Muitos erros e poucos acertos: relembre o ano do Vasco em temporada catastrófica

No pior ano da história do Vasco da Gama, o Clube não conseguiu o acesso para à Série A e conviveu com dificuldades financeiras.

Castan durante o jogo contra o Botafogo
Castan durante o jogo contra o Botafogo (Foto: Alexandre Durão)

A ano de 2021 só não é para ser esquecido pois serve de exemplo para nunca mais se repetir no Vasco. Com erros em série dentro e fora de campo que culminaram com a permanência na Série B, o clube de São Januário viveu a pior temporada da sua história.

O 10º lugar no Brasileiro não foi o único fracasso. Antes dele, o Vasco foi apenas o quinto no Carioca e caiu nas oitavas da Copa do Brasil. O ano também ficou marcado pelo fim do jejum de vitória sobre o Flamengo, a homenagem ao movimento LGBTQIA+ e a despedida de Cano.

A humilhação na Série B

O Vasco nunca esteve próximo de conquistar o acesso à Série A. Jamais ingressou no G-4, teve mais derrotas do que vitórias (15 a 13) e terminou a competição com saldo negativo de nove gols. Traçou a quinta disputa de Série B em 2022 com convicção.

Vasco x Operário no 1º turno da Série B 2021 (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF/ Brasileirão)

A goleada de 4 a sofrida diante do Botafogo, em São Januário, tratou de por fim ao sonho vascaíno de regressar à elite. Àquela altura, o time era comandando por Fernando Diniz (o terceiro técnico no ano) e tinha em Nenê (o único reforço que deu resultado) a esperança. Não deu certo.

Com tropeços em casa para rivais e menor expressão, derrotas com placares elásticos e vitórias que jamais convenceram, o Vasco terminou a competição 15 pontos atrás do Avaí, o último classificado para a Série A. Foi vergonhoso.

Elenco mal formado e trocas de técnicos

Após o quarto rebaixamento, algo consumado pela 17ª posição no Brasileirão de 2020, o Vasco tratou de reformular o elenco. Não manteve Vanderlei Luxemburgo e apostou em Marcelo Cabo, técnico com título e experiência na Série B. Jogadores como Fernando Miguel e Pikachu, destaque em anos anteriores, acertaram a saída do clube.

Nenê chorando após derrota para o Botafogo pela Série B 2021 (Foto: Reprodução)

Sob o comando de Alexandre Pássaro, o Vasco fez 13 contratações. A aposta foi em jogadores com experiência na Série A e em busca de retomada da carreira. Apenas Nenê vingou. Com a falta de desempenho e resultado, ficou nítida a necessidade de correção de rota, o que não foi feito.

O clube apenas trocou de treinador. Cabo deu lugar a Lisca, que deu lugar a Fernando Diniz, que deu lugar ao interino Fábio Cortez. Todos mantiveram a mesma rotina: fragilidade defensiva e ofensiva.

Vitória sobre o Flamengo no Carioca

O 3 a 1 sobre o Flamengo, em 15 de abril, pelo Carioca, encerrou uma série de 17 jogos sem vitória sobre o rival. Até então, o último triunfo havia sido em 2016.

Morato replica comemoração de Edmundo contra o Flamengo (Foto: André Durão/GE)

Apesar do resultado, o Vasco fez má campanha no campeonato estadual. Terminou em quinto lugar. Conquistou a Taça Rio, disputada apenas pelas equipes que foram eliminadas precocemente. Na Copa do Brasil, o Vasco foi eliminado pelo São Paulo nas oitavas de final.

Venda de Talles e outras negociações

Talles Magno, a cria da base que mais despertou esperança nos últimos anos, foi vendido ao New York City FC, dois Estados Unidos. Então com 18 anos, o atacante rendeu R$ 42 milhões – se ele atingir metas estabelecidas, o negócio pode render R$ 63 milhões no total.

Luiz Mello ao lado de Talles Magno nos Estados Unidos (Foto: New York City)

O Vasco também vendeu o atacante Arthur Sales, de 19 anos, ao Lommel SK, da Bélgica, por R$ 15,4 milhões e o zagueiro Ricardo Graça, 24 anos, ao Jubilo Iwata, do Japão, por R$ 8,5 milhões.

Com o dinheiro das negociações, o clube pagou salários e dívidas. A saída de Talles permitiu comprar os direitos de duas promessas, MT e Galarza.

A homenagem ao movimento LGTBQIA+

Se fez feio dentro de campo, o Vasco protagonizou homenagem ao movimento LGBTQIA+. Atuou contra o Brusque com uniforme com as cores do arco-íris. Além disso, Cano, ao comemorar gol na partida, levantou a bandeira que simboliza a causa.

Cano ergue a bandeira do arco-íris ao comemorar gol contra o Brusque (Foto: André Durão)

Despedida de Cano

Cano se despediu do Vasco após a segunda temporada no clube. Ele atuou em 101 jogos e deu quatro assistências e marcou 43 gols. Este número o fez se tornar o maior goleador estrangeiro do clube no século 21 – considerando toda a história vascaína, o argentino aparece na segunda colocação entre os estrangeiros.

Germán Cano comemora gol contra o Botafogo (Foto: André Durão)

Dificuldades financeiras

Em mais uma temporada, o Vasco conviveu com dificuldades financeiras. A gestão de Jorge Salgado, que assumiu em janeiro, após determinação judicial, revisou o balanço e anunciou aumento da dívida, que chegou em R$ 832 milhões.

Diretoria do Vasco durante entrevista coletiva (Foto: Reprodução/VascoTV)

Em março, o clube anunciou a demissão de 186 funcionários, um caso que até hoje é alvo de reclamação. Os salários sofreram atraso em toda a temporada. Atualmente, o débito a jogadores e funcionários engloba novembro e o 13º. A direção aumentou a receita de patrocínios, fechou acordos de renegociação da dívida e aposta no projeto do clube-empresa para aumentar os invesrtimentos no futebol.

Protestos variados

A falta de resultados em campo gerou muitos protestos. Apesar da proibição de público no estádio por muito tempo, algo imposto para tentar diminuir o efeito da ela pandemia, os vascaínos usaram as redes sociais para demonstrar a sua insatisfação.

Faixa em protesto ao presidente Jorge Salgado em São Januário

Houve invasão da sala da presidência em São Januário, um episódio que não resultou em agressões, por exemplo. caso do transporte de troféus de forma inadequada também irritou a torcida.

Fonte: Globo Esporte

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