O reflexo da anestesia
Os resultados e atuações do Vasco da Gama nas últimas rodadas do Brasileiro refletem como se encontra as expectativas da torcida.
Se fosse perguntar a um vascaíno há dois meses como estaria o Vasco da Gama na 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, a grande maioria apostaria que estaria disputando, no mínimo, uma vaga na próxima Libertadores, o famoso G6.
O Vasco começou o Campeonato Brasileiro com tudo, chegando a liderar na quarta rodada. O que muitos não contavam é com o declínio que a equipe se encontra no momento, com seis rodadas sem saber o que é uma vitória na cométição.
Se for contar com os dois confrontos com o Botafogo pela quarta fase da Copa do Brasil, o número de partidas sem vitória sobe para oito. É também a mesma quantidade de partidas em que o artilheiro Germán Cano não balanças as redes.
A realidade do Vasco no momento é evitar entrar na zona de rebaixamento. Apenas dois pontos separaram o Vasco de Athletico-PR, Coritiba e Red Bull Bragantino, e a situação vai ficar delicada em caso de empate ou derrota para o Corinthians.
Como ter esperanças? Não são apenas os resultados, mas as atuações do Vasco nesses últimos foram vexatórias e não foi diferente na derrota por 2×0 para o Internacional. Em comum, a equipe tem apresentado uma apatia e desorganização, que somado com a falta de qualidade tem rendido os maus resultados.
O que está causando isso são os salários atrasados? Racha no elenco? Os dois? Difícil cravar alguma coisa. O show de horrores vascaíno tem causado um efeito que costuma aparecer pelo menos uma vez por ano na torcida: o sentimento de anestesia. Antes, durante e depois do jogo, sem esperança, nada se sente pelo resultado.
Se nem o time mostra um esboço de reação, o que a torcida vai fazer? Apesar observa sem muito o que fazer. Vai reclamar de quem se todos estão ruins? Vazio. A esperança agora tem nome, sobre nome e fala português: Ricardo Sá Pinto.
O novo comandante, que começa os trabalhos na equipe nesta segunda-feira (19), é de quem o vascaíno espera que venha a mudança. Sua filosofia de trabalho e a forma como o elenco receberá seus conceitos, serão decisivos para o futuro do Vasco na sequência da temporada.