Inofensivo, Vasco não leva perigo à meta do Botafogo mesmo precisando do resultado; veja números

O sonho acabou. Em jogo nada proveitoso, o Vasco da Gama apenas empatou em 0 a 0 com o Botafogo, em São Januário, e e está eliminado da Copa do Brasil 2020.

Lembrando que, no jogo de ida, o Botafogo havia vencido por 1×0, no Nilton Santos. Por isso, o Gigante precisava vencer o rival por dois ou mais gols de diferença para avançar de forma direita ou pelo menos um para levar a decisão para os pênaltis.

O mínimo que se esperava com o Vasco precisando do resultado era que conseguisse colocar um ritmo forte na partida, pressionando o adversário. No entanto, o que se viu principalmente no primeiro tempo foi justamente o contrário.

Mesmo com a vantagem, o Botafogo foi quem teve as primeiras ações do jogo e rondou com certa frequência a área vascaína, mas sem muita precisão. O Vasco, por sua vez, cometeu muitos erros e falhou nas raras oportunidades que teve.

Apenas dois chutes no gol com a necessidade do resultado

Quem observar apenas a posse bola, que foi 64% para o Vasco e 36% para o Botafogo, pode imaginar um Gigante massacrando o adversário. Não foi o que aconteceu. Nem de perto. Foi uma espécie de ‘domínio falso’, com a equipe vascaína rondando a área do Botafogo, mas sem conseguir fazer nada de efetivo.

As finalizações entregam a decepcionante atuação do Vasco. Foram 14 chutes, sendo que apenas dois foram na direção do gol, ambas defendidas por Gatito Fernández. Sete foram para fora e cinco bloqueados. Entre eles, 10 saíram em tentativas de fora da área, e apenas quatro de dentro dela. Os números são do site SofaScore.

Escalação do Vasco: Fernando Miguel, Yago Pikachu, Miranda, Leandro Castan e Henrique; Andrey, Fellipe Bastos e Martín Benítez; Ribamar, Germán Cano e Talles Magno

A escalação por si só não funcionou. O auxiliar Thiago Kosloski optou por Ribamar no lado direito de ataque, apoiando Yago Pikachu na defesa, o que foi a grande novidade, mas que não deu certo. Reserva na derrota para o Coritiba, Fellipe Bastos voltou ao time e mostrou novamente o motivo de tantas críticas.

No lado esquerdo de ataque, Talles Magno foi mantido e teve mais uma atuação de dar calafrios. Germán Cano ficou preso na defesa, mas ainda foi um dos poucos que levaram perigo à meta do Botafogo. Martín Benítez, esforçado como sempre, não estava em seu melhor dia no quesito técnico, mas não foi de todo ruim.

Yago Pikachu, um dos principais alvos de críticas da torcida, cometeu alguns erros infantis, um deles que quase ocasionou num gol do Botafogo, mas não foi a sua pior atuação. Às vezes displicente, Andrey cometeu alguns erros na defesa, mas no geral fez uma boa partida, inclusive quase marcando de fora da área.

Quanto ao restante da defesa, Fernando Miguel não teve muito trabalho e Miranda, Leandro Castan e Henrique foram eficientes no bloqueio ao ataque alvinegro. No segundo tempo, entraram Marcos Júnior (Fellipe Bastos), Vinícius (Ribamar), Carlinhos (Yago Pikachu), Ygor (Talles Magno) e Neto Borges (Henrique).

Entre eles, apenas Ygor conseguiu dar um gás novo ao Vasco, dando trabalho ao adversário. Marcos Júnior foi melhor que Fellipe Bastos, mas não acrescentou muito. Vinícius até conseguiu fazer boas jogadas nos primeiros minutos do segundo tempo, mas em seguida foi anulado pela defesa do Botafogo. Carlinhos não apareceu muito nos poucos minutos em campo. Neto Borges, assim como o anterior, teve poucos momentos em campo, só que participou mais e errou basicamente tudo o que tentou.

Eliminado, o Vasco deixou de embolsar R$ 2,6 milhões em premiação, quantia que seria importante principalmente para ajudar a pagar salários. Agora, o foco vascaíno ficará centrado exclusivamente no Campeonato Brasileiro, enquanto não recomeça a Sul-Americana.