Miranda celebra acesso, volta aos gramados, e projeta grande 2023 no Vasco

O zagueiro do Vasco da Gama, Miranda, falou em trabalhar para 2023 ser seu ano, depois de voltar aos gramados cumprindo suspensão.

Miranda em treino do Vasco
Miranda em treino do Vasco (Foto: Daniel Ramalho/ Vasco)

Foram 13 meses longe dos gramados e sendo impedido de fazer aquilo que mais ama: jogar futebol. A espera chegou ao fim, o frio na barriga de entrar em campo voltou e a adrenalina de disputar um jogo pelo Vasco foi sentida novamente. O jovem zagueiro Miranda retorna ao plantel do Cruzmaltino e está disposto a recuperar o seu espaço para o futuro do clube.

‘Cria’ do Gigante da Colina, o jovem e técnico zagueiro de 22 anos está nos profissionais desde os 17 anos quando impressionou o então treinador Zé Ricardo. Querido pelos torcedores, Miranda quer retribuir em campo e mira o ano de 2023 com grande ambições.

Em entrevista exclusiva ao O Dia, o zagueiro falou sobre a importância do acesso garantido pelo Gigante da Colina para retornar à Série A e garantiu que segue trabalhando arduamente para que o ano de 2023 seja o seu ano no clube.

“Com toda certeza, sabíamos que era importante essa volta para a elite do futebol brasileiro. Sigo trabalhando diariamente para que 2023 seja o meu ano. Espero contribuir para ajudar o Vasco a alcançar seus objetivos”, afirmou.

Miranda também comentou sobre o longo período que ficou afastado dos campos devido a uma suspensão por doping aplicada pela Conmebol. O zagueiro relatou os momentos de dificuldade longe dos gramados, revelou detalhes de sua preparação durante esse período e contou como foi sua relação com o Vasco durante este tempo, já que sequer pode frequentar as dependências do clube por conta da suspensão.

“Foi difícil, mas encarei da melhor forma possível. Me preparei, treinei todos os dias, contratei um analista de desempenho para que eu voltasse melhor do que eu estava quando parei. O Vasco me deu todo o suporte possível nesse momento, mesmo eu não podendo frequentar o clube. Dirigentes, membros da comissão e diretores me mandaram mensagens de apoio. Sou e serei eternamente grato ao Vasco por isso”, detalhou.

O retorno de Miranda aos gramados foi num cenário bem complicado. O zagueiro foi improvisado por Jorginho na lateral-direita no decisivo jogo contra Sport, na Ilha do Retiro, como surpresa no time titular e acabou atuando durante 45 minutos na ocasião. Miranda analisou sua atuação na partida numa situação ‘de fogo’ e revelou que, por mais que nunca tivesse atuado antes como lateral, já vinha treinando na posição para uma possível oportunidade.

“Eu já estava treinando na lateral há um tempo, onde eu nunca tinha jogado na carreira. Encarei como uma oportunidade de retorno para mim e foi o que aconteceu. Defensivamente fui bem, cortei, fiz antecipações, mas ofensivamente poderia ajudar um pouco mais. Não estava no meu melhor ritmo de jogo e acho que prejudicou um pouco também, mas foi importante estar de volta e ajudar de alguma forma no acesso”, analisou.

A partida que marcou o seu retorno foi manchada pelo lamentável episódio de invasão de campo no final da partida por torcedores do Sport, caso que acabou indo até o STJD e terminando em uma punição ao clube pernambucano e na vitória da partida pelo Gigante da Colina. Miranda deu detalhes sobre como foi lidar com toda a situação, confirmando a história da tentativa de invasão ao vestiário do Vasco e reiterando não haver condições para a continuidade da partida naquele cenário.

“Eu já tinha vivenciado isso na base, mas foi um momento de aflição. Não sabia para onde correr. Via muitos torcedores e jogadores do Sport correndo atrás da gente. Assim que chegamos no vestiário, ainda assim, foi difícil porque estavam tentando invadir o vestiário. Ficamos presos no vestiário por bastante tempo. Não tinha nenhuma (condição de continuar a partida). Nós não nos sentíamos seguros. Sabíamos que poderia acontecer uma fatalidade naquele momento e, enquanto nós não nos sentíssemos seguros sobre a torcida e o jogo, nós não voltaríamos”, revelou.

Confira outras respostas de Miranda

A transição da base para os profissionais e o processo de amadurecimento:

“Subi com 17 anos ainda com o Zé Ricardo e joguei o meu primeiro jogo com o Jorginho. Esse momento foi um período de muito aprendizado e de uma realidade que eu ainda não tinha vivido. Com pressão, responsabilidade. Foi bom para mim, me tornei maduro mais cedo e entendi como era a realidade do profissional.”

A diferença dos bastidores do Vasco com a chegada da 777 Partners:

“Pagamentos em dia, compromissos sendo cumpridos. Profissionalismo e muito respeito com todos os funcionários do clube.”

Expectativas para o futuro no Vasco:

“A torcida pode esperar um Miranda mais focado nos seus objetivos, sejam coletivos ou individuais. Quero ajudar o clube a alcança títulos e me tornar uma atleta melhor.”

Fonte: O Dia

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