Psicóloga do Vasco relembra sufocos de 2011

Psicóloga do Vasco 'Confesso que nos meus 25 anos trabalhando com esporte nunca tinha passado por isso'.

Cristovão e os jogadores se uniram e foram fundamentais para dar continuidade ao ano do Vasco após o AVC sofrido por Ricardo Gomes em agosto, durante clássico contra o Flamengo. Mas, nos bastidores de São Januário, uma pessoa foi essencial para o sucesso: a psicóloga Maria Helena Rodriguez.

Apesar do episódio inédito na carreira, ela reuniu forças e usou a experiência para acalmar a todos e manter o foco dentro de campo.

– Não foi um ano fácil. Confesso que nos meus 25 anos trabalhando com esporte nunca tinha passado por isso. No dia seguinte, nos reunimos, vi jogadores abatidos e entrei com a minha fala da lição dos pássaros. Quando o líder do banco adoece, o próximo da fila assume até que o líder possa voltar. Tínhamos que ter tranquilidade, serenidade, sabedoria e união – disse à Rádio Brasil, exaltando a força de todos:

– Foi difícil, mas o grupo foi determinado, sempre com muita vontade. O tempo todo, quando o Ricardo ia à concentração, era uma alegria grande. E podemos tirar uma lição de vida dessa situação, que é estar sempre junto e ver o tamanho da força de vontade de cada um.

Após o início de ano difícil, com demissão de técnico e jogadores afastados, Maria Helena Rodriguez teve que entrar em ação para ajudar segurar as pontas no time de São Januário.

– Trabalhamos em cima de metas, a longo e curto prazo. Tivemos esse resultado depois, pudemos dar lições com muita humildade do que é trabalhar com futebol, onde há vaidades, e o nosso grupo superou e ficou unido. Isso faz a diferença entre a vitória e a derrota, não é só a individualidade do jogador – disse, exemplificando com a base:

– O menino que sai da base, por exemplo, se não tem esse trabalho desde cedo, dificulta por causa do deslumbramento. São viagens, convívio, tudo diferente. Já tive exemplo em que um menino entrou no refeitório e começou a chorar, porque na casa dele não tinha comida. No profissional, os experientes precisam dar essa ajuda.

Quanto à saída do diretor executivo Rodrigo Caetano, a psicóloga agradeceu ao apoio dado pelo dirigente enquanto esteve em São Januário.

– Futebol é rotativo. Temos que nos adaptar a essas mudanças. O Rodrigo foi uma pessoa que deu muita força ao meu trabalho. Ele me chamou da base. Não sei quem está chegando, mas o grupo, a comissão técnica, já estão formados. E espero que a pessoa que venha acredite e dê continuidade a esse trabalho, pois eu tinha total carta branca com o Rodrigo. A saída dele está sendo sentida, mas a vida continua. No início da pré-temporada, vou passar essa mudança para o grupo – completou.

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