Léo Jardim elogia Pedrinho e afirma que Vasco buscará o título da Copa do Brasil

Classificado para as quartas de final da Copa do Brasil, o Vasco conhecerá seu adversário no sorteio da próxima terça-feira. Na ponta do lápis, seis jogos separam o clube do título que não vem desde 2011. Léo Jardim afirmou nesta sexta-feira que levantar a taça é um dos objetivos do elenco.

Nas duas fases anteriores, o Vasco teve confrontos muito equilibrados e eliminou Fortaleza e Atlético-GO da competição. Os clubes ainda vivos na disputa também são todos da Série A, o que indica mais um duelo difícil pela frente.

– São seis jogos para ser campeão. Mata-mata é muito equilibrado. Podemos competir e fazer grandes jogos, como demos provas recentes. Precisamos vencer os jogos que precisamos para conquistar o título – disse o goleiro do Vasco em entrevista ao Charla Podcast.

“Sabemos da dificuldade e da qualidade dos adversários, mas temos esse objetivo (de sermos campeões), sim”, completou.

Titular da meta do Vasco há duas temporadas, com 85 partidas disputadas, Léo Jardim disse que está vivendo no clube o melhor momento de sua carreira.

– O momento, que estou tendo até agora, é o de maior sequência de jogos. É o melhor momento da minha carreira. Por mais que tenha sido um ano muito difícil, valorizou muito meu trabalho. O objetivo é sempre o goleiro trabalhar menos, né (risos), que seja mais equilibrado. Mas o importante é que quando precisou, consegui ajudar – disse.

O 2023 do Vasco

Na longa entrevista, Léo Jardim falou de tudo um pouco. Contou, por exemplo, alguns bastidores da campanha da fuga do rebaixamento do Vasco no ano passado.

Na opinião do goleiro, a comissão técnica formada por Ramón Díaz e seu filho, o auxiliar Emiliano Díaz, tiveram papel fundamental na reação no Brasileirão.

– Acho que foi a energia que o Ramón e Emiliano trouxeram. Faziam questão de fazer acreditar que era possível. As chegadas foram muito importantes, o time ficou mais sustentado. Um momento muito chave foi um jogo atrasado contra o América-MG. A gente foi amassado no primeiro tempo, um zagueiro deles é expulso porque dá uma cotovelada, e aí muda o jogo. No último minuto, o Jair marca o gol, e aí saímos da zona de rebaixamento. Foi uma grande virada de chave.

– Tinha muito boa relação com ele, Emiliano, Diego… Eles agregaram muito. Estávamos fragilizados, eles foram importantes nessa parte mental e de intensidade. Sou muito grato a eles. Muitas vezes, vemos trocas de goleiros, para ver se mudam algo, mas eles foram sempre muito francos comigo – disse Jardim, que tinha Ivan como reserva em 2023.

“Eles colocaram a mão no fogo por mim”, concluiu.
A presença de Pedrinho
Desde que o Vasco associativo, com a figura do presidente Pedrinho, assumiu o comando da SAF do Vasco, Léo Jardim acredita que o ambiente interno mudou.

– Quando aconteceu tudo isso da 777 e a briga toda, a primeira coisa foi: o que vai acontecer? A semana do Flamengo misturou tudo, tinha a chegada do Álvaro (Pacheco), era tudo ao mesmo tempo. Foi tudo muito conturbado. Não estávamos jogando bem. Mas com relação à presença do Pedrinho, o que mudou foi ter essa figura do presidente. Ele entende o quanto era importante ter alguém ali no dia a dia, para respaldar, conversar, decidir as coisas. Foi muito importante ter ele e Felipe ali – contou o camisa 1 do Vasco.

– Nos encontrávamos numa situação confusa, mas que depois foi clareando. O dia a dia não mudou, a questão salarial está toda normal. A mudança foi essa. Ter essa figura do presidente, ainda mais sendo o Pedrinho, prestigiado, que jogou bola… Foi muito importante para nós.

– É um cara que está sempre disponível. Ele tem uma equipe muito boa por trás dele também. Ele está lá no dia a dia. Sempre que precisamos de algo, ele está ali. Ele tem a vivência, então às vezes nem precisamos falar – concluiu.

Payet e Coutinho

No Vasco, Léo Jardim é companheiro de Payet e Philippe Coutinho. Ele resumiu a qualidade da dupla.

(O Payet) é mais na dele, tá sempre no Ipad dele, mas ele faz tudo certinho. É muito profissional.

– (O Coutinho) É outro cara que não sabe tudo que ele representa. Muito humilde, tranquilo. Tu nem percebe às vezes que ele tá ali. Ele não parece saber o tamanho que tem. Uma pena a lesão dele, vai demorar para voltar um tempinho, mas quando voltar vai ajudar. Eles são diferente demais.

Fonte: Globo Esporte