelo clube. O eterno camisa 10 (que morreu no último domingo, dia 8, aos 68 anos) chegou a ocupar o posto de treinador da equipe.

No ano de 1990, as disputas do Campeonato Carioca e da Copa Libertadores levaram a equipe a conviver com um calendário exaustivo (com nove partidas em 17 dias). No dia 27 de abril, os vascaínos encaravam o Olimpia (PAR) em jogo decisivo em São Januário pela fase de grupos da competição continental. No decorrer da etapa inicial, o técnico Alcir Portella sentiu um mal-estar e teve de ser hospitalizado. Dinamite foi designado para “herdar” seu posto na sequência da partida.

– Naquela ocasião, o Alcir teve uma enxaqueca forte e precisamos levá-lo para o hospital. O Eurico (Miranda, então vice de futebol do clube) tinha um respeito muito grande naquele período pelo Roberto e quis colocá-lo no cargo enquanto o Alcir se recuperava – disse.

Sob o comando do craque (que estava relacionado para o confronto, mas se recuperava de uma pancada no pé), o Vasco assegurou a vitória por 1 a 0 sobre a equipe paraguaia. O gol do time da casa tinha sido marcado aos 22 minutos da etapa inicial, quando Bebeto fez bela jogada e abriu caminho para Sorato estufar a rede e definir a classificação para as oitavas de final da Libertadores.

Dois dias depois, o Cruz-Maltino voltou a campo. Desta vez, a partida era válida pelo Campeonato Carioca e os vascaínos continuaram sob o comando de Roberto Dinamite, pois o técnico Alcir Portella seguia internado com diagnóstico de uma estafa.

– O Alcir ainda não tinha condições de retornar ao comando. Não tinha se sentido bem – recordou-se Campello.

O Vasco tinha de vencer o Bangu em Moça Bonita. O objetivo era garantir o ponto extra no triangular final do Estadual. A equipe lidava com desfalques e desgastes e teve inclusive de improvisar.

– Lembro que durante um treino o Roberto chegou para mim e perguntou: “você pode jogar de zagueiro?”. Nossa dupla de zaga titular estava toda desgastada com a sequência de jogos e se lesionou. Fui, aceitei e entramos para a partida – destacou o volante Zé do Carmo.

Só que a chance do Vasco ficar com um ponto extra escapou. Diante de um adversário empolgado, o ídolo cruz-maltino viu os banguenses abrirem vantagem com gols de Macula e Cláudio José.

Dinamite ainda fez mudanças. William, lesionado, deu lugar a Marco Antônio Boiadeiro. Andrade saiu para que Quiñonez reforçasse a defesa e Zé do Carmo regressasse ao posto de volante. O Vasco diminuiu o placar com Bebeto. Na reta final, os vascaínos ainda tiveram chances de igualar, mas não evitaram a derrota por 2 a 1, que fez com que o ponto extra ficasse nas mãos do Botafogo.

Roberto Dinamite teve um comportamento bastante comedido em seus históricos 90 minutos como comandante cruz-maltino. Em entrevista a “O Globo” na época, o eterno camisa 10 disse que estava “apenas colaborando com o clube”.

Em uma declaração divulgada no “Jornal dos Sports”, Dinamite confessou que a experiência “serviu para que ele sentisse como é difícil dirigir uma equipe”.

A dedicação e o jeito prestativo de Roberto Dinamite rendiam mais um momento curioso de sua relação com o Vasco.

Fonte: Lance!

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