Henrique reforça gratidão ao Vasco da Gama

O lateral-esquerdo Henrique não escondeu a felicidade de disputar a Libertadores vestindo a camisa do Vasco da Gama.

Desde o dia 21 de fevereiro, quando Martin Silva garantiu a classificação heroica na Bolívia, o foco da torcida vascaína é apenas um: a estreia na fase de grupos da Libertadores. Conforme a hora chega, a expectativa vai aumentando – não só nos torcedores, como nos jovens atletas. Muitos nunca jogaram a competição e terão trabalho para enfrentar de cara um gigante chileno. Nada que tire o sono do lateral Henrique.

– Não existe isso de time mais forte ou fraco. O Vasco é grande na Libertadores, no cenário nacional e internacional. É lá dentro que o jogo vai se resolver, temos um elenco forte, muitos já têm experiência na competição. A camisa vai ser bem representada, pode ter certeza. Vamos nos dedicar ao máximo – afirma o camisa 16, que será titular na terça.

O confronto de amanhã contra a Universidad de Chile marca a estreia ‘oficial’ na Libertadores. Mas, antes disso, o Vasco teve fortes emoções nas fases preliminares. Será que já deu para sentir o clima da competição mais importante da América do Sul?

– Deu sim. Antes do jogo contra o Universidad Concepción, o Fabrício me chamou no vestiário e disse: você vai entrar em campo e sentir uma sensação completamente diferente. E é verdade, foi incrível. Para mim é gratificante, devo muito ao Vasco e minha família também. Estudei aqui dentro e cresci como pessoa. Muitos queriam estar aqui, muitos amigos ficaram pra trás. É uma felicidade imensa disputar a Libertadores. A camisa da estreia está guardada e ficará no quadro.

TRÊS ZAGUEIROS OU LINHA DE QUATRO?

Durante a preparação para a estreia, Zé Ricardo surpreendeu ao utilizar uma formação inédita no clássico contra o Fluminense. O esquema no 3-5-2 é uma das possibilidades para o Vasco nesta terça, mas o treinador só decidirá no treino de hoje em São Januário. Henrique não tem preferência.

– Zé conversa muito com o grupo. Podemos mudar nosso esquema, mas não nosso conceito de jogo, que trabalhamos desde o ano passado. Independente da formação, o jeito de jogar será o mesmo. Treinamos com dois, com três zagueiros, Linha de três, quatro ou cinco.

A maior diferença nas formações é exatamente o papel dos laterais Henrique e Pikachu, que apresentam características ofensivas e deficiências na defesa. Com três zagueiros, ganham liberdade – mas não se acomodam.

– Temos nossas responsabilidades. Fico mais livre, mas tenho que marcar também. Temos compromisso de ajudar o companheiro que joga atrás. Gosto de jogar das duas formas. Tem Brasileiro, Libertadores, Carioca, são muitos jogos no ano. Podemos mudar a formação de acordo com os jogadores e adversários que nós temos.

Mesmo com dois laterais experientes, você se mantém firme na posição. Como é a disputa pela titularidade?

– Só tenho que agradecer, sei da qualidade do Ramon e Fabrício. Eles têm história no futebol brasileiro e internacional. Mas sabia que tinha que estar preparado para as oportunidades, que vieram nos últimos sete jogos do ano passado. Sei da importância do grupo, eles me dão conselhos e dicas no vestiário. Não só o Zé, que é o cabeça, mas toda a comissão técnica. É todo um conjunto que vem desde o ano passado.

Enquanto você dá assistências na esquerda, o Pikachu balança as redes pela direita…

– Brinco muito com Yago, ele é o artilheiro do time, tem feito muito gol. Só faz gol quem chuta. Ano passado nós fomos contestados, criticados, mas graças a essa comissão que acreditou no nosso trabalho, demos a volta por cima. Fundamental é ter determinação e trabalho, só assim que a gente reverte qualquer situação. Agradeço aos amigos que apoiaram a mim e ao Pikachu, grande jogador e amigo particular meu.

Como vai ser enfrentar o Rafael Vaz em São Januário?

– A gente sabe da qualidade do Rafael, é um amigo nosso, sempre foi boa pessoa. Ainda não falei com ele, mas cada um defende o seu agora em campo.

Lancenet

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