Rafael Vaz fala da expectativa de rever o Vasco
Rafael Vaz, zagueiro da Universidad de Chile destaca dificuldades para enfrentar o Vasco em São Januário.
Uma das atrações do programa “Troca de Passes”, do SporTV, na noite de sexta-feira foi o zagueiro Rafael Vaz. Ex-defensor do Vasco e do Flamengo, o jogador vive a expectativa de rever o Cruzmaltino na próxima terça, quando a Universidad de Chile visitará a equipe carioca na estreia de ambos na fase de grupos da Taça Libertadores.
Emprestado pelo Fla à La U até o fim do ano, Vaz contou a Roger Flores, Tiago Maranhão e Francisco Aiello como está sendo sua adaptação ao futebol chileno e, além de outros assuntos, como encara a disputa no acirrado Grupo 5 da competição continental, que conta com o time andino, o argentino Racing, o Cruzeiro e o Vasco, sua casa entre 2013 e 2013.
– A expectativa muito grande, não só na La U. Como o Chile não foi para a Copa, esse é o torneio mais falado aqui no país. Há grande responsabilidade dos times chilenos em fazer um bom torneio. A gente sabe a dificuldade que vai ser jogar contra o Vasco em São Januário, onde conheço muito bem. Mas estamos no caminho certo e temos tudo para fazer uma grande partida. Libertadores é Libertadores.
Confira outros temas da entrevista com Rafael Vaz
Vai ser titular na terça?
Aqui é bem diferente, a gente só sabe quando entra no campo, praticamente. Mas se eu tiver que jogar, espero corresponder. No meu último jogo pelo Vasco, fui centroavante, mas já está difícil fazer a minha, imagina inventar essas coisas agora. Deixa para os outros (risos).
Futebol chileno:
O estilo de jogo é muito mais dinâmico, mais frontal, futebol aí no Brasil, principalmente, é um jogo mais cadenciado. Aqui, se não tiver intensidade os 90 minutos, não vai conseguir jogar. Não que o futebol brasileiro não seja dinâmico, mas aqui procuram marcar muito, correr muito, e nós, jogar com a bola. A grande diferença do futebol chileno, argentino, para o nosso brasileiro é essa.
Trato com treinador:
Pelo menos aqui me tratam da mesma forma, mesmo respeito. Claro que tem muita coisa para aprender, o estilo é outro, só que, poxa, tive a honra de trabalhar com o Reinaldo Rueda. Tive sorte de ele passar pelo Flamengo e ter me adaptado um pouco a treinador estrangeiro. Isso está me ajudando.
Xenofobia?
Aqui respeitam muito o brasileiro, me surpreendi bastante. Até porque na La U só tem eu, o restante é mais para esses lados de cá. Gostei muito pelo jeito que me tratam, tem grandes jogadores no time que falam português, isso facilitou para mim. Não sinto nenhuma diferença. Estão fazendo de tudo para que me sinta o máximo possível em casa.
Grupo da morte:
A gente sabe que tem muitos jogos ainda. É só o primeiro, só que, pelo menos para a gente, tendemos a levar todos como uma final. Vimos o jogo do Cruzeiro e Racing. O Cruzeiro fez uma grande partida e mesmo assim saiu com a derrota. Deu para ver a dificuldade que vai ser esse grupo. Mas quando você trabalha no dia a dia, consegue ir para a partida mais tranquilo. Os chilenos estão muito confiantes que podem ser uma grande Libertadores.
Saída do Fla:
A gente sabe como é torcedor de um modo geral no Brasil. Claro que tiveram um peso muito grande algumas eliminações, ainda mais ano passado na Libertadores. Para mim, acho que foi determinante essa saída. Mas estou agora no maior clube do Chile e hoje me sinto honrado de estar jogando a Libertadores do outro lado. Nós brasileiros sabemos como é difícil jogar contra times de outros países. Espero corresponder dentro de campo essa confiança que a torcida está tendo e a diretoria teve.
Globo Esporte