Luxemburgo vê progresso no Vasco e confia na permanência na Série A
Vanderlei Luxemburgo viu mudança de comportamento no time do Vasco da Gama e diz que objetivo é manter o Clube Série A.
O Esporte Espetacular deste domingo apresenta uma entrevista exclusiva do comentarista Walter Casagrande com o técnico Vanderlei Luxemburgo, que recentemente retornou ao Vasco. Ele fala sobre a passagem pelo Palmeiras, o crescente número de treinadores estrangeiros no país, sua recuperação após a Covid-19 e, claro, os planos para livrar o clube de São Januário do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Questionado sobre o melhor técnico brasileiro no momento, não teve dúvida: Lisca, do América-MG.
Após a estreia sem gols contra o Atlético-GO, Luxemburgo vê progresso na equipe e confia na permanência na Série A. Ele ressalta, porém, que ainda precisa conhecer melhor alguns aspectos do time, como a condição física. No jogo em Goiânia, notou uma queda de rendimento na segunda etapa. Mas o mais importante foi a mudança de comportamento, segundo o treinador.
– Casão, no primeiro nós jogamos assim. Com qualquer equipe, no primeiro tempo nós estaríamos ali equilibrando. Porque houve uma aplicação muito grande, um preenchimento ofensivo e defensivo, uma dinâmica de jogo totalmente diferente. Eu não tenho conhecimento físico da equipe ainda. Aí, no segundo tempo, a partir dos 20, 25 minutos, tivemos uma queda de produção. E foi perigoso porque o time deles está treinado. É um time que joga bem no seu campo. Então, foi perigoso. Mas eu vi uma mudança de comportamento. Era o que eu queria ver. Houve uma mudança no primeiro tempo que eu achei importante – explicou Luxemburgo.
Ele completou:
– Vejo a equipe com progresso. O que nós queremos como objetivo é manter o time na Primeira Divisão. Vamos conseguir.
Sobre a passagem pelo Palmeiras, Luxemburgo foi questionado sobre as críticas que recebia pelo futebol que era apresentado pela equipe, apesar do título paulista.
– Subi muitos jogadores. Alguns que não estavam jogando, caso do Lucas Lima que entrava e saía, o Rafael Veiga. Ali no elenco no Palmeiras nós tínhamos 40 e poucos jogadores, foram embora 20 e nós colocamos 12 da base no time de cima. Você não não consegue fazer isso da noite para o dia. Nesse processo de transição, algumas percalços no meio do caminho vão existir. Não há dúvida disso aí. Mas uma hora vai encaixar. Nós jogamos bola, Casão. Uma hora vai encaixar. Eu gosto de time ofensivo.
Ele afirmou que o grande problema foi o desempenho no Brasileiro:
– O trabalho estava seguindo. Os resultados do Brasileiro é que não eram tão bons, que não agradavam. Mas no Estadual e na Libertadores, que eram os primeiros objetivos nossos, os dois primeiros objetivos, nós estávamos muito bem situados.
Recuperado da Covid-19, o técnico contou que ainda sente reflexos da doença. Ele explicou que o primeiro teste foi um falso positivo e contou a rotina de isolamento após o resultado.
– Falso positivo, Casão. Rapaz, fiquei 14 dias dentro de casa. Foi um negócio muito estranho. você precisava ver. Eu me tranquei em um quarto. A minha esposa batia na porta, falava assim: olha o almoço. Ela ficava com uma bandeja na porta. eu pegava e entrava correndo. E eu não sentia nada. Eu falava: “Meu Deus do céu, eu não estou sentindo nada”. Foi um falso positivo e isso fez que eu pegasse Covid depois, porque, com esse falso positivio, eu achei que tinha Covid e o que aconteceu? Eu facilitei. O negócio é complicado.
A respeito das sequelas deixadas pela doença, ele afirmou:
– A Covid fica no teu corpo. por exemplo. Eu estou curado. mas respiro com um pouco de dificuldade. Se eu for falar muito, preciso tomar água. Tive 25% do pulmão tomado. Então me provoca muita tosse. Tenho espasmo constante nas costas e uma câimbra forte. Eu tenho que me posicionar, fazer fisioterapia para aprender a respirar de novo, para o meu pulmão abrir um pouco mais. Fica alguma coisa no teu corpo. Se você não cuidar, você morre. Se você cuidar, vc fica com alguma coisa que você tem que dar continuidade. Eu estou dando continuidade. Eu estou exercitando o pulmão e ele está preso porque esteve doente. Foi só falar que eu comecei a tossir já.
Casagrande emendou:
– Isso que você falou é importante. As pessoas têm de se cuidar. O uso de máscara é importante e tentar evitar aglomerações também é muito importante nesse momento.
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Fonte: Globo Esporte