Lisca classifica treinar o Vasco como sonho e cita aproveitamento ruim após sua saída

O técnico Lisca ainda ressaltou que o Vasco da Gama, depois da sua saída, seguiu mal e teve aproveitamento de rebaixado na Série B.

Lisca durante o jogo contra o Operário-PR
Lisca durante o jogo contra o Operário-PR (Foto: Joao Vitor Rezende Borba/AGIF)

Lisca não teve uma boa passagem pelo Vasco da Gama e sabe disso, o que voltou a destacar em entrevista concedida ao site Uol. O desempenho ruim à frente do Gigante acabou sendo uma decepção para o técnico que, segundo o próprio, sempre sonhou em comandar o Clube, muito pela admiração com sua história.

– Foi bem difícil porque treinar o Vasco era um sonho. São 20 milhões de torcedores, é um gigante. A história do Vasco é linda, o time que abriu as portas para os negros, os proletariados, os trabalhadores. Trabalhei muito para chegar no Vasco. Minhas filhas, a gente sempre gostou muito do Vasco.

A distância a cada rodada do acesso ocasionou no pedido de saída do comandante, o que não foi uma missão fácil. Reconhecendo que não tinha muito futuro, Lisca contou que não estava se sentindo em condições de fazer com que a equipe vascaína fosse melhor e, portanto, resolveu “cortar na própria carne” e pedir demissão do Gigante.

– Tomar a iniciativa de sair foi muito complicado, mas era preciso ter responsabilidade também com a instituição e eu jamais iria atrapalhar o Vasco. Não estava me sentindo em condições de dar aquilo que estava precisando. É praticamente cortar na carne. O futebol é resultado e ali a expectativa era muito grande em cima do meu trabalho e eu não tinha condições de puxar um processo com 20 milhões de torcedores descrentes com o que estava acontecendo – explicou o comandante, que ainda apontou o baixo aproveitamento após sua saída:

– Preferi sair do que insistir e assim deixar as portas abertas para, de repente, chegar num momento diferente, que possa conceber o trabalho, treinar, ajudar na montagem do plantel e, depois que saí, o Vasco trouxe o (Fernando) Diniz que, de novo, trouxe uma melhora no início, mas depois houve uma queda e saiu também. Depois que saí o aproveitamento foi de 37% nas últimas rodadas, de rebaixado. Sem as condições melhores, eu também não iria conseguir fazer o trabalho e acabar deixando a imagem cada vez mais desgastada. A responsabilidade acaba estourando toda no treinador e muita vezes não é aquele trabalho que você concebeu.

Lisca comandou o Vasco entre julho e setembro do ano passado. Nesse período, ele esteve à frente da equipe vascaína em 12 partidas, com quatro vitórias, um empate e sete derrotas, somando ainda 13 gols marcados e 17 sofridos. O aproveitamento foi de apenas 36,1%. Desde então, o profissional está livre no mercado em busca de um novo clube.

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