Livre no mercado, Matheus Índio relembra passagem pelo Vasco
Livre no mercado, Matheus Índio, ex-joia do Vasco da Gama, está no Brasil enquanto aguarda definição sobre seu futuro.
Após três anos na Europa, Matheus Índio está de volta ao Brasil. Ainda não é de forma definitiva, mas o ex-vascaíno está com a família, no Rio de Janeiro, enquanto aguarda uma decisão sobre os próximos passos na carreira. Livre e sem contrato, ele analisa sondagens e retornar ao país é uma opção concreta que agrada o jogador.
– Eu gostaria de voltar para o Brasil. Fiquei um tempo fora, e acho que essa volta seria bem-vinda. Mas tenho que analisar com calma as possibilidades antes de tomar uma decisão – disse Matheus.
Aos 24 anos, Índio não é mais o garoto que deixou o Brasil jovem, revelado pelo Vasco. Em Portugal, passou por Estoril e Boavista.
– Joguei três temporadas em Portugal. Fui para o Estoril, tive um momento bom lá. Depois tive uma passagem por empréstimo no Boavista, de Portugal. Foi bom, gostei, é um clube grande e tradicional em Portugal. Mas terminou o contrato e estou livre. Voltei em junho ao Brasil. Tenho recebido alguns contatos, tem algumas possibilidades. Espero tomar uma decisão em breve.
Sucesso na base e pouca chance no profissional
Matheus Índio chegou ao Vasco com 11 anos, fez muito sucesso na base do clube e com a camisa da seleção brasileira. No profissional, no entanto, quase não teve oportunidades. Apesar de levar no currículo o título carioca de 2016, foram apenas seis jogos com a camisa cruz-maltina.
– O Vasco é o clube que me formou e me abriu as portas no início da minha trajetória no futebol. Tenho um carinho muito grande e sou muito grato ao Vasco. Mas acabei jogando pouco no profissional e saí para a Europa. Foi na época do Jorginho (treinador), foi opção dele. O Vasco tinha um time muito experiente na época. Nada pessoal.
Em 2013, aos 17 anos, Índio deixou o Vasco para jogar no Santos. Depois, retornou ao clube em 2015 na gestão de Eurico Miranda.
– Foi uma questão de momento, de contrato. Não tenho arrependimento. Depois voltei ao clube e acabei não tendo chance. Aconteceu o que tinha que acontecer. Não me arrependo.
Sequência em Portugal
Sem chances no time principal do Vasco, Matheus precisou ir para Portugal para ter a primeira sequência de partidas na carreira. Emprestado ao Estoril, teve bom início no clube, com três gols e uma assistência em cinco partidas. Ao fim da primeira temporada, o clube português exerceu a opção e comprou 50% do jogador.
Em Portugal, Índio conviveu com vários brasileiros, como Matheus (filho de Bebeto), Dankler e Kléber. Mas foi com os portugueses, no entanto, que ele diz ter aprendido e evoluído.
– Acho que mudei na questão tática. No Brasil eu jogava mais como meia centralizado. Hoje, também jogo em outras funções, jogo mais aberto pelos lados do campo. Consigo fazer as duas funções. Evoluí muito.
– É um futebol totalmente diferente no Brasil. O Jorge Jesus conseguiu trazer para o Flamengo um pouco disso. Essas questões de intensidade, leitura de jogo. É uma filosofia diferente. Em Portugal você tem que ficar ligado o jogo todo, a intensidade é outra, o jogo é sempre acelerado. No Brasil é um ritmo mais lento.
Globo Esporte