Psicológa do Vasco lembra episódio Ricardo Gomes: ‘não foi nada fácil’

Maria Helena Rodriguez diz que viveu experiências inéditas mesmo décadas de carreira no esporte.

Um ano produtivo dentro de campo, mas nada fácil fora dele. Lado a lado com o grupo de jogadores, a psicóloga do Vasco, Maria Helena Rodriguez, admite que viveu experiências inéditas mesmo décadas de carreira no mesmo meio. O drama vivido por Ricardo Gomes exigiu horas extras de trabalho com aqueles que mais sentiram o episódio do AVC do treinador, no fim de agosto. Entraram em ação exemplos e palavras de força, assimilados imediatamente.

– Não foi um ano fácil. Confesso que nesses meus 25 anos trabalhando com esporte nunca tinha passado por esse momento (Ricardo Gomes). No dia seguinte, nos reunimos, vi jogadores abatidos e entrei com a minha fala da lição dos pássaros. Quando o líder do banco adoece, o próximo da fila assume até que o líder possa voltar. Tínhamos que ter tranquilidade, serenidade, sabedoria e união. Foi muito difícil, mas o grupo foi determinado, sempre com muita vontade. O tempo todo, quando o Ricardo ia à concentração, era uma alegria muito grande. E podemos tirar uma lição de vida dessa situação, que é estar sempre junto, e ver o tamanho da força de vontade de cada um – disse Maria Helena, à Rádio Brasil.

Além disso, o Vasco teve um péssimo começo de temporada, as metas não foram cumpridas nos primeiros meses. A volta por cima, então, foi acompanhada pela ajuda da profissional.

– Trabalhamos em cima de metas, a longo e curto prazo. Tivemos esse resultado depois, pudemos dar lições com muita humildade do que é trabalha com futebol, onde há vaidades, e o nosso grupo superou e ficou unido. Isso faz a diferença entre a vitória e a derrota, não é só a individualidade do jogador. O menino que sai da base, por exemplo, se não tem esse trabalho desde cedo, dificulta por causa do deslumbramento. São viagens, convívio, tudo diferente. Já tive exemplo em que um menino entrou no refeitório e começou a chorar, porque na casa dele não tinha comida. No profissional, os experientes precisam dar essa ajuda – ensinou.

Novo desafio: saída de Rodrigo Caetano

O impacto da saída do ex-diretor executivo, Rodrigo Caetano, também já é considerado por Maria Helena, que está preparado para mostrar à equipe como lidar com a troca no ambiente.

– Futebol é rotativo. Temos que nos adaptar a essas mudanças. O Rodrigo foi uma pessoa que deu muita força ao meu trabalho. Ele me chamou da base. Não sei quem está chegando, mas o grupo, a comissão técnica já está formada. E espero que a pessoa que venha acredite e dê continuidade a esse trabalho, pois eu tinha total carta branca com o Rodrigo. A saída dele está sendo sentida, mas a vida continua. No início da pré-temporada vou passar essa mudança para o grupo.

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