Pagamento de quase R$ 4 milhões permitiu ao Vasco registrar reforços contratados

À exceção de Romulo, que só realizou uma partida desde que retornou ao Vasco da Gama para 2021, os outros seis reforços contratados pelo Clube para a atual temporada têm atuado regularmente e cada vez mais conquistando a confiança da comissão técnica e dos torcedores.

Porém, essa situação positiva poderia não ter acontecido. Isso porque, se o Vasco não tivesse quitado recentemente R$ 3,7 milhões em acordos com cinco credores aos quais o Gigante da Colina devia valores, a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) teria punido o Clube com o bloqueio do registro de novos jogadores, impedindo, assim, que Ernando, Léo Jabá, Marquinhos Gabriel, Morato, Vanderlei e Zeca, além do próprio Romulo, tivessem entrado em campo. A informação inicial é do portal Globo Esporte.

A fins de explicação, a CNRD tem como propósito principal auxiliar no encerramento de conflitos relacionados ao futebol nacional (especialmente os de natureza trabalhista), respeitando as regras da Fifa.

O órgão foi criado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para agilizar as decisões, que antes ficavam sob responsabilidade exclusiva do poder judiciário e, por vezes, demoravam a ter uma definição completa.

Vale ressaltar que a situação não é novidade no Vasco. Quando 2020 teve início, por exemplo, o centroavante argentino Germán Cano tinha acabado de ser contratado.

Para que o jogador pudesse estar em campo na estreia do Campeonato Carioca à época, foi necessário realizar o pagamento de cerca de R$ 1 milhão referente a uma dívida com Jorge Henrique, que atuou pelo Cruzmaltino entre 2015 e 2016.

A quitação dos acordos tanto do ano passado quanto de 2021, no entanto, não resolvem o problema definitivamente. Isso porque existem outras pendências sendo cobradas na CNRD, além da ampliação da dívida total do Vasco para R$ 832 milhões, conforme anunciado pelo Clube no balanço financeiro divulgado no final de abril.