Loide não é relacionado há 5 jogos e vê briga acirrar no ataque do Vasco
O atacante Loide Augusto está atualmente no fim da fila das opções de Fernando Diniz para o setor ofensivo do Vasco.

A lista de relacionados do Vasco para a partida contra o Sport apontou uma ausência que vem sendo recorrente nos últimos compromissos: Loide Augusto. O angolano foi novamente cortado por opção técnica e sequer estará no banco de reservas pelo quinto jogo consecutivo com Fernando Diniz.
Loide está atualmente no fim da fila das opções do treinador para o setor ofensivo. A tendência é que o atacante tenha poucas chances com as chegadas de Matheus França e de Andrés Gómez. O colombiano estreou na partida contra o Corinthians e também entrou no segundo tempo diante do Botafogo, enquanto o brasileiro ex-Crystal Palace foi relacionado pela primeira vez para o duelo deste domingo na Ilha do Retiro.
A última vez que Loide entrou em campo foi no dia 2 de agosto, na derrota por 3 a 2 para o Mirassol. Depois, não saiu do banco de reservas nos duelos contra CSA, pela Copa do Brasil, e Atlético-MG, pelo Brasileirão.
O angolano vem treinando normalmente, mas não foi relacionado para as partidas contra Santos, Juventude, Corinthians, Botafogo e, agora, Sport. Dessa lista, apenas no primeiro jogo, na goleada no Morumbis, o jogador não foi cortado por opção. Na ocasião, o atacante havia apresentado um quadro de virose durante a semana, perdeu sessões de treinamento durante a semana e foi preservado.
Ao todo, são 18 partidas pelo Vasco, sem gols ou assistências até aqui. Foram apenas duas oportunidades iniciando como titular, nas derrotas para o Corinthians, por 3 a 0, na 2ª rodada do Brasileirão, e para o Palmeiras por 1 a 0, na 7ª rodada.
Das lives ao gesto polêmico com Diniz
Contratado em fevereiro, Loide Augusto chegou ao Vasco no fim da janela para ser uma alternativa de velocidade na ponta, considerada uma das grandes carências do time. A negociação com o Alanyaspor, da Turquia, foi agitada por lives do jogador com pedidos para que a transferência para o Vasco fosse concluída.
“Ah, me deixem em paz. Eu nasci sozinho. Não nasci gêmeo. Não importa, os clubes têm que entender. Meu sonho sempre foi jogar no Brasil. É meu sonho. Independentemente do clube que vou jogar. Não sufoque o artista”, afirmou Loide.
Posteriormente, o presidente Pedrinho afirmou que Loide havia sido “muito corajoso” e citou que posicionamento do atacante durante as conversas foi fundamental para destravar as negociações.
O clube carioca, por fim, desembolsou 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 9 milhões). O acordo prevê ainda bônus de 1 milhão de euros (R$ 6 milhões), caso o atleta atinja determinadas metas.
No Rio de Janeiro, porém, Loide teve dificuldades de adaptação e viu Nuno Moreira, outro contratado para o lado esquerdo de ataque, assumir a titularidade de forma absoluta.
Quando assumiu o cargo no Vasco, em maio, Diniz contou com um olhar mais cuidadoso com o jogador. O treinador promovia conversas individuais com os atletas no início de seu trabalho e tinha uma atenção especial com o angolano por entender que ele poderia ser importante para o setor ofensivo, principalmente por ser uma alternativa de velocidade.
A relação entre os dois logo contou com um capítulo polêmico na partida contra o Operário-PR, pela Copa do Brasil, no dia 20 de maio. Sempre agitado na beira do campo, Diniz vinha dando instruções constantes a Loide durante a partida e se mostrou irritado depois de uma tentativa errada de elástico do atacante, que chegou a ser vaiado por São Januário.
Em um outro momento, durante uma pausa na partida, Loide foi até Diniz e ouviu as instruções do técnico. Na segunda chamada, o atacante não deu bola. O técnico perdeu a cabeça, gritou o nome dele mais de cinco vezes, usou até Piton para chamá-lo, mas Loide não foi até a linha lateral. Na sequência do jogo, depois de um chute perigoso, Loide fez gesto com as mãos nos ouvidos em direção à área técnica.
A cena rapidamente viralizou e se tornou a principal imagem da passagem de Loide no Vasco até aqui. Na coletiva, Diniz tratou de colocar panos quentes na situação, após a classificação nos pênaltis – que contou com cobrança convertida do angolano.
O treinador e o presidente Pedrinho conversaram com o atleta após a partida e demonstraram confiança na recuperação do atacante. O angolano chorou muito no vestiário após a jogo e reconheceu o erro cometido dentro de campo. Nas imagens da Vasco TV, foi possível ver os Diniz e Loide abraçados e conversando depois da partida.
O atacante, porém, nunca conseguiu deslanchar e viu a torcida perder a paciência com os erros e com a postura em campo em determinados jogos. O diretor técnico Felipe Loureiro chegou a apontar que o angolano “parece displicente” em alguns momentos durante coletiva de imprensa.
Desde a partida contra o Operário-PR, Loide viu seu espaço progressivamente diminuir no elenco. O Vasco disputou 17 partidas desde então, e Loide só entrou em campo em seis jogos, sempre na reta final dos duelos.
Com Andrés Gómez e Matheus França, Fernando Diniz ganhou novas alternativas para o setor ofensivo, e Loide precisará brigar ainda mais para alcançar seu espaço no time. O contrato do angolano com o Vasco se estende até o fim de 2027.
Fonte: Globo Esporte