Ramon Menezes aponta de falta de apoio em saída do Vasco e elogia Nenê: ‘Diferente’

O técnico Ramon Menezes disse que naquele momento era mais fácil demiti-lo do Vasco da Gama do que apoiá-lo para a fase ruim passar.

Ramon Menezes durante o jogo contra o Atlético-GO
Ramon Menezes durante o jogo contra o Atlético-GO (Rafael Ribeiro/ Vasco)

A maneira como saiu do Vasco da Gama parece ainda não ter sido bem aceita por Ramon Menezes. O técnico, atualmente sem clube, citou uma expectativa grande criada sobre a equipe em seu começo em São Januário, mas que não resistiu ao momento de oscilação.

Questionado se a política, em véspera de eleição, implicou em sua saída do Vasco, Ramon não titubeou e confirmou, dizendo que, naquele momento, era mais fácil o tirar do cargo do que dar apoio. Caso não se lembre, as eleições do Clube estavam chegando, e Alexandre Campello, que concorria à reeleição queria dar resposta à torcida.

– Não tem dúvida. Naquele momento era mais fácil tirar o treinador do que apoiá-lo. É vida que segue, bola para frente, tenho muita confiança no meu trabalho. Eu fiz agora meu dois últimos trabalhos, as coisas não andaram da maneira como eu gostaria. Preciso fazer um trabalho agora de começo, meio e fim, mas para que isso aconteça preciso de muita tranquilidade.

Nenê

As declarações do técnico foram em participação no Charla Podcast. Ramon ainda falou sobre Nenê, que retornou recentemente a São Januário. O ídolo destacou a qualidade do meio-campista, que, mesmo em poucas partidas, já tem contribuído bastante, e o classificou como ‘jogador de Série A’.

– É um cara diferente, um jogador de Série A. Ele vinha muito bem no Fluminense, foi uma opção. Um cara identificado com a torcida, a atmosfera que causa apenas a presença dele, e o Vasco com a oportunidade de ter o torcedor também. É um cara que ajudar bastante, faz a diferença, ainda mais numa competição como a Série B.

Ainda sobre o Camisa 77, Ramon citou sua especialidade, a bola parada, como um trunfo para o Cruzmaltino na sequência da Série B. O técnico disse que, com a sua presença em campo, o adversário pensa duas vezes antes de ceder um escanteio ou falta próxima da área, sendo que o meio-campista pode converter em gol.

– Na bola parada ele decide. Escanteio perigoso, falta lateral, cruzamento. Quando vão jogar contra pensam em evitar uma falta próxima da área, lateral, de olho na batida, um escanteio. É um cara que você o treinador se preocupa principalmente na bola parada.

Passagem

Ramon Menezes comandou o entre 30 março e 8 de outubro de 2020, período em que foi ao céu ao inferno em pouco tempo. Depois de começo muito positivo, com direito a liderança do Campeonato Brasileiro, o comandante perdeu prestígio com a acentuada queda de rendimento na competição e foi demitido. Desde que saiu do Gigante, ele passou por CRB e Vitória, onde não foi bem.

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