Marcinho vê o Vasco diferente com Thalles no ataque

O meia Marcinho disse que a presença de Thalles no time titular deve mexer um pouco com o sistema ofensivo cruz-maltino.

Novo dono da camisa 10 do Vasco, o meia Marcinho já mostrou seu cartão de visitas com dois gols marcados nas quatro primeiras rodadas do Campeonato Carioca. Aos poucos, ele mostra um papel de protagonista ao lado de Bernardo e Montoya na armação da equipe de Doriva. Nesta quarta-feira, em duelo contra o Barra Mansa, o jogador terá nova chance de mostrar seu futebol para a torcida. A novidade será no ataque, uma vez que Thalles deve aparecer na vaga de Rafael Silva, o que deve mexer um pouco com o sistema ofensivo cruz-maltino.

– Muda sim (com a mudança de atacante). O Thalles é um jogador mais fixo, sabe jogar de costas para o gol. Temos uma referência. Com Rafael, as jogadas trabalhadas pelo lado e a chegada com jogadores na área ficava diferente. Hoje temos jogador que está ali pra fazer os gols e temos um jogador que vai nos ajudar bastante. Rafael fez grandes partidas e esperamos o mesmo do Thalles – disse Marcinho, em entrevista coletiva após o treino desta terça-feira.

Aos 30 anos, o atacante chegou ao Vasco nesta temporada após passagem pelo Vitória. A temporada em Salvador não deixou muitas saudades para Marcinho, que reclamou da dificuldade para se readaptar ao Brasil após cinco anos atuando no Catar. 

– Aqui no Rio não tive dificuldade para me adaptar. Já tive passagem pelo futebol carioca. O que me deu suporte para chegar num ponto forte no Vasco foi a passagem pelo Vitória, que me deu a base. Lá tive dificuldade, não tive condição de jogo e não estava adaptado ao futebol brasileiro. Lá me adaptei e aqui pude manter o nível que não tive lá.

O Vasco volta a campo nesta quarta-feira para enfrentar o Barra Mansa, às 22h (de Brasília), em São Januário, pela quinta rodada do Campeonato Carioca. Com 10 pontos, o Cruz-Maltino ocupa a quarta posição da Taça Guanabara.

Marcinho durante treino do Vasco

Veja abaixo outros trechos da coletiva.

Time pequeno

“Esses jogos costumam surpreender. No futebol, se não respeitar o adversário ,depois do jogo pode lamentar por não conseguir vitória. Trabalhei com pessoas que diziam que a melhor maneira de respeitar é sendo superior. Ganhando bem e pontuando, que é o nosso principal objetivo nessa partida.”

Defesa

“Acho que, se você pegar a linha de zaga que jogou ano passado, Luan e Rodrigo, o Doriva soube trabalhar bem. A equipe toda, não só a linha de zaga como também o ataque, sabe fazer a marcação. Um time de futebol tem que começar a marcar pelo ataque. Estamos fazendo a nossa parte.”

Gilberto

“Ainda não sabemos quais as condições dele. Vem treinando com a gente, adaptado ao grupo, damos total confiança a ele e não sabemos se poderá atuar. É coisa da diretoria, praticamente não sabemos nada. É um jogador de qualidade e, se estiver liberado, vai nos ajudar bastante.”

Bolas paradas

“Acho que o futebol, quando se tem muita marcação individual, ritmo de jogo pegado, a chance de bola parada pode sair o gol. A outra equipe sai para o jogo, fica mais aberto…”

Nível do Carioca

“Difícil analisar. Tem muitos que pensam de maneira diferente, uns dizem que era melhor antigamente, hoje é mais difícil. Na minha visão, tivemos jogos difíceis pelo fator campo, Cabofriense e Macaé. Deixaram o gramado alto, não podia se tocar bem a bola e ter futebol de qualidade. Contra o Tigres, respeito o clube e o estádio, mas fica impossível tocar a bola num campo sem condições, cheio de buraco. Na parte técnica, vejo campeonato difícil e acredito que as equipes grandes vão seguir na frente.”

Retorno ao Rio

“Eu tinha vontade primeiro de voltar a uma equipe grande, uma equipe de uma projeção nacional. O Vasco é uma dessas equipes. O clube me deu a condição de treinar e me preparar bem. Estou muito motivado e vou procurar fazer o máximo para ajudar. Quero seguir fazendo boas partidas e ajudando o Vasco a vencer.”

Globo Esporte

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