Raízes Vascaínas emite nota com críticas ao 1º ano da gestão Salgado

Grupo divulgou comunicado pelo Twitter, onde não poupa a cúpula do Vasco da Gama de críticas pelo fracasso esportivo e financeiro do Clube.

Nota oficial do grupo Raízes Vascaínas
Nota oficial do grupo Raízes Vascaínas

O grupo político Raízes Vascaínas utilizou o Twitter para divulgar um comunicado nesta quarta-feira (08/12) sobre a o primeiro ano da gestão do presidente Jorge Salgado.

Na nota, o Raízes Vascaínas pontua uma série de promessas não cumpridas pela Chapa Mais Vasco, como o “Plano de 100 dias”, “Reforma de São Januário” e mais “Transparência” na administração do Clube.

Além disso, o texto também cobra mais explicações para os torcedores sobre a real dimensão da dívida do Vasco e as providências que estão sendo tomadas para estancar prejuízo econômico.

Veja a íntegra do comunicado

Consumado o vergonhoso desempenho esportivo e o pior ano da história do Club de Regatas Vasco da Gama, o Grupo Raízes Vascaínas vem externar sua expressiva revolta com o fracassado primeiro ano da Gestão Jorge Salgado.

Durante toda a campanha eleitoral, a Chapa Mais Vasco, por meio de seus agentes políticos, prospectou e vendeu ideias completamente diferentes do que se viu em 2021.

Seria difícil elencar todas as promessas de campanha não cumpridas, abaixo pontuamos algumas das principais junto às nossas considerações:

1. Aportes iniciais e de reestruturação – Foi prometido um aporte inicial de 70 milhões de Reais que colocaria o C.R.V.G. em ordem e os salários em dia já na primeira semana de Gestão.

Isso não aconteceu, o que possivelmente colaborou com a queda para Série B e consequente enorme perda de receita. O prometido “Fundo Meu Vasco de Volta” captaria de R$ 75 a R$ 100 milhões nos primeiros 100 dias da Gestão.

Além do fundo supracitado, com o FIDC prometido entrariam nos cofres do Club mais R$ 50 milhões, no mínimo, já nos primeiros seis meses. Cadê todo esse dinheiro? Era tudo mentira ou a Mais Vasco não teve competência para tirar do papel?

2. Plano de 100 dias – Não foi divulgado e ao final dos 100 dias houve a publicação de um relatório, bastante superficial, que não apresentava a execução de praticamente nada do prometido em campanha para os primeiros meses de gestão.

Além do exposto, a Mais Vasco, que repetiu centenas de vezes em campanha a palavra “planejamento”, não tinha um plano levantando a hipótese de ida à Série B.

3. Reforma de São Januário – O Fundo de Investimento Imobiliário prometido para tal foi mais um dos que não saíram do papel. Estava previsto para o segundo semestre de 2021, e até o momento não se concretizou. Além disso, a parceria com a empresa WTorre aparentemente não avançou.

4. Transparência – Pauta que percorre todos os setores do Vasco e deveria ser prioridade vislumbrando a melhoria da imagem institucional e consequentemente sua reputação com investidores e patrocinadores.

O torcedor segue sem grandes explicações e pouco detalhamento acerca de importantes decisões tomadas pela gestão. Dado o envolvimento do 1º VP do clube, a ida da parte administrativa para o Centro da Cidade, apesar de necessária, e analisada pelo Conselho Fiscal, carece de mais..

…informações ao torcedor, já cansado de desconfianças pairando sobre dirigentes do clube ao longo da história. A arrecadação com ingressos virtuais segue sem a publicidade que o sócio e o torcedor merecem.

A inexistência da Ouvidoria, que estaria funcionando em 45 dias de gestão, dificulta o acesso à informação e compromete a atuação da recém-criada Diretoria de Integridade.

5. Estrutura do Futebol: Além de não cumprido o prometido em campanha, o que vimos foi uma insistência descabida em determinadas ideias, acompanhada da extrema dificuldade em reconhecer erros.

No papel, houve a promessa de um Vice-Presidente de Futebol, entre outras caixas do bonito organograma. Essa VP passou a temporada 2021 sem ser preenchida. A supervisão e cobrança ao quadro executivo, papéis diretos do Presidente Jorge Salgado na ausência de um VP, …

…não funcionaram, vistos os resultados. Prometeram também que as decisões da pasta seriam tomadas de forma colegiada. Na prática, as responsabilidades foram centralizadas em um jovem profissional que acumulou diversas funções sem gabarito para tal.

E pasmem, Alexandre Pássaro teve até um início de trabalho promissor, mas sua vaidade e pouca humildade para reconhecer erros e alterar os rumos nos momentos necessários nos levaram ao nosso pior resultado esportivo em 123 anos.

6. Liderança – Além da flagrante falta de energia do Presidente Jorge Salgado, alvissareiro quando em campanha, consideramos indefensável o abrupto sumiço de Diretores e Vice Presidentes que outrora estiveram em direta e constante comunicação com o torcedor.

Assumir um clube com a grandeza do C.R.V.G. exige, além de competência, coragem e retidão. Sentimos falta da assiduidade dos líderes da Mais Vasco, vista em campanha e nos raros bons momentos do Vasco em 2021.

O Raízes Vascaínas não compactua com quaisquer comportamentos advindos da diretoria que não estejam alinhados com os valores e diretrizes do nosso grupo. Por isso, salientamos a total insatisfação com a forma a qual vem sendo conduzida a comunicação com o torcedor, …

…oficial ou não, que recorrentemente peca no que tange o reconhecimento das falhas de gestão e planejamento, bem como o posicionamento omisso, quando não terceirizando culpa.

Quando tratamos de Vasco, esperamos por uma liderança firme, que se responsabiliza e trata a torcida como maior patrimônio do Club. A arrogância e a pouca humildade advinda de membros da gestão não são o tratamento que o torcedor e o sócio merecem.

Calvário Vascaíno

Sem conseguir o acesso para à Série A, o Gigante da Colina tem tudo para enfrentar mais um ano de sufocamento financeiro, sobretudo pela queda de receitas geradas pela permanência na segundona.

Vivendo uma de suas maiores crises de sua história, o Vasco aposta suas fichas em transformar o seu futebol em clube-empresa, contudo, o processo ainda é embrionário, o que aponta que caminhada Cruzmaltina tende a continuar difícil nos próximos anos.

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