Professoras do Colégio Vasco da Gama comentam formação atletas

O colégio Vasco da Gama está localizado no Complexo de São Januário, e craques da base vascaínas se formaram lá.

Alunos do Colégio Vasco da Gama
Alunos do Colégio Vasco da Gama (Foto: vasco.com.br)

“Somos tão importantes quanto os treinadores”. Assim define Etiene de Souza, professora de português e literatura do Colégio Vasco da Gama, fundado há 21 anos, e que é referência na formação, não só de jogadores de futebol, mas também de cidadãos.

Localizado no Complexo de São Januário, onde fica a casa cruz-maltina, o colégio foi inaugurado no dia 8 março de 2004, coincidindo com o Dia Internacional da Mulher e, desde então, já formou muitos alunos ilustres. Um dos mais conhecidos o meia Philippe Coutinho, que voltou ao Vasco no ano passado e segue por lá. Talles Magno e Andrey Santos também já passaram pelas salas de aula da mesma escola.

E por lá jogadores de todos os cantos do Brasil dividem a rotina de treinos nas categorias de base do Vasco com os estudos. E segundo Beth Lepletier, coordenadora pedagógica do Colégio Vasco da Gama, a missão dos professores que trabalham por lá é formar para além do campo.

“A nossa missão aqui é formar além do campo, trazer para esses meninos uma clareza do mundo aqui fora. Não é somente no campo que eles vão competir, vão competir em outras esferas da sua vida enquanto alunos e formá-los enquanto cidadãos”, disse em entrevista à ESPN.

A metodologia de ensino não é mera coincidência. Como contou Beth, até mesmo algumas questões das provas são adaptas e tentam transportar os alunos para a realidade do dia a dia no futebol.

“As nossas avaliações são sempre voltadas para aquilo que os encantam. Se a gente consegue fazer uma avaliação de matemática, que dê para colocar as medidas do campo na questão da matemática, a gente vai colocar. A gente está sempre fazendo esse link entre a rotina deles, o mundo deles, dentro da disciplina”, disse.

“É muito corrido, é cansativo, sim. Eles não têm tempo para estudarem em casa, por isso a gente procura fazer tudo dentro da sala, os trabalhos dentro da sala, os exercícios”, complementou Etiene.

Os desafios de quem trabalha à frente do colégio também vão além do sonho em comum de cada um dos alunos, que o é ser jogador de futebol. Às vezes também é preciso fazê-los voltar à “realidade” e entender que existem outros caminhos a seguir, caso o desejo no campo não se concretize.

“Eu procuro sempre falar para eles que eles precisam… se eu não conseguir ser jogador de futebol, o mundo não vai acabar porque não conseguiu. Já que gosta do esporte, porque está no sangue deles, algo ligado ao futebol: jornalismo esportivo, educação física, fisioterapia. Enquanto corpo docente, nós procuramos sempre falar dessa outra possibilidade, que há outras maneiras”, disse Beth.

“A estatística está aí para mostrar que, graças a Deus, a gente tem saindo daqui Philippe Coutinho, grandes jogadores. Mas a gente sabe que alguns, não. Então a gertância do vesnte tenta mostrar a impotibular, de fazer o Enem. O Vasco é conhecido por (ser) um time da inclusão. Como vascaína, é um orgulho saber que a gente tem um colégio aqui dentro”, declarou Etiene.

Também às vezes é preciso fazer o papel de mãe no dia a dia dos alunos, como contam Beth e Etiene. Esse é um segredos do colégio, que é motivo de orgulho não só para as suas professoras, mas igualmente para a torcida vascaína.

“Costumo olhar para eles como a gente olha para um filho. É uma relação de muito afeto, muito respeito”, disse Beth.

“Viro até ‘mãezona’ mesmo. Tem hora que a gente tem vontade de levar para passear, fazer alguma coisa, porque eles ficam muito solitários. Tem dia que eles só precisam ser escutados. Tem dia que não rola uma aula, tem dia que é ouvir. ‘Tia, estou querendo desistir, voltar para casa, não estou aguentando’. Vira mesmo meio ‘tiazona’ mesmo, mãezona (risos)”, falou Etiene.

E como elas também costumam dizer, a importância delas na vida de cada um dos meninos sonhadores é tão grande quanto ao dos treinadores no campo de jogo.

“Eu costumo dizer que nós somos muito importantes também. O campo é a extensão da sala de aula, e a sala de aula é a extensão do campo, vamos pensar assim”, disse Beth.

“A gente é tão importante quanto os treinadores deles também. A gente faz parte da formação acadêmica deles também”, disse Etiene.

Em campo, o Vasco tenta ir à final do Carioca. Para isso acontecer, é preciso vencer o Flamengo por dois gols de diferença para ficar com a vaga.

Fonte: Espn

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