Resposta Histórica completa 97 anos nesta quarta-feira

Há 97 anos, o Vasco da Gama elaborou a carta se negando a não incluir jogadores negros, humildes e operários no seu elenco.

Vasco publica sobre a Resposta Histórica
Vasco publica sobre a Resposta Histórica (Foto: Twitter do Vasco)

Nesta quarta-feira (07), está completando 97 anos que o Vasco da Gama teve uma das maiores atitudes da sua história.

No dia 07 de abril de 1924, o então presidente do Clube, José Augusto Prestes, elaborou a carta chamada Resposta Histórica, fortalecendo a luta contra a discriminação racial e social no futebol nacional.

Antes da Resposta Histórica, o futebol era restrito à elite e aos brancos, onde os clubes eram proibidos de contar com operários, negros e pessoas humildes no seu elenco.

O passo dado por José Augusto Prestes foi muito importante, inclusive colocou o Vasco no reconhecimento popular de quem lutou e continua lutando para o fim do racismo, que até os dias atuais é visto no futebol.

Em comemoração à data, o Vasco se manifestou por meio das suas redes sociais, assim como o presidente Jorge Salgado destacou postagens relacionadas à Resposta Histórica.

Confira publicações do Gigante no Twitter:

O UOL destacou na íntegra a carta que mudou a história do futebol brasileiro, a qual foi escrita no ano de 1924 por José Augusto Prestes.

Confira abaixo

Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924. Officio No 261 Exmo. Snr. Dr. Arnaldo Guinle, M. D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos As resoluções divulgadas hoje pela Imprensa, tomadas em reunião de hontem pelos altos poderes da Associação a que V. Exa. tão dignamente preside, collocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada, nem pelas defficiencias do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa séde, nem pela condição modesta de grande numero dos nossos associados.

Os previlegios concedidos aos cinco clubs fundadores da A.M.E.A., e a forma porque será exercido o direito de discussão a voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções. Quanto á condição de eliminarmos doze dos nossos jogadores das nossas equipes, resolveu por unanimidade a Directoria do C.R. Vasco da Gama não a dever acceitar, por não se conformar com o processo porque foi feita a investigação das posições sociaes desses nossos consocios, investigação levada a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa Estamos certos que V. Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um acto pouco digno da nossa parte, sacrificar ao desejo de fazer parte da A.M.E.A., alguns dos que luctaram para que tivessemos entre outras victorias, a do Campeonato de Foot-Ball da Cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores, jovens, quasi todos brasileiros, no começo de sua carreira, e o acto publico que os pode macular, nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que elles com tanta galhardia cobriram de glorias. Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V. Exa. que desistimos de fazer parte da A.M.E.A. Queira V. Exa. acceitar os protestos da maior consideração estima de quem tem a honra de subscrever De V. Exa. Atto Vnr., Obrigado. (a) José Augusto Prestes Presidente”.

O Gigante da Colina entrará em campo nesta quarta-feira, contra o Tombense, pela segunda fase da Copa do Brasil, e provavelmente fará alguma referência á Resposta Histórica, que está completando 97 anos.

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