Juninho Pernambucano palestrou na Facha

Juninho Pernambucano palestrou na noite de ontem, no auditório das Faculdades Integradas Hélio Alonso.

Após um dia de trabalho e frustração por ter sido vetado para o jogo contra o Bahia, no próximo domingo, às 16h, no estádio de Pituaçu, por conta de dores na panturrilha direita; Juninho Pernambucano participou, na noite da última quinta-feira, no auditório das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), em Botafogo, de um bate-papo sobre assessoria de imprensa e futebol com alunos de pós-graduação da instituição.

Em clima de uma descontraída conversa entre amigos, o Reizinho esbanjou conhecimento e, numa fluência digna dos melhores professores, se não chegou a dar uma aula, transmitiu várias lições a uma plateia encantada com sua articulação e com a convicção de suas opiniões.

– A principal função do assessor é proteger o jogador, que muitas vezes leva desvantagem diante dos jornalistas, que tiveram de estudar para exercer a profissão. O assessor tem que orientar o jogador para que ele possa escapar das polêmicas que, muitas vezes, vêm nas perguntas. O cara não é atleta 24 horas. Tem filhos, família. Sua imagem precisa ser protegida, mas entendo o lado dos jornalistas, que precisam das respostas, das opiniões – lecionou.

Questionado sobre as diferenças que encontrou, no retorno ao Vasco, quanto à relação entre clube e imprensa, numa comparação com o período da administração de Eurico Miranda, foi franco:

– O Eurico tinha um jeito de levar que às vezes era bom, às vez ruim. Era um torcedor apaixonado, mas também era presidente. O presidente tem que saber a hora de ser torcedor e a hora de ser dirigente. Dentro do clube, a atuação da imprensa é questão de sua assessoria. Não acho é que se tenha direito de impedir o jogador de falar fora do clube – opinou.

Juninho respondeu a perguntas sobre diversos assuntos relacionados ao futebol. Seleção Brasileira, futuro no Vasco, possível jogo de despedida pelo Sport-RE e, ao ouvir de torcedora do Flamengo que seria uma honra tê-lo no time, agradeceu e, bem-humorado, rechaçou a possibilidade.

– Muito obrigado, mas isso jamais vai acontecer – declarou, fazendo a plateia cair em gargalhadas. – Pela identificação com o Vasco, a história que construí, o respeito – completou.

Quanto ao futuro, manifestou o desejo de continuar na Colina, mas reafirmou não haver nada definido.

– Tenho contrato até dezembro e não sei o vai acontecer depois.

Questionado se gostaria de fazer um jogo de despedida pelo Sport-RE, seu clube de infância, demonstrou humildade:

– Não me considero um jogador muito importante na história do Sport, mas se fosse convidado, seria um prazer, uma honra – respondeu.

Ao final do encontro, o craque vascaíno presenteou um dos ocupantes da plateia, sorteado, com uma camisa do Vasco autografada, um sorriso sincero e a pose para uma fotografia digna da parede mais importante da casa.

Percorreu os 30 metros, aproximadamente, que separam auditório e estacionamento, lenta e pacientemente, sendo abraçado e fotografado por alvinegros, tricolores, rubro-negros e entusiasmados vascaínos, que se despediram de seu Reizinho entoando o canto que o tem como protagonista.

Transcender rivalidades tão intensas quanto as futebolísticas para conquistar o bem-querer de todos é privilégio dos poucos que, como Juninho, são craques na bola e na vida.

Fonte: lancenet

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