Opinião: derrota foi o choque de realidade necessário para o Vasco

O Vasco da Gama não passou no primeiro grande teste da temporada, e o resultado tem que ser visto como um aprendizado para o futuro.

Nenê durante jogo contra o Botafogo pelo Carioca 2022
Nenê durante jogo contra o Botafogo pelo Carioca 2022 (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Não está tudo ruim, mas também não está tudo certo. Aliás, muito longe disso. Perder para o Botafogo não é absurdo, ainda mais se tratando de um clássico, mas da forma como aconteceu preocupa. Sim, o Vasco da Gama teve chances claras de empatar e até virar o jogo, sendo impedido pela noite inspirada de Gatito Fernandez, só que, ao mesmo tempo, fragilidades foram expostas.

O adversário está na Série A, só que não tem dos melhores times no momento, o que ficou evidente nas primeiras rodadas da Taça Guanabara. Está em fase de formação, assim como o próprio Gigante. A falta de entrosamento era evidente no clássico, dos dois lados. No entanto, o adversário soube aproveitar a chance que apareceu.

Passou longe de ser um bom jogo, prejudicado também pelo estado do gramado. Só que esse fator não pode ser colocado como culpado da derrota vascaína, já que era ruim para ambos. A falta de repertório, precisão e o próprio mérito do Botafogo foram os ‘culpados’. O problema é que os dois primeiros quesitos se sobressaíram e podem ser prejudiciais a longo prazo.

Naturalmente, ser ‘reprovado’ no primeiro grande teste da temporada não é um bom sinal e todos sabem disso. A boa impressão que as rodadas iniciais deixaram é menos pior, claro, que os pífios começos nos Cariocas de 2020 e 2021. Só que não garantem que o Cruzmaltino fará uma sequência de ano melhor comparado aos anteriores. Tem muito o que ser ajustado e reforçar o elenco é mais do que necessário.

Outro ponto é que não pode depender de Nenê. Trata-se de um jogador diferenciado no quesito técnico, não à toa tem feito a diferença, mas ele já tem quase 41 anos. Por mais que se dedique aos treinos e esteja bem fisicamente, será impossível manter o nível a temporada inteiro. A conta chegará uma hora ou outra. Muitos reforços ainda estão devendo, principalmente no meio de campo.

A equipe vascaína tem o ataque mais positivo da competição ao lado do Flamengo, os dois com 12 gols. Porém, a defesa não tem ido tão bem assim, com sete gols sofridos em seis rodadas da Taça Guanabara, ou seja, uma média superior a um por partida. O sistema defensivo já foi problema ao longo de 2021 e não pode seguir assim em 2022. Cabe ao técnico Zé Ricardo procurar soluções e a diretoria buscar mais reforços.

4 comentários
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    A invencibilidade do Vasco poderia ser vista como uma miragem ou ilusão de ótica ,ainda não havia perdido porque bem ou mal o ataque estava fazendo os gols que encobria a fragilidade de seu setor defensivo ,é tão somente ver a quantidades de gols levados ,o que faz dela uma das mais vazadas como as do ano passado .Contra o Voltaço ,levamos dois gols ,um contra o Boa Vista , levamos gols do Nova Iguaçu que não havia feito nenhum até então,levamos mais dois em outro jogo ,somente não havia levado da Portuguesa por pura sorte ,levamos um sufoco no final da partida .Chegaria a hora em que o ataque não faria e, chegou contra o Botafogo ,falha de marcação pela direita onde Léo Matos marcava a distancia e o miolo que ficou naquela vai você , eu não ,foi então o do Alvi negro sem marcação fazer o gol que tirou o Vasco de uma ilusoria liderança e o colocou na quarta colocacão .Tudo bem ,o time está em fase de montagem ,mas todos os treinos que é mostrado nesta página ,nenhum é de coletivo e sem coletivo não há conjunto e sem conjunto não há equipe .Zé Ricardo não consegue me passar confiança .

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    Se o VASCO tivesse jogado mal, se os jogadores não tivessem lutado, alguns jogaram mal sim.

    Mais no futebol tem esses percalços.

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    Botafogo não passou no primeiro teste e se recuperou nem 8 nem 80 e trabalhar e troca algumas peças

  • Responder

    Enquanto não contratar um meia de armação para fazer dupla com Nenê, o Vasco vai continuar chuta do a bola pra frente ou voltar a bola pra defesa.

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