Mauro Galvão elogia Léo, analisa início de Barbieri e pede que Vasco siga contratando

Em contato exclusivo com o site Vasco Notícias, ex-zagueiro falou sobre diversos temas referentes ao início de temporada do Gigante.

Mauro Galvão (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Um dos maiores ídolos da história do Vasco da Gama, com importantes títulos conquistados com a camisa cruzmaltina, entre eles a Libertadores 1998, sendo, inclusive, o capitão da equipe, Mauro Galvão certamente é bastante gabaritado para opinar sobre o Gigante da Colina.

Em contato exclusivo com o site Vasco Notícias, o ex-zagueiro comentou o início de temporada da ”nova era” do futebol do Clube após a chegada da 777 Partners. Para o eterno camisa 4, logo de cara, houve atraso injustificável no planejamento para a montagem do elenco para 2023.

– A equipe do Vasco é toda nova e o trabalho começou um pouco atrasado, devido à parada para a Copa do Mundo, sendo que o Vasco não tinha nada a ver com a Copa, a Seleção Brasileira não é o Vasco. As contratações foram feitas apenas depois da chegada do (Maurício) Barbieri. Houve uma demora nessas tomadas de decisões – criticou.

Complementando, porém, Mauro considera a atual defesa vascaína dentro de uma ”normalidade”, com peças ainda se conhecendo e criando entrosamento. Para ele, é necessário ter paciência com o processo.

– Hoje, acho que o Vasco está, em termos de defesa, numa situação regular. Chegaram dois goleiros (Ivan e Léo Jardim), dois laterais (Puma Rodríguez e Lucas Piton), o Robson e o Léo, que ainda estão se entendendo. Não tem ainda um time definido. Em algumas partidas, jogou de uma forma; em outras, diferente. Jogou o Miranda, jogou o Robson, e quem mais ficou mesmo foi o Léo, que jogou mais tempo. O Vasco não tinha uma base para começar esse ano. Praticamente toda a equipe que disputou o ano passado foi dissolvida. Então, vai ser difícil. É todo um processo – disse.

Falando especificamente sobre Léo, que atua como zagueiro pela esquerda, mesma posição em que brilhou nos gramados, Galvão elogiou o desempenho do atleta neste início de temporada, destacando principalmente sua qualidade em sair jogando.

– O Léo tem jogado bem, tem feito boas partidas. É um jogador que, com a bola, sabe jogar. Ele é lateral-esquerdo de origem, vem jogando na zaga, não sei é essa a intenção definitiva do Barbieri, mas provavelmente sim, porque ele é o zagueiro que até o momento mais jogou. É um jogador que tem o pé esquerdo, tem facilidade para jogar, pois é lateral. Então ele, quando tem espaço, sai para jogar, procura dar passes, tenta jogadas. Isso é importante – exaltou.

Em contrapartida, Mauro Galvão ponderou sobre a necessidade de ajuste para que as investidas de Léo ao ataque não se tornem um tormento à defesa cruzmaltina, principalmente no que diz respeito a um zagueiro cobrir o outro.

– É preciso ter cuidado sempre, pois ele é zagueiro, não pode esquecer da parte defensiva, e, nesse quesito, acho que o Vasco ainda tem problemas. Contra times mais fortes, a situação complicou um pouco. Então, é bom ter cuidado e tem que treinar muito, entrosar. Com a chegada do Capasso, isso pode melhorar, principalmente a questão das coberturas. Quando houve bola nas costas, eles não conseguiram fazer, né? O trabalho tem que ser feito, a diagonal curta, a cobertura de um zagueiro e do outro – afirmou.

Já sobre o trabalho de Barbieri, o ex-zagueiro opinou que é regular até o momento. Segundo ele, o treinador precisa começar a definir um time titular, até mesmo para os próprios jogadores entenderem o panorama.

– O trabalho do Barbieri está sendo regular. Acho que não tem como ser mais do que isso. Quanto mais ele repetir a equipe, melhor. Quanto mais tempo jogar com os mesmos atletas, acho que facilita bastante. É claro que tem que ir revezando, né? Aqueles jogadores que tem maior número na posição, você pode revezar, mas é importante que o Vasco, daqui para frente, comece a definir quem é titular e quem não é, para poder fazer com que todo mundo saiba mais ou menos qual é a situação, como cada um está. Acho que estamos numa fase agora que está se tornando importante, decisiva. Então, acho que a fase de testes já acabou – disse.

Projetando o desempenho do Vasco ao longo da temporada, Mauro destacou as dificuldades enfrentadas recentemente, inclusive a transformação do futebol em clube-empresa, e preferiu aguardar os próximos dois meses para uma melhor definição sobre o assunto.

– O Vasco deveria estar sempre brigando por títulos. Essa deveria ser a atitude e a vontade do time. É claro que a gente sabe de todo o histórico recente, das dificuldades que o Vasco teve e todas as situações de mudança, de clube associativo pra SAF. Então, por tudo isso, hoje acho que o Vasco deve ficar na luta por vaga na Sul-Americana ou quem sabe na Libertadores, mas só vamos ter essa noção mesmo quando terminar o Carioca e ver como vai ser na Copa do Brasil. Aí sim teremos condições de analisar o que o Vasco pode fazer – disse.

Por fim, o ídolo opinou que o Vasco não pode encerrar as contratações, especialmente olhando com a atenção a necessidade de reforços que agreguem experiência ao elenco.

– Acho que o Vasco precisa contratar mais alguns jogadores, de preferência que venham para ser titulares, que tenham experiência e estejam acostumados a ganhar títulos. Acho que isso é importante, até porque essa equipe do Vasco hoje é bem jovem, então é bom haver um equilíbrio, um jogador que dê mais experiência ao time, mas, ao mesmo tempo, tenha qualidade. Tem que ser os dois fatores juntos – finalizou.

Atualmente com 61 anos, Mauro Galvão atuou pelo Vasco por quatro temporadas no fim da década de 90. Com a camisa cruzmaltina, conquistou, além da Libertadores, dois Brasileiros (1997 e 2000), Mercosul (2000), Rio-São Paulo (1999) e Carioca (1998). De acordo com o site Wikipédia, foram 126 jogos e 12 gols marcados pelo Almirante.

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