Rafael Paiva analisa empate do Vasco contra o Atlético-GO; veja a entrevista coletiva

O técnico interino Rafael Paiva analisou o desempenho do Vasco da Gama diante do Atlético-GO e reconhece má atuação.

Rafael Paiva em jogo contra o Atlético-GO
Rafael Paiva em jogo contra o Atlético-GO (Foto: Heber Gomes/AGIF)

Após o empate do Vasco em 1 a 1 contra o Atlético-GO, Rafael Paiva admitiu que a equipe não fez uma boa partida nesta quarta-feira, no Antônio Accioly, em Goiânia. O treinador disse que o contexto da sequência de quatro jogos fora de casa desgastou a equipe, e o gol cedo atrapalhou os planos do time para a partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

— Não nos encontramos no jogo. Sabíamos que seria difícil. O contexto do quarto jogo fora seguido, estamos desgastados, mas tentamos vir com a ideia de criar, machucar o Atlético-GO, e tomamos o gol cedo. Não nos encontramos no jogo, individualmente não fizemos uma boa partida, mas como é o Vasco, lutamos muito.

— Defendemos muito bem. Fomos pressionados, salvamos bolas dentro do gol. Se tem alguma coisa positiva, é como lutamos para proteger o nosso gol. Mas o nosso jogo não encaixou. Não fomos bem.

A partida contra o Atlético-GO encerrou uma sequência de quatro jogos fora de casa do Vasco em 13 dias — contra Atlético-GO, Atlético-MG, Grêmio e novamente a equipe goiana.

No sábado, a equipe volta a atuar no Rio de Janeiro, em São Januário, contra o Bragantino, às 19h. Paiva afirmou que o time não vinha conseguindo treinar junto em campo para trabalhar pelo calendário apertado de viagens.

— Temos trabalhado mais nos vídeos do que no campo. Pegamos uma sequência muito dura, difícil, com quatro jogos fora. Não temos conseguido ir a campo para trabalhar com o time que vem jogando. Trabalha algo mais pontual do que dá o treino que gostaria. Temos a adaptação de quatro jogadores que vieram na janela. Por mais que conheça todos eles, tem que conhecer dentro do contexto da equipe.

O Vasco empatou no fim da partida, em um belo gol de Vegetti, que teve poucas oportunidades ao longo do jogo. O atacante argentino igualou o placar após um cruzamento de Lucas Piton e foi decisivo.

— Assim como o resto do time, o Vegetti também não conseguiu participar muito do jogo, foi muito pressionado, marcado individual, com cobertura. A hora em que conseguia limpar o lance, tinha a falta tática. Ele não conseguia girar para jogar, andar no espaço. Na hora em que conseguia acioná-lo, era falta em cima dele. Não conseguimos chegar pelo lado do campo para usar nossa arma. É um jogador conectado ao jogo o tempo todo, que sofre quando não está perto do gol. Precisa de uma bola para definir o jogo e conseguiu.

Veja outros pontos da coletiva

Importância do gol de Vegetti

— Acho que foi fundamental, nos manteve mais vivos ainda. Importante não ir com desvantagem para o segundo jogo. Sempre falo para eles que dentro de um jogo há vários jogos, que a gente sofre em alguns momentos, em outros consegue jogar mais. Hoje sofremos mais do que a gente gostaria, muito mais. A gente sabia que ia sofrer, mas tomou o gol muito cedo e só conseguiu jogar no fim, talvez 15, 20 minutos. E ainda poderia ter saído com a vitória, pois teve oportunidades no fim. Futebol é complexo, difícil, mas esse gol nos manteve vivo. Levar esse resultado para casa faz muito diferença, muito melhor do que uma derrota. É tentar se ajustar para fazer um bom jogo em São Januário.

Problema do time é individual?

— Acho que nosso problema é coletivo, não é individual. Coletivamente, não estamos nos encontrando. Estamos colocando quatro jogadores novos. Emerson jogou, Coutinho iniciou os últimos dois jogos, Alex entrou contra o Atlético-MG, Souza entrou um pouquinho hoje. Estamos tentando encontrar a melhor liga, o melhor caminho. Payet voltando também. É uma readaptação. No Brasil, os jogos são muito duros. Você não consegue respirar, todo jogo é difícil, não consegue sobrar, é muito disputado. Difícil ter goleadas porque a competitividade é muito alta. Estamos reorganizando com o carro andando. Sem dúvida, vamos buscar o caminho de novo, dar a liga que gostaria e voltar a ter uma sequência boa de novo

Oscilação

— Fizemos uma primeira perna quando eu cheguei no sentido de jogos que tinha um grupo, uma forma de jogar, e agora se reestruturando, com quatro jogadores novos, mantê-los fisicamente no melhor nível possível. É uma readaptação, vendo a melhor forma de encaixar os jogadores. A oscilação passa muito por isso também. Vamos nos encontrar nos próximos jogos. Era importante estar muito vivo para o jogo em São Januário, e eu acho que isso foi o ponto positivo também. Vamos passar por esse momento ruim.

Time sofre com problemas físicos? Por que a base não tem atuado tanto?

— Acho que nosso grupo tem um perfil mais de jogar mais com a bola, que não tem um perfil físico. PH destoa dos nossos jogadores pela força física. O Goianiense tem mais esse perfil, com jogadores fisicamente mais fortes. Nosso time tem que jogar mais com a bola para entrar no jogo. Foi assim hoje como contra o Grêmio, em que o estado do gramado não nos permitiu jogar. É uma readaptação, tentando inserir quatro jogadores novos no modelo de jogo, tentando ver qual jogador é mais importante iniciar para a característica do jogo. A gente tem dado esse passo, e os meninos têm entrado menos, mas a gente não abre mão de colocá-los para jogar. Agora, estamos mapeando os quatro jogadores, percebendo a característica dentro do grupo, e o próximo passo é evoluir e colocar os garotos também.

Teve sabor de vitória?

— Um empate é um empate. Nós viemos para conquistar a vitória. O Atlético fez um jogo muito bom. Futebol nem sempre é merecimento. Nesse jogo, fomos mais expostos na nossa área. Nós cobramos a melhora na defesa, proteger o nosso gol. Acho que fizemos isso bem. É um empate que mantém vivo, e vamos tentar melhorar para passar de fase.

Fonte: Globo Esporte

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