Luxemburgo reencontra o Palmeiras nesta terça e diz: ‘Não tenho mágoa de nada’
Agora no Vasco da Gama, Vanderlei Luxemburgo enfrentará o Palmeiras três meses e meio depois de comandá-lo.
Adiado por coincidir com a final estadual, que Vanderlei Luxemburgo conquistou no ano passado, o jogo entre Palmeiras e Vasco, da primeira rodada do Campeonato Brasileiro, será disputado somente nesta terça-feira, às 20h (de Brasília), muito tempo depois da data inicialmente marcada.
A partida não pôde ser realizada em 9 de agosto porque estava marcada para o mesmo dia da decisão do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, vencida pelo Palmeiras nos pênaltis.
O que Luxemburgo certamente não imaginava quando o jogo foi adiado é que, na sua realização, ele estaria do outro lado. Nesta terça-feira, o treinador trabalhará no vestiário e na área técnica dos visitantes no Allianz Parque, palco do título paulista de 2020.
O palco, porém, também é o mesmo de sua última partida na quinta passagem pelo clube, em 14 de outubro, quando foi derrotado por 3 a 1 pelo Coritiba e demitido logo na sequência.
Seu sucessor, o português Abel Ferreira, foi anunciado em 14 de outubro, assumiu o time com poucas chances no Brasileirão, mas classificado ao mata-mata da Libertadores, e o levou até a final do torneio sul-americano e da Copa do Brasil. No sábado, em jogo único no Maracanã, o Palmeiras decide o título continental contra o Santos.
Em sua apresentação, o jovem e até então pouco conhecido treinador foi questionado sobre uma fala de Luxemburgo a respeito da qualidade do elenco para “jogar bonito”. Mas, como seria praxe ao longo do seu trabalho, Abel não falaria abertamente sobre o antecessor ou qualquer colega de profissão.
– Uma coisa a que vocês aqui vão se habituar: eu não comento opiniões de outros treinadores. É uma opinião, e opinião cada um tem a sua. Não é bem, nem é mal, não é certo, não é errado, é uma opinião – respondeu o português, que acumula 13 vitórias, dois empates e cinco derrotas à frente do time.
Desde sua saída, Luxemburgo também não se aprofundou em comentários a respeito de Abel, apesar de ter dito que apostava no sucesso da equipe. No último domingo, ao ouvir uma pergunta sobre o reencontro com o Palmeiras, disse o seguinte:
– Já fui algumas vezes no Palmeiras enfrentá-los, não tenho mágoa de nada, é normal ser mandado embora no futebol, sair. É uma decisão de dirigente, a gente não tem como interferir. Vamos analisar o time do Palmeiras para aí sim poder escalar a equipe e tomar a decisão tática daquilo que nós vamos fazer.
Fonte: Globo Esporte