Almirante Pistola comenta comemoração de Rossi e manda recado à torcida
O mascote do Vasco da Gama, Almirante Pistola, relembrou a comemoração de Rossi e falou sobre sua paixão pelo Clube.
Na última segunda, 2, o Vasco venceu o Cruzeiro em São Januário pelo placar de 1 a 0 e garantiu mais três pontos na reta final do Brasileirão. Apesar da vitória do clube, o que realmente chamou atenção nesse último jogo foi a comemoração entre os atletas.
Após Fredy Guarín abrir o placar, os atletas foram comemorar o gol atrás das placas de publicidade. No entanto, a figura do Almirante Pistola foi a que mais se destacou. Rossi, atacante do Vasco, foi vibrar o gol com os jogadores e acabou “roubando” a cabeça do Mascote.
A reportagem do Torcedores.com conheceu o Almirante e descobriu quem é o personagem por trás da fantasia mais conhecida no Vasco da Gama.
QUEM É O ALMIRANTE DO VASCO
O Mascote da Colina, na verdade, é Quiones. Carioca, 26 anos e natural do Rio de Janeiro, o responsável pelo papel de “Almirante Pistola” é vascaíno desde criança. O nome dele, inclusive, foi dado em homenagem ao ex-zagueiro Holger Quiñónez, que jogou pelo clube nas décadas de 80 e 90. Interpretando o papel de Mascote do Vasco desde agosto de 2018, ele foi indicado por um amigo que fazia o mesmo trabalho no clube. Porém, devido às dimensões da nova fantasia, o nome de Quiones foi o favorito para ocupar o cargo.
O vínculo com o Vasco começou há muito tempo, quando o encarregado pelo Mascote ainda tinha 15 anos. Ele contou que sempre frequentou estádios dentro e fora do Rio de Janeiro, mas foi através do convite para Almirante que a ligação profissional começou. De acordo com ele, o responsável por esse amor ao cruz-maltino é o pai. Quiones, por sua vez, só deu continuação ao que sentia. “Sempre fiz de tudo para viver o Vasco de perto. Agora, estou tendo esse privilégio” disse o carioca.
A CENA DO JOGO
Quiones, sobre o que aconteceu na segunda: pela sua reação você com certeza não esperava. A gente viu que você saiu correndo atrás do Rossi para recuperar a fantasia. O que você pensou nesse momento?
“Foi único. Assim que percebi que teria chance de gol, fui para perto das placas de publicidade. Quando foi gol, fui buscar o Guarín, ia chamá-los para fazer o trem bala. Quando fiz o gesto chamando, o Rossi veio. Eu não sabia o que fazer. Eu não sabia se comemorava ou ia atrás da cabeça. Acho que acabei fazendo os dois.”
Você pareceu um pouco tenso indo atrás do Rossi quando ele pegou a cabeça do Almirante. Você realmente ficou preocupado ou foi só impressão?
“Eu curti bastante. Eu não queria aparecer para não estragar a figura do Almirante. Mas a sensação de poder pular, abraçar e comemorar um gol do seu clube de coração dentro do campo é inesquecível.”
COMO É O TRABALHO DE MASCOTE?
Durante o dia trabalhando no estoque de uma loja de autopeças e a noite fazendo tatuagem, Quiones conta que em dia de jogo ele costuma chegar 1h30 antes da partida começar. “Saio do trabalho um pouco mais cedo e já fico na expectativa.” Sobre como funciona o trabalho de Mascote, ele contou que sempre entra na onda da torcida. Segundo ele, é algo “sem palavras”: “emocionante demais, como torcedor que sempre fui, nunca imaginaria esse tipo de energia de realmente fazer parte do grupo. Quando eu coloco a roupa, busco incorporar mesmo o espírito do Almirante. Fazer a ligação entre torcida e time, e vice versa.”
Você acha que ser torcedor e acompanhar o Vasco desde pequeno influencia na hora de se comunicar com a torcida? Ali você é o Almirante ou o torcedor?
“Ali é coração. Vibro com a torcida, provoco o adversário, tento demonstrar ao máximo a importância de estar ali e de fazer valer o nosso mando de campo, a nossa casa.”
Você tem contato com os jogadores?
“Como Mascote, sim. Às vezes no vestiário ou na chegada do time no estádio. Sempre passo a energia da galera para eles através de gestos, dando aquela força.”
Mascote do clube desde 2018, Quiones contou que o dia mais importante para ele foi o primeiro jogo como Almirante, quando o Vasco comemorou os 20 anos da conquista da Libertadores, em agosto do ano passado: “foi aniversário de 20 anos da conquista da Libertadores e os jogadores estavam em campo. Segurei a taça, dei volta olímpica com eles. Nunca imaginaria que isso ia acontecer na minha vida.”
RECADO PARA A TORCIDA
Sobre uma curiosidade de interpretar o Mascote do Vasco, o carioca disse que ainda não conseguiu perder a mania de fazer expressões faciais por baixo da fantasia: “eu sempre sorrio ou faço cara de mal nas fotos mas não muda nada. Eu estou sempre de fantasia então minhas expressões nunca aparecem. Mas eu to sempre fazendo meus gestos (risos).”
Aproveitando o momento histórico que o torcedor cruz-maltino está construindo, o Almirante Pistola revelou um importante recado: “atenção, torcida vascaína: vamos associar e fazer um Vasco mais forte para os próximos anos!”
Em entrevista recente, Rossi, responsável pela cena cômica do jogo, disse que pegar a cabeça do Almirante foi algo bem espontâneo e que achou legal a repercussão. Além disso, o Almirante Pistola nos garantiu que, por ele, haverá outra comemoração assim: “sempre fico na expectativa.” Nesse caso, a torcida vascaína já pode se preparar para dar mais risadas com essa dupla.
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