Nenê elogia Barbieri, aponta evolução na estrutura do Vasco e analisa o Bangu

Camisa 10. É a numeração utilizada pela principal referência do time do Vasco, Nenê. O veterano é o jogador mais experiente do elenco e tem agregado conhecimento aos jogadores mais novos. Ainda mais que o Cruz-Maltino vive uma fase de reconstrução e, atualmente, valoriza a base para fazer o trabalho encorpar.

Algumas crias do Vasco tem o camisa 10 como ídolo. Para Nenê, todos os jogadores no Vasco são iguais. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Nenê contou os bastidores da resenha para soltar as “caras novas”.

– Nós que somos os mais experientes, sempre tentamos brincar com todo mundo. Deixo todo mundo a vontade. Eu trabalho extracampo para deixa-los muito a vontade. O moleque chegar e você falar “e aí, garotinho”, meio que já quebra ele. Ele fica mais tranquilo e pode fazer o trabalho dele sem ninguém encher saco. Não temos vaidade. A gente brinca e eles “caraca, o Vovô está falando comigo”, como fosse a mesma coisa. Somos todos iguais. Não importa se eu sou mais velho, o Nenê, o Anderson, se é o Pec – afirmou Nenê. E completou falando sobre a evolução do trabalho de Barbieri:

– O Barbieri está fazendo um trabalho extraordinário. É um cara muito inteligente, ele sabe as horas certas de também mudar algumas coisas em relação a semana de jogo, ao time que a gente vai jogar contra. É um cara que deixa todo mundo com confiança. Para um jogo ofensivo, isso é muito bom. A hora que precisa ter o momento de saber se defender, mas não deixando a intensidade de lado, é um cara que está agregando muito ao Vasco e está mostrando a identidade que ele tem.

Nenê foi um dos jogadores que viveu diferentes gestões do Vasco. A relação começou em 2015, quando Eurico Miranda dirigia o clube. Depois atuou em duas partidas quando Alexandre Campello estava na presidência. Em seguida, foi para o São Paulo. Em 2021, voltou na gestão do presidente Jorge Salgado.

Hoje, o futebol do Vasco é comandado pela empresa norte-americana, 777 Partners. Antes, as mudanças eram lentas e graduais. Isso quando aconteciam. Atualmente, a estrutura tem qualidade para voltar a fazer o Cruz-Maltino um clube vencedor.

– No geral eu acho que é mais nos termos financeiros, de gestão. Tinham coisas antigas, que não importava o presidente que estava no momento, e sempre tinha problemas para fazer um elenco competitivo por causa das coisas antigas, que vão virando uma bola de neve. Ao longo dos anos, se não tiver uma gestão correta e profissionalizada as coisas não andam nem vão para frente. Por mais que as pessoas tentem e tenham paixão pelo clube, tinha sempre coisas que faltavam. Na primeira parte não tinha o CT, a gente tinha que treinar em São Januário. Depois foi feito um anexo. Teve um CT que não era do Vasco. Fiquei pouco tempo, mas me lembro. Agora tem o CT. Tem coisas que vão melhorar muito. Eu achava que se é uma coisa boa para os torcedores, clube e para a gente, ter uma melhor estrutura, qualidade, ter um time competitivo, também vai ser legal para a torcida. A gente está vendo isso nos resultados. Estamos no caminho certo – pontuou o camisa 10.

Outras respostas de Nenê

Nível de competitividade do Vasco

– Ser competitivo, estamos mostrando que sim. Não estamos ainda no ideal que eu acho que a nossa capacidade pode ainda chegar. É um grupo novo e tem um trabalho, como diz o Barbieri, que está sendo pavimentado. Mas demonstramos que podemos ser competitivos contra qualquer clube. Tanto que nos últimos jogos, principalmente o último, contra o nosso rival, que é um dos melhores times da América do Sul. Nós conseguimos vence-los e mostrar uma competitividade muito grande. Estaremos prontos para mostrar essa competitividade desde o início do campeonato e acredito que podemos melhorar e surpreender muita gente ainda.

Nova liderança

– Ainda faço. Mas ele (Léo) está fazendo mais porque é o capitão agora.

– É um cara que tem uma mentalidade muito boa. Por mais que ele seja novo, tem uma maturidade muito grande. É um menino sensacional, muito inteligente e já exercia isso no São Paulo. Com certeza está bem representada (braçadeira de capitão). É um cara que agrega muito ao grupo e virou líder. Por ter essa tranquilidade também e se sentir em casa. Para que ele está aqui há tanto tempo.

Vasco x Bangu

– Jogo difícil. Fizemos um amistoso aqui difícil. Não será fácil e temos que dar tudo da gente dentro de campo para conquistar a vitória e a classificação para as semifinais.

Fonte: Lance!