Luiz Mello garante que 2022 apertado não ameaça o RCE

A Proposta Orçamentário apontou mais um ano difícil nas finanças do Vasco da Gama, o que gerou muita preocupação.

Luiz Mello, CEO do Vasco
Luiz Mello, CEO do Vasco (Foto: Ministério do Esporte)

O orçamento do Vasco para 2022 mostra que os próximos 12 meses serão de dificuldade em São Januário. As contas ainda não fecham. Entre receitas e despesas, há uma diferença negativa de R$ 73 milhões, que precisarão ser captados através de novas fontes de renda. Isso num momento em que o clube aderiu ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), que agrupa e ordena o pagamento de dívidas trabalhistas e cíveis em um período entre seis e dez anos. Para o primeiro deles, a projeção é quitar cerca de R$ 31 milhões. O CEO Luiz Mello assegura que este planejamento não está ameaçado.

— De forma alguma. A lei prevê plano de pagamento de longo prazo, e o resultado de um ano isolado não é capaz de comprometê-lo — defende o executivo. — A necessidade de captação projetada de R$ 73 milhões representa a maior estimativa de despesas frente às receitas projetadas para o próximo exercício. Esse eventual valor de captação financeira não tem correlação com o pagamento da RCE, já que esta é calculada com base na receita corrente mensal e não no resultado final do fluxo de caixa.

O RCE foi o mecanismo lançado para incentivar os clubes a criarem Sociedades Anônimas de Futebol (SAF). A ideia de organizar os credores numa fila única e, assim, evitar novas penhoras lembra o Ato Trabalhista. Mas o novo modelo agrupa também as cobranças na esfera cível. Além disso, enquanto no primeiro programa o pagamento era feito através de parcelas mensais fixas, neste são descontados 20% das receitas.

Embora ainda não tenha aderido ao modelo do clube-empresa, o Vasco conseguiu na Justiça o direito de ingressar no regime. Ao todo, R$ 239 milhões foram negociados para serem quitados dentro do RCE.

Neste momento, o clube projeta uma arrecadação líquida na casa dos R$ 173 milhões em 2022. É daí que sairá o dinheiro do RCE. Mas o cobertor é curto. O pagamento dos demais custos previstos na folha ainda precisam ser garantidos. A entrada de dinheiro de investidor é uma opção, já que a criação da SAF está prevista no orçamento.

— Mesmo com receitas reduzidas o Vasco prevê no orçamento pagar R$ 31 milhões ao RCE em 2022. Isso mostra que o clube é capaz de pagar sua dívida dentro dos parâmetros legais mesmo em situações difíceis. Basta fazê-lo de forma organizada para não prejudicar o crescimento sustentável que levará à quitação integral da dívida — completou Mello.

Como o documento de apresentação do orçamento apresentava erros, a votação não foi realizada. A sessão do Conselho Deliberativo foi paralisada e adiada para janeiro, em data a ser definida.

Fonte: O Globo

Mais sobre:Luiz Mello
Estamos no Google NotíciasSiga-nos!
Comente

Veja também
José Roberto Lamacchia e Leila Pereira
Saiba o tamanho da fortuna do dono da Crefisa, interessado na Vasco SAF

José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa, é casado com Leila Pereira, a atual presidente do Palmeiras, com quem divide grande fortuna.

Pedrinho em reunião com José Roberto Lamacchia
Dono da Crefisa viaja aos Estados Unidos para comprar parte da 777 na SAF do Vasco

José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa e de outras empresas, viajou aos Estados Unidos para tratar pessoalmente do negócio.

Sueli de Araújo vai ao velório de Apolinho, na sede do Flamengo, com a camisa do Vasco
Torcedora do Vasco vai à sede do Flamengo prestar homenagem a Apolinho

Torcedora foi ao velório com a camisa do Vasco da Gama e destacou a boa relação que Apolinho, torcedor do Flamengo, tinha com os vascaínos.

Álvaro Pacheco, possível novo técnico do Vasco
Álvaro Pacheco chega ao Rio no domingo para assinar com o Vasco

Novo treinador do Vasco da Gama, Álvaro Pacheco é aguardado no Rio de Janeiro no domingo (19) para fechar com o Cruzmaltino.

Pedrinho e Josh Wander
Especialistas avaliam cenário após rompimento do Vasco com a 777 Partners

Saiba como será o futuro do Vasco da Gama com a disputa judicial entre o Clube Associativo e a 777 Partners pelo controle da gestão.