Parece óbvio, mas não custa dizer: chega de apostas, Vasco!

Talvez até o mais pessimistas dos torcedores não imaginasse que depois de ficar 15 rodadas invicto, colar no líder Cruzeiro e manter uma boa vantagem em relação aos times de fora do G4, o Vasco da Gama se encontrasse nessa situação. O risco de não subir existe e não está longe.

Embora o discurso de Emílio Faro ainda seja no sentido otimista, o que é natural visto que diz o contrário poderia aumentar ainda mais a pressão, a verdade é que a famosa ‘gordurinha’ acabou quase inteira e o Cruzmaltino vai precisar somar pontos para não correr o risco de disputar a Segundona pela terceira vez consecutiva.

É nesse ponto que entra a questão do técnico. Desde a demissão de Zé Ricardo, que já não era uma maravilha, o Gigante tem apostado em profissionais sem experiência, entre Maurício Souza, contratado em definitivo, e Emília Faro, de forma interina. Esse último, inclusive, já está há um mês à frente da equipe vascaína, mesmo sem vontade de ser técnico.

Faro é auxiliar-técnico permanente e prefere voltar à rotina pacata. Enquanto isso, os dirigentes do Vasco, que passou a ser SAF, seguros quanto ao acesso, não colocaram emergência na busca por um novo técnico e o interino foi seguindo, mas a sequência negativa, com duas derrotas consecutivas, deve fazer a direção trazer um novo nome.

Nenhum nome aparece como favorito, mas fala-se em trazer um técnico estrangeiro, mesmo nessa altura do campeonato. Será mesmo que trazer alguém de fora é uma boa ideia? Não deu muito certo com Ricardo Sá Pinto, não é mesmo? Claro que cada caso é um caso, mas um profissional sem experiência em Série B e futebol brasileiro seria arriscado, mesmo alguém renomado.

Um exemplo é Jorge Sampaoli. O argentina se notabiliza por fazer um time bastante ofensivo, mas será que daria certo mesmo com as fracas opções ofensivas no elenco vascaíno? É um risco. Talvez o ideal seja um técnico que faça o feijão com arroz, que faça o Cruzmaltino jogar o suficiente para subir pelo menos. Escalação mais defensiva semelhante a como era com Zé Ricardo? Deu certo no começo da Segundona.

O torcedor não gosta de time reativo, mas paciência! Será muito pior se não voltar à Série A. O tempo de jogar bonito já passou, está distante, o Gigante precisa vencer e vencer o máximo possível nas próximas rodadas. Se vier um estrangeiro e fazer uma revolução positiva, excelente, mas, como destacado, é um risco. Hoje não precisa vir o técnico que vai comandar o time em 2023. É emergência! Sem acesso o ano vai para o ralo.