Perto de completar 1 ano usando máscara, Thiago Rodrigues reencontra o CSA

Foram as atuações pelo clube alagoano que despertaram o interesse do Vasco da Gama na contratação do goleiro, conhecido como ''Batman''.

Thiago Rodrigues em São Januário
Thiago Rodrigues em São Januário (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Destaque do Vasco na temporada , Thiago Rodrigues completa na semana que vem um ciclo de superação. Faz um ano que ele entrou em campo usando o protetor na cabeça. Primeiro, um capacete. Em seguida, a máscara que até hoje dá mais segurança ao goleiro e, na mesma medida, ajuda a alimentar um personagem.

No Vasco, aos 33 anos, Thiago virou o ”Batman da Colina”. Com defesas importantes e identificação com a torcida, ele é um dos poucos jogadores que se salvam neste início de ano da equipe e provavelmente estará em campo no próximo sábado, quando vai reencontrar o clube pelo qual sofreu a séria lesão no rosto em 2021: Vasco e CSA se enfrentam às 19h (de Brasília), em São Januário, pela sexta rodada da Série B do Brasileirão.

O lance aconteceu em abril do ano passado, na derrota do CSA por 2 a 0 para o Ceará pela Copa do Nordeste. Com sete minutos de jogo, ele dividiu a bola com Mendoza e foi nocauteado pelo joelho do atacante. Foram duas fraturas complicadas, embora não tenha havido necessidade de cirurgia: uma na região zigomática (maçã do rosto) e outra no assoalho da órbita.

– Foram fraturas em que, apesar de estáveis, existia um risco muito grande de ele, sem proteção, ficar exposto nos jogos seguintes – recordou o diretor-médico do CSA, Fábio Lima, em conversa com o ge.

Na ocasião, em conjunto com o departamento médico do clube alagoano, o goleiro optou por não operar. Ficou de molho por cerca de 45 dias até voltar a campo no dia 12 de maio, numa vitória sobre o CSE, pelo campeonato estadual. Thiago Rodrigues usou no primeiro momento um capacete principalmente por causa da fratura na órbita, mais grave do que uma simples lesão na face.

A orientação dos profissionais em bucomaxilofacial que acompanharam o tratamento de Thiago foi de uso indispensável do protetor em jogos e treinos por três meses. Depois desse tempo, ele foi liberado para atuar desprotegido, mas escolheu trocar o capacete pela máscara. De forma definitiva.

– Hoje, do ponto de vista técnico, ele não precisaria mais usar porque, óbvio, os ossos já foram totalmente remodelados. Mas tanto pelo lado da segurança, já que ele se sente mais seguro assim, como pelo fato de que isso em algum momento acabou se tornando uma bandeira para o reconhecimento do Thiago, achamos válido que deveria permanecer – explicou o médico Fábio Lima.

”Além de não atrapalhar a performance, a máscara também ajuda porque ele fica mais confiante”, acrescentou.

Quando chegou ao clube vascaíno na virada da temporada, Thiago Rodrigues teve uma conversa com o Departamento de Saúde e Performance (DESP), que procurou entender a situação. As avaliações tiveram a mesma conclusão da dos médicos do CSA: que usar a máscara ou não seria uma opção do goleiro.

– Tive um lance no ano passado que foi muito difícil. Fui acertado por um colega na testa, fraturei o olho e o nariz. Para não fazer a cirurgia, tínhamos uma final, optamos dentro de um consenso médico a não operar. E para jogar as finais era necessário usar a máscara, que uso até hoje. Valeu a pena o sacrifício, defendi dois pênaltis. Vou precisar usar a máscara por mais um ano – disse Thiago, em sua apresentação no Vasco.

Thiago veste o mesmo aparelho protetor dos tempos de Maceió. Tirou apenas o escudo do ex-clube para colocar a cruz de malta no lado oposto de sua assinatura. No empate com o Tombense no último domingo, Thiago completou 50 jogos desde que voltou da lesão: 32 pelo CSA e 18 pelo Vasco.

Histórico de pancadas

O médico do CSA acredita que a opção pelo uso da máscara em definitivo se dá pelo estilo de jogo de Thiago Rodrigues: ”É um jogador de muita participação, de extrema dedicação, que coloca a cara a tapa”.

Ele se refere, só que com outras palavras, a esse jeito destemido do goleiro, às vezes até um pouco inconsequente, que não costuma ter bola perdida. Um hábito que já rendeu outras dores de cabeça (literalmente).

Em 2011, quando iniciava a carreira no Paraná, ele levou uma joelhada na têmpora numa dividida, chegou a desmaiar no lance e sofreu três fraturas. Aos 22 anos, precisou ficar cinco dias no hospital, mas a intervenção cirúrgica, assim como no ano passado, foi dispensada. O jovem Thiago usou capacete durante algum tempo.

Sete anos depois, já em sua segunda passagem pelo Paraná, mais uma pancada. Dessa vez, não houve necessidade do uso do capacete: ele precisou apenas ir a campo em alguns jogos com uma faixa na cabeça.

Um desses jogos foi justamente contra o Vasco, em São Januário. Em abril de 2018, o time vascaíno venceu o Paraná do enfaixado Thiago Rodrigues por 1 a 0, o gol marcado por Yago Pikachu.

Fonte: Globo Esporte

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