Mauro Galvão e Tinho analisam o desempenho defensivo do Vasco

Defesa do Vasco da Gama vem falhando sistematicamente nas últimas partidas do time no Campeonato Brasileiro.

Barbieri durante o jogo contra o Flamengo pelo Brasileiro
Maurício Barbieri durante jogo contra o Flamengo (Foto: André Durão)

Contra o Goiás, o Vasco busca reverter a drástica situação que vive no Campeonato Brasileiro. O time comandado por Maurício Barbieri amarga a vice-lanterna na tabela da competição.

Além de uma série de fatores, o sistema defensivo do Vasco não é eficaz. Prova disso é que a zaga cruz-maltina é a terceira mais vazada do Brasileirão.

Vale lembrar que a defesa do Vasco foi o setor da equipe que mais recebeu reforços. Mas por que o sistema defensivo atravessa esta má fase? O Lance! entrevistou os especialistas ex-zagueiros vascaínos Mauro Galvão e Tinho para explicar.

Para Mauro Galvão, capitão do Vasco que levantou a taça da Libertadores de 1998, o problema não é somente no sistema defensivo, até porque uma equipe funciona como uma engrenagem. Além disso, os jogadores estão cometendo erros infantis.

– Tudo é uma engrenagem importante, que o Vasco até agora não conseguiu equacionar e resolver a situação para ter uma equipe mais equilibrada. Uma equipe que defenda sem a bola melhor. O Vasco não consegue as vitórias justamente por isso. Tem problemas defensivos, no jogo contra o Internacional ficou visível a falta de atenção nos últimos lugares. Como você vai ter falta de atenção num momento tão difícil como esse? Pode ser ter muitas coisas, menos falta de atenção. Você tem que entrar ligado. Não dá para entender se é uma questão de nervosismo dos jogadores, que acabam cometendo erros um pouco infantis – opinou Mauro Galvão.

A opinião de Tinho, tricampeão Carioca pelo Vasco entre 1992 e 1994, converge com a de Mauro Galvão. Para o ex-jogador, no futebol moderno a defesa começa no ataque e se algo der errado “lá atrás” é porque alguma coisa não deu certo “lá na frente”.

– O sistema defensivo começa lá na frente. Não sei o que está acontecendo que não está acontecendo este início de marcação. Quando a “bomba estoura lá atrás” é porque alguma coisa não está certa no início da marcação. O sistema defensivo ele começa lá na frente com os atacantes – considerou Tinho.

Outro ponto levantado por Mauro Galvão é a inexperiência do Vasco. A média de idade do elenco é jovem e, para o campeão da Libertadores em 1998, este é um fator que precisa ser equacionado para o Cruz-Maltino sair da zona de rebaixamento.

– Uma coisa que eu já tinha falado antes do campeonato começar: o time do Vasco é uma equipe que praticamente foi feita esse ano. Tem pouco tempo de rodagem, não tem muitos jogadores experientes, que foram rodados e têm uma certa bagagem. Talvez, o último jogador que o Vasco tenha tido com essa característica tenha sido o Nenê. O Vasco tem bons jogadores, com uma idade entre 24 e 25 anos, mas que não tem uma bagagem – pontuou.

Já Tinho acha que a indefinição sobre qual jogador será a dupla de Léo, em definitivo, pode estar afetando a equipe. Isso porque o entrosamento é fundamental para um sistema defensivo, algo que o Vasco ainda não tem.

– O Vasco ainda não definiu uma situação a nível de defesa, ao Léo e outro jogador que possa fazer a dupla de zaga com ele. Em cima disso, com o decorrer dos jogos, o entrosamento é fundamental. O entrosamento é fundamental para o sistema defensivo dar certo e isso o Vasco não tem. É uma equipe, um grupo que foi montado recentemente. Esse entrosamento, principalmente, com as constantes mudanças que tem acontecido é ruim, não é legal – afirmou.

O duelo entre Vasco e Goiás será nesta quinta-feira (22), às 20h, em São Januário. A partida é válida pela 11ª rodada do Brasileirão.

Fonte: Lance!

2 comentários
  • Responder

    O Mauro e o Tinho eram da posição, eu joguei lá também , e sei que uma zaga prá pra jogar bem tem se conhecer muito como o parceiro joga, e não tá acontecendo isso no Vasco, o Léo que é um ótimo zagueiro ja esta errando também devido a mudanças de perceiro.
    Zagas do Vasco que sempre jogaram juntos :
    Orlando – Beline, foi azaga da copa de 58
    Renê – Moisés, não passava nada
    Brito – Barbosinha – Brito um clássico, Barbosinha um paredão.
    Mauro Galvão – Odiavam.. Mauro franzino baixou, mas um dos melhores que já vi jogar – Odiavam tinha muita raça disposição baixava a porrada e difícil se machucar (o canela de ferro) .
    Foram assas zagas que deram inúmeros títulos ao nosso glorioso Vasco.
    Agora botar jogadores que não se conhece na zaga,
    É um erro fatal.

  • Responder

    O Mauro Galvão deveria ser contratado como treinador de zagueiros o Felipe como treinador de meio campo e o Valdir bigode como treinador de atacantes , sendo permanentes e prepara-los pra no futuro assumir em definitivo.

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