Nenê analisa sequência em casa e possível parceria com Palacios no Vasco
O meio-campista do Vasco da Gama, Nenê, também falou sobre outros assuntos, como o peso de não entrar no G4, e fez um pedido por união.
Em preparação para o duelo contra o CSA, válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o Vasco da Gama treinou na tarde desta quarta-feira (04/05) no CT Moacyr Barbosa, na Cidade de Deus. Antes da atividade, em entrevista coletiva, o meio-campo Nenê avaliou o desempenho cruzmaltino no início do torneio nacional e comentou sobre outros assuntos, como os questionamentos ao treinador Zé Ricardo.
Confira os trechos da entrevista coletiva do meio-campo Nenê
Dois seguidos em São Januário
“Essa sequência é vital para nossa equipe. Queremos ganhar os dois jogos em casa para entrar no G4 o mais rápido possível. Por mais que a gente não esteja em nosso melhor momento, encerramos a rodada passada apenas um ponto do G4 e a três do líder. O Bahia ganhou ontem, deu uma distanciada, mas temos um jogo contra eles, será um duelo de seis pontos. Antes, porém, teremos o jogo do CSA, onde precisaremos jogar de uma maneira totalmente organizada e concentrada durante todo o jogo, não só no começo ou depois do intervalo, como aconteceu no último jogo. Precisamos que o torcedor esteja do nosso lado”.
União de todos pelo bem do Vasco da Gama
“Temos que estar todo mundo numa mesma direção. Entendo um pouco a torcida, a frustração de querer ganhar o jogos, de falar de um ou de outro, do treinador. Em relação ao Zé, eu acho que tem muita responsabilidade do nosso grupo também. No jogo contra o Tombense, como a torcida é muito apaixonada e estar em todos os lugares, acabamos nos empolgando e desorganizando. Isso não é culpa do treinador. Ele fez uma estratégia, então a culpa é nossa. Também temos que assumir esse papel. Não podemos nos desorganizar ou fazer algo diferente do que foi treinado só por conta de um gol sofrido no início. Às vezes até eu, que sou experiente, acabo indo nessa empolgação, de querer atacar todas, de querer fazer o gol a qualquer custo, de uma maneira que a gente não treinou. Foi o que aconteceu no primeiro tempo contra o Tombense. Ficou muito visível isso. No intervalo, o Zé estava bastante chateado, conversou com a gente, a gente entendeu e melhoramos muito no segundo tempo. Quase viramos o jogo. Precisamos entender o cenário e não se deixar levar por ele. Nós acabamos querendo vencer de qualquer maneira, e as coisas não são assim. Não é só culpa do Zé. É claro que ele é o nosso treinador, mas eu falo no meu ponto de vista. No primeiro tempo fomos nós jogadores que erramos e nos desorganizamos. A torcida também tem que entender um pouco isso em relação a comissão técnica. Não é tudo culpa dele”
Pressão por conta do desempenho negativo em 2021
“Essa pressão por conta do ano passado afeta. Eu nem culpo o torcedor por isso, ele está muito anos nessa situação, sofrendo. O torcedor sofreu muito no ano passado por não ter conseguido subir para a Série A. Eu entendo totalmente, mas isso acaba afetando, pois é uma coisa que não é culpa do nosso grupo. Disputamos apenas cinco jogos no campeonato. Quando dizem que estamos fora do G4 há mais de 40 rodadas, mas não é verdade. O campeonato começou nesse ano, tem apenas cinco rodadas, como podemos estar fora há 40 rodadas? O que aconteceu ano passado foi ruim, frustrante, eu entendo, mas já acabou. Agora é uma coisa nova, temos um time novo, que ainda está se conhecendo. Não temos o time do Bahia que caiu da Série A, manteve a base e está treinando junto há dois anos. Nosso time é totalmente novo. É claro que queremos resultado imediato, queremos muito isso, mas só agora que começamos a encorpar, criamos uma identidade. O que eu peço é que a torcida possa entender isso. Não é que a gente não quer ganhar, não está dando tudo de si dentro de campo. Pressão por jogar no Vasco sempre vai existir, não tem como fugir dela, todos aqui sabem disso, mas essa pressão por conta do ano passado acaba involuntariamente atrapalhando. Estamos tendo oscilações no início. É uma oscilação normal. Involuntariamente, a pressão acaba afetando. O jogador pensa que a torcida está aí, então vamos fazer isso e acabamos nos desorganizando. O apoio da torcida em Muriaé estava maravilhoso, mas nós nos desorganizamos. Não é culpa do Zé. Precisamos do apoio do torcedor, mas em determinados momentos não podemos deixar de lado a tática. E isso vem acontecendo. Temos que entender o tamanho do Vasco”.
Andrey Santos
“Nem parece que ele é esse jovem que acabou de completar 18 anos. Ele tem uma maturidade incrível nos treinos, parece que está conosco há muitos anos. Ele tem uma visão de jogo, muita qualidade e gosta de romper linhas. É uma grande joia do Vasco, que possa ser lapidada da melhor forma possível. É um menino bastante tranquilo, humilde. Tem a cabeça muito boa. Ele já está na seleção sub-20 e quem sabe logo logo ele estará brilhando na Seleção. Vai ser um grande jogador”
Zé conversou sobre a possibilidade de você jogar com Palácios?
“Não tivemos essa conversa, mas com certeza é um jogador que vai nos ajudar muito. Demorou um pouquinho para recuperar a forma, mas já demonstrou nos jogos que vai ser importante para nós. Com certeza o Zé está vendo isso. Com certeza na hora que conversamos sobre isso, serei um dos apoiadores para que a gente possa ter mais gente de qualidade e talento em campo. Para nós é muito melhor”
Teve lesão?
“Graças a Deus acho que não tive lesão, foi mais uma fadiga muscular por causa dos jogos, viagens e campos. Acabei forçando mais, fiquei dois dias tratando e espero não ter nenhum problema para o jogo”.
Fonte: Site Oficial do Vasco