Goleiro do Boavista fala sobre passagem pelo Vasco
Rafael afirmou que os erros durante a passagem pelo Vasco da Gama ficou para traz e se diz mais maduro para o reencontro.
Vencer o Boavista hoje, às 19h30, em Cariacica (ES), é fundamental para o Vasco não apenas pela luta por uma vaga na semifinal da Taça Rio. Mas também porque, em caso de derrota, o adversário abrirá nove pontos de diferença na classificação geral — o que tornará mais difícil o sonho cruz-maltino de ficar entre os quatro primeiros. A missão de segurar o time de São Januário está nas mãos de um velho conhecido: o goleiro Rafael, para quem o local do reencontro é simbólico.
Foi no Espírito Santo que ele viu sua história com o Vasco terminar. Durante pré-temporada em Vila Velha, em 2009, ele teve o contrato rescindido depois que fotos dele e outros atletas com mulheres no hotel da delegação vazeram. Dispensado, assinou com o Fluminense, onde foi campeão brasileiro em 2010. A história resume uma fase que ele garante ter espalmado para bem longe.
— Falhei, reconheço. Mas aprendi. Hoje sou diferente. Tenho 33 anos, estou mais maduro e profissional — afirma Rafael, que de lá para cá se casou e teve três filhos.
Além das mudanças na vida pessoal, o goleiro atravessou um período de oito meses desempregado, que o fez ver a profissão de forma diferente. Um abalo que ele não esquece:
— Foi em 2013. Ali passei por coisas que não desejo para ninguém. Momentos de depressão, amargura…
No Boavista desde o ano passado, ele celebra a boa fase pessoal e do time. Com a certeza de que reencontrou o eixo, vislumbra ainda uma nova chance num time grande. Mas não sem antes retribuir sua gratidão pelo clube de Saquarema. Nem que isso signifique parar o Vasco:
— É diferente jogar contra quem tenho carinho. Mas hoje sou Boavista e tenho que dar meu máximo.
Time da Colina precisa vencer
Com uma campanha até aqui irregular no Estadual, o Vasco entrará em campo sem crédito para novos tropeços. Hoje, o time é apenas o sexto na tabela geral, com dez pontos. Só se classificam às semifinais do Estadual os campeões dos turnos e os outros dois de melhor campanha geral. Como o Flamengo já venceu a Taça Guanabara, restam apenas três vagas. Por outro lado, o Boavista, com 16, sonha cada vez mais com a classificação. O time de Saquarema quer ser um penetra entre os quatro grandes.
— Apesar de novo, o Boavista hoje tem o respeito de todos. Conquistamos isso em campo — disse Rafael.
Em Cariacica, há a possibilidade de o técnico Zé Ricardo deixar alguns jogadores titulares fora. Wagner, que saiu do jogo contra o Macaé com dor no tornozelo esquerdo, é um deles. Por outro lado, Ricardo, poupado na última partida, pode reaparecer na equipe.
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