Leven Siano lamenta recusa da diretoria à sua ajuda ao Vasco

Após a diretoria do Vasco da Gama não se manifestar, e tacitamente recusar a implementação do projeto Somamos como alternativa à criação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), Leven Siano publicou texto no Instagran lamantando.

– Lamento que, mesmo deixando de lado a mágoa de não ter o cargo que me está sendo escandalosamente usurpado (como prova o julgamento recente das eleições do rival) eu ainda assim, desesperado em ver a enorme incapacidade da gestão que lá está, busco ajudar mesmo correndo o risco de entrar em um ninho de cobras, mas mesmo assim tal ajuda é rejeitada contra a vontade da maioria esmagadora da torcida – escreveu.

A oferta foi feita pessoalmente a Adriano Mendes, VP de finanças em São Januário, que ainda não respondeu. Segundo divulgado na mídia, Leven Siano assumiria a pasta de futebol com o objetivo de montar uma boa equipe e trabalharia com uma equipe de executivos na captação de recursos para o Clube.

Texto de Leven Siano

Obrigado ao carinho de praticamente toda a torcida, de muitos Grandes Beneméritos e Beneméritos, especialmente o Dr. Itamar Ribeiro de Carvalho e Sergio Frias e a maior parte do quadro social do VASCO.

Lamento não poder fazer vocês felizes, mesmo tendo tido muito mais votos dos que lá estão.

Lamento não poder ter colocado em prática soluções estudadas no mercado por anos junto a novos potenciais parceiros que estavam entusiasmados em fazer parte da nossa história.

Lamento não poder trazer para o clube executivos que pudessem fazer a diferença.

Lamento que tantas possibilidades como um novo estádio ou recursos com custo muito mais barato que o custo da dívida atual não tenham podido ainda ser implantados por ignorância, despeito, inveja, soberba ou, quiçá, razões que possam não ser republicanas.

Lamento que, mesmo deixando de lado a mágoa de não ter o cargo que me está sendo escandalosamente usurpado (como prova o julgamento recente das eleições do rival) eu ainda assim, desesperado em ver a enorme incapacidade da gestão que lá está, busco ajudar mesmo correndo o risco de entrar em um ninho de cobras, mas mesmo assim tal ajuda é rejeitada contra a vontade da maioria esmagadora da torcida.

Lamento se querem autorizar a diretoria a constituir uma empresa sem sequer deliberar esse assunto com os sócios proprietários, apropriando-se de um bem que não lhes pertence.

Lamento se humilharam tanto nossa auto-estima que fizeram muitos acreditar que uma lei ruim de clube-empresa possa ser a solução, sem lhes informar os reais custos, riscos, tributos e comissões dessa operação.

Sem lhes informar qual o projeto estratégico, quais ativos serão repassados, a qual preço e qual o critério de cálculo deste preço e para que comprador. Sem informar que, talvez, não haja aporte externo mas que isso seria mera firula para criar cargos remunerados para alguns hoje “voluntários” e atrair “empréstimo” do próprio torcedor, que a cada dia está mais desanimado.

Mais uma vez convoco todos a se associarem como sócios votantes para que, nas próximas eleições, se nada vier da Justiça antes, possamos dar a maior surra nas urnas da história do nosso clube. Essa será a melhor resposta.

A informação de que Leven e Adriano conversaram repercutiu entre os vascaínos, que, politizados, discutiram sobre a possibilidade. A grande maioria é favorável à proposta do advogado.