O Vasco é Meu: programa vive marasmo

"O Vasco é Meu" vive este ano fase de marasmo quase tão grande quanto a do time nos gramados do Brasil.

Entre o sonho dos 100 mil associados e a realidade dez vezes menor, o Vasco ainda espera pelo pote de ouro no fim do arco-íris chamado sócio-torcedor. Lançado em maio de 2009 e sucesso durante a campanha vitoriosa na Segunda Divisão, o programa “O Vasco é Meu” vive este ano fase de marasmo quase tão grande quanto a do time nos gramados do Brasil.

Ruim para a diretoria de Roberto Dinamite, que perde eleitores em potencial para as próximas eleições, pior para os cofres do clube.

Atualmente, o quadro de sócios rende aproximadamente R$ 450 mil por mês, sendo que 15% vão para a empresa terceirizada que o administra. Depois do “boom” de cadastros logo após o lançamento, o ritmo de adesões diminuiu gradativamente. Atualmente, o programa conta com 10.150 sócios em dia, contra nada menos que 45.990 que estão inadimplentes ou que nem chegaram a pagar a primeira mensalidade.

Segundo o diretor de marketing Marcos Blanco, o principal motivo para o alto número de vascaínos que deram para trás no programa de sócios é a oscilação do futebol profissional na temporada deste ano:

“Trabalhamos com o torcedor, que é movido pela emoção. Os resultados do futebol em 2010 infelizmente não foram o que nós gostaríamos. Não tem jeito e isso não mexe apenas com o programa de sócios, interfere também na venda de produtos licenciados e camisas oficiais. O futebol é o carro-chefe de tudo no clube.”

Sem receber regularmente da Eletrobras, já que não consegue obter as certidões negativas de débito para a liberação da verba, o programa de sócios poderia ser a principal fonte de renda do Vasco, como é no bem sucedido caso do Internacional.

Um dos desafios para o departamento de marketing do Vasco é manter o programa de sócios vivo mesmo que o futebol continue a não dar os resultados que o torcedor espera. Para isso, segundo Marcos Blanco, é preciso que o programa se torne atrativo independentemente do desempenho do time nos gramados. Além disso, o clube pretende deixar o quadro de sócios menos refém dos rompantes do torcedor.

“Vamos ampliar a forma de pagamento. Queremos que cada vez mais torcedores coloquem o pagamento do programa no débito automático. Isso porque, quando ele recebe o boleto bancário, se está chateado com o desempenho da equipe, será a primeira conta a deixar de pagar”, disse Blanco.

O dirigente afirmou que os benefícios para os associados deverão aumentar para o próximo ano, com o incremento do plano de vantagens, desconto na aquisição do plano odontológico que trabalha com o clube, entre outras ações. Para estimular a manutenção dos sócios que atualmente estão em dia, o clube oferece 60% de desconto para aquele que permanecer em dia com as mensalidades depois de um ano.

“Queremos que o sócio, ao colocar no papel, veja que, economicamente, pagar os R$ 30 da mensalidade valeu a pena”, concluiu Blanco.

 

esportes terra

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