Gustavo Caldeira atualiza situação de jogadores entregues ao DM do Vasco

Gustavo Caldeira, Coordenador do Departamento de Saúde e Performance do Vasco da Gama, atualizou a situação dos jogadores.

Gabriel Dias em ação contra o Londrina
Gabriel Dias em ação contra o Londrina (Foto: Daniel Ramalho/ Vasco)

Entregues ao departamento médico do Vasco, Gabriel Dias e Nenê ainda sentem dores e são dúvida para a partida do próximo domingo, contra o Sport, no Maracanã. Coordenador do Departamento de Saúde e Performance do clube, Gustavo Caldeira atualizou a situação dos jogadores em entrevista nesta sexta-feira.

De acordo com Caldeira, o caso mais complicado é o do lateral-direito, diagnosticado com tendinite patelar no joelho direito – por esse motivo, foi desfalque na derrota para o Novorizontino na última rodada.

– O caso dele é um pouco complicado, ele ainda sente bastante dor. Não consigo dar uma previsão de vai voltar no próximo jogo ou não. Porque, hoje, sexta, ele ainda tem dor, ainda está em tratamento. Ele faz parte do treino indoor e parte do treinamento para não perder a condição. Mas não consigo dar uma previsão porque ele ainda tem dor – explicou Gustavo Caldeira.

Por sua vez, Nenê foi substituído no segundo tempo da partida em Novo Horizonte, mas o médico do Vasco garante que a alteração se deu por motivos técnicos apenas. O camisa 10 foi submetido a um exame de imagem na manhã desta sexta-feira, que descartou lesão grave e identificou apenas um edema na panturrilha direita.

– A gente vai avaliar no dia a dia. Hoje ele ainda está com um pouquinho de dor, principalmente apalpando. Mas amanhã creio que ele esteja melhor já, 48h depois do jogo. E aí conseguimos dar uma previsibilidade melhor – disse Caldeira, que complementou:

– O edema é em um ponto diferente de onde ele tinha dor no treinamento. Sempre que um atleta tem uma dor, a gente faz alguns exames e avaliações de marcadores bioquímicos. Todos esses estavam normais durante a semana, ele vinha treinando e performando perfeitamente. A partir do momento em que o atleta treina com algum tipo de dor e essa dor é suportável, a gente não tem indicação de tirar o atleta, a não ser que seja um caso muito específico, que não era o caso. Ele jogou, performou. Se foi mal ou não, isso independe do departamento médico.

Veja outras respostas de Gustavo Caldeira, coordenador do DESP

Anderson Conceição

– O Anderson Conceição tomou ponto contra o Operário. No intervalo a gente fez a sutura e ele já jogou, então ele jogou com ponto também contra o Operário. Não existe contraindicação para o atleta jogar com pontos. É óbvio que é uma decisão compartilhada com o atleta. Como não existe contraindicação absoluta do departamento médico para ele jogar, o atleta também participa dessa tomada de decisão. Se ele se sentir confortável, estiver confiante para jogar e o treinador quiser apostar no atleta, não tem por que tirá-lo.

– O que acontece? Quando faz um curativo, a gente ordenha o curativo, espreme a ferida para drenar aquele tipo de hematoma. A realização do curativo já gera um trauma. Quando a bola bate na região da ferida, é como se estivesse espremendo aquela região, então sangra, sai algum tipo de secreção entre os pontos. Os pontos não abriram, a gente fez um ponto cego, um novo curativo, com esparadrapo mais firme para drenar o sangramento. E assim foi feito.

Balanço da temporada

– A gente tem sete meses de temporada e seis lesões de músculo tendíneas. Isso para um média de lesões por ano é muito baixo. Isso de deve a todo um trabalho que a gente faz não só no Desp, mas em conjunto com a comissão técnica de trabalho de carga, enfim. É óbvio que o jogador vai fadigar ao longo da temporada, a gente tem que ir tateando esse atleta, o grupo, para saber qual atleta vai poupar no treino. Mas, sim, existe o atleta que vai fadigar, principalmente agora que os jogos estão acontecendo com uma frequência maior. Mas nós temos dados e capacidade para controlar os atletas e manter esse número baixo de lesões. Seis lesões musculares em sete meses de trabalho, incluindo uma pré-temporada, é muito pouco.

Protocolo com o Nenê

– Esse protocolo com o Nenê não foi abandonado, partiu do DESP, inclusive. Toda vez que o Nenê faz um jogo e se reapresenta, ele é avaliado, reavaliado durante a semana, a gente programa os dados físicos dele e vai controlando a carga. Aqui no Desp a gente prefere controlar a carga de treinamento do que limitar a de jogo. Se eu conseguir estipular a carga de treinamento semanal para que seja aceitável e que de forma que ele se mantenha bem, não tem por que tirá-lo do jogo. Mas a partir do momento em que os jogos aumentam a frequência e ele não conseguir se recuperar, e os dados nos mostrem que ele não está recuperando, a gente volta a fazer um protocolo de poupá-lo.

Sarrafiore e Ulisses

– O retorno deles permanece programado para julho. O Sarrafiore está muito bem. Ele realizou a cirurgia no dia 14 de outubro de 2021 e vai provavelmente retornar agora, nove meses depois, sem nenhuma limitação. Ele já treina com o grupo, está no finalzinho da transição dele para ser entregue ao departamento de preparação física. O Ulisses também, a cirurgia foi no dia 15 de março, há um pouquinho mais de três meses. Está dentro do período programado para retorno, ainda não treina com o grupo, mas treina no campo. É provável que, nos próximos dias, vai estar treinando com o grupo sem qualquer limitação

Fonte: Globo Esporte

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