Payet, James e mais: 2º turno do Brasileirão terá craques como atrativo

Contando com Dimitri Payet no Vasco da Gama, o Campeonato Brasileiro terá craques com expectativas parecidas e objetivos diferentes.

Payet e craques no Brasileirão
Payet e craques no Brasileirão

Além da já tradicional e emocionante briga pelo título, por vagas na Libertadores e contra o rebaixamento, o segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2023 também terá como grande atração a participação de jogadores já consagrados no futebol europeu e que chegam ao Brasil com objetivos distintos, mas expectativas semelhantes.

Talvez, tanto pelo grau de aleatoriedade como também pelas circunstâncias, a contratação que mais chame atenção seja a do francês Dimitri Payet no Vasco. Aos 36 anos, o meio-campista estava sem clube desde que deixou o Olympique de Marselha, clube que é ídolo e chegou a receber proposta para atuar na comissão técnica, e chega ao cruz-maltino para vestir a camisa 10 que já fora de nomes históricos.

Com a responsabilidade de receber o maior salário da história do clube, Payet chega ao Vasco com contrato de dois anos e a missão inicial de livrar o tempo da zona de rebaixamento. Atualmente, a equipe treinada por Ramón Díaz ocupa a penúltima colocação, com 12 pontos, seis a menos que o Bahia, primeiro tempo fora do Z4.

Mas mais do que só o cenário atual, Payet chega como a primeira grande contratação feita pela 777 Partners, empresa dona de 70% da SAF do Vasco. O francês será o meio-campista e camisa 10 que foi exaustivamente pedido pela torcida, até agora insatisfeito com o elenco planejado pela diretoria. Com técnica de sobra, resta saber como o jogador se adaptá fisicamente ao ritmo do futebol brasileiro e aos gramados, de qualidade abaixo dos europeus

São Paulo aposta em dupla de peso

Em situação muito mais confortável que o Vasco na temporada, o São Paulo conseguiu reunir uma dupla de peso para fortalecer o time de Dorival Jr. na briga pelos títulos da Copa do Brasil e da Sul-Americana. Lucas, revelado pelo tricolor, mudou ao clube aos 31 anos após passagens por PSG, Tottenham e seleção brasileira, e já foi até titular. No último domingo (13), o camisa 7 foi o destaque do tricolor contra o Flamengo. Foi dele o gol do São Paulo na partida.

A tendência, inclusive, é que Lucas comece entre os 11 no jogo decisivo da próxima quarta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians, às 19h30, no Morumbi. Com contrato até o fim do ano, o atacante atuou o fim da temporada europeia na Premier League e não deve ter problemas com a questão física.

Já James Rodríguez, de 32 anos e que estreou pelo São Paulo contra o rubro-negro no Maracanã, deve começar o clássico no banco. Contratado com alguns questionamentos externos em relação ao seu comprometimento com os objetivos do tempo na temporada e na forma física, James deu bons indicativos em sua primeira partida. O meia teve boa participação no segundo tempo e achou bons passes para os companheiros.

Valência começa bem no Inter

Primeiro entre esses nomes a desembarcar no futebol brasileiro, o equatoriano Enner Valencia já fez oito jogos pelo Internacional. Se por um lado, os números não são tão expressivos — o atacante tem um gol e uma assistência no clube gaúcho —, dentro de campo a contratação se justifica a cada partida.

Nome escolhido para resolver o problema no ataque do Inter, que não teve tanto sucesso com Luiz Adriano e Alemão, Valencia marcou o gol colorado no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, contra o River Plate, em pleno Monumental de Nuñez. Além disso, técnico, mas também bem fisicamente, se mostra muito capaz de ajudar o time de Coudet com jogadas pelos lados do campo. Foi assim, por exemplo, que deu a assistência para Luiz Adriano marcar contra o Corinthians.

Dessa maneira, o Valencia é fundamental para o Inter nos planos de conquistar o título da Libertadores. Nas quartas de final, o colorado enfrentou o Bolívar, de La Paz.

Diego Costa chega para somar no Bota

Talvez a contratação de Diego Costa chame mais atenção pelo momento e pela forma com que o Botafogo buscou o atacante, do que pelo nome em si. Multicampeão na Europa e com duas Copas do Mundo no currículo, o hispano-brasileiro teve passagem recente e vitoriosa no Brasil. Em 2021, foi campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão pelo Atlético-MG, com cinco gols e uma assistência em 19 partidas.

No entanto, o nome de Diego Costa não foi unanimidade entre os torcedores. Reverberou entre os botafoguenses o histórico anímico do atacante, que ficou caracterizado como jogador de pavio curto na Europa, além de questionamentos em relação à forma física. No entanto, internamente, essas dúvidas não perduraram. Bruno Lage, que trabalhou com o centroavante em Wolverhampton, da Inglaterra, no ano passado, foi grande entusiasta da contratação.

Dentro disso tudo, ficou em destaque o movimento do Botafogo em conseguir buscar um atacante renomado para surpreender a ausência de Tiquinho Soares, artilheiro e craque do Brasileirão até aqui, que, com lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo, ficou fora até miados de setembro. Isto é porque, nas últimas janelas, foi característico do alvinegro contratar jogadores de certa forma desconhecidos do torcedor brasileiro, mas que se gostavam de grandes acertos, como Segovinha, Di Placido, Adryelson, Perri, Eduardo e até o próprio Tiquinho.

Com o time na liderança do Brasileirão com 14 pontos de vantagem para o Grêmio, segundo colocado, e nas quartas de final da Sul-Americana, Diego Costa pode ser peça importante no rodízio de jogadores que Lage tem feito.

Fonte: O Globo

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