Jogadores do Vasco elogiam início do trabalho de Diniz e citam maiores broncas

Em três semanas no comando do Vasco, Fernando Diniz treinou a equipe em cinco partidas e realizou mais de uma dezena de sessões de treino, números suficientes para os jogadores pudessem conhecer o modo de trabalho. Com broncas públicas nos jogos e outras privadas nos treinamentos no CT Moacyr Barbosa, o técnico tem causado boa impressão.

A verdade é que ninguém está a salvo das broncas de Fernando Diniz nos treinamentos do Vasco — e isso vale desde os mais experientes, como Léo Jardim e Coutinho, até os jovens como Rayan e Luiz Gustavo. Tudo isso é visto de maneira bem positiva pelos jogadores.

“Ele quer o nosso bem. Não tem maldade nenhuma, é só a forma dele cobrar mesmo. Ele se preocupa com cada um”, disse o goleiro Léo Jardim ao ge.

— É sabermos entender e nos adaptar a isso. Tem muita coisa boa para acontecer ainda. É uma junção que tem muito para dar certo – completou.

Coutinho, muito elogiado pelo técnico, foi recíproco sobre as primeiras impressões com Diniz. O meia campeão da Champions League e com Copa do Mundo no currículo disse que tinha o sonho de ser comandado por ele.

— O Diniz tem ideias que eu nunca tinha visto.

— Vou procurar aprender ao máximo nos treinamentos para colocar nos jogos em prática. Ele nos cobra bastante nos treinamentos. É uma honra trabalhar com ele. Sempre tive esse sonho de trabalhar com o Diniz — disse Coutinho depois da classificação na Sul-Americana.

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No Media Day, dia no qual o ge teve acesso aos jogadores no CT do Vasco, Coutinho brincou sobre a duração dos treinos e sobre as broncas, que não são exclusivas aos garotos da base. Ele revelou que, no intervalo da partida contra o Operário, ouviu muitas cobranças do treinador..

— Ele tem uma visão muito otimista, trouxe isso. Conversa muito com os jogadores, passa muito vídeo. Isso nos incentiva. Não deixa ninguém na zona de conforto. Ele grita com todo mundo, é bom pra todo mundo isso. A gente tem trabalhado muito. Os treinos têm sido muito intensos e duradouros.

— Ele não tem feito isso só com eles (da base), não. Nos treinos ele cobra pra caramba, no intervalo da última partida (contra o Operário na Copa do Brasil), ele me cobrou pra caramba. Ele quer que a gente melhore. Quer ganhar coisas no Vasco. Para isso, tem que ter um comandante assim, que cobre na hora certa, que seja o paizão. É um privilégio trabalhar com ele.

Vegetti brinca: “Estou saindo ileso”

Quem parece estar passando impune, em um primeiro momento, é o atacante Vegetti. Talvez o fato de ser o artilheiro do time na temporada e sob o comando de Diniz ajude.

— Eu ainda estou saindo ileso. Mas já rolaram, sim (broncas). Mas os esporros são bons. São para crescermos, melhorarmos. Todos estão felizes com o trabalho dele. Dos mais novos aos mais velhos, todos escutam ele. Eu quero muito aprender, quero melhorar, já falei isso com ele.

— Ele gosta muito de falar com Rayan, Luiz Gustavo. Eu gosto muito de como ele fala. Esse esporro eu gosto muito. Eu falo que ele tem um coração um pouco argentino. De transmitir e falar, acho que estávamos precisando disso — revelou Vegetti.

Não é novidade para ninguém que Rayan virou o queridinho do novo técnico do Vasco, e o efeito tem sido imediato. O atacante teve um salto enorme de performance, fez gols contra Operário, Melgar e foi o melhor jogador do Vasco em campo na derrota para o Fluminense.

“Ele está sendo um paizão para mim”, reconhece o atacante de 18 anos.

Me ajudando muito, dando muita confiança. Com esses jogos vim evoluindo bem. Ele dá muita confiança para os mais novos. Já fez isso muito em outros clubes, e ele está fazendo a mesma coisa comigo — comentou Rayan.

Fonte: Globo Esporte