Gérson, Canhotinha de Ouro, sugere Talles mais avançado: ‘Não pode ser só ponta’
Segundo Gérson, popularmente conhecido como ''Canhotinha de Ouro'', Talles não pode ficar preso à ponta-esquerda no time do Vasco da Gama.
Considerado um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, o ex-meio-campista Gérson, popularmente conhecido como ”Canhotinha de Ouro”, analisou, em entrevista ao canal no YouTube Fanático Vascaíno, do jornalista Fabio Azevedo, o estilo de jogo e o posicionamento do atacante Talles Magno no Vasco da Gama.
Questionado por Fabio sobre a acentuada queda de rendimento de Talles em 2020 em relação a 2019, quando foi revelado, Gérson opinou que, da maneira que o jogador tem atuado, ele próprio, mesmo aos 80 anos de idade, também conseguiria jogar.
– Acho ele bom jogador, rápido, e rápido de raciocínio também. Fiz alguns jogos do Vasco e eu dizia o seguinte: ”Talles Magno, eu com 80 anos jogo onde você está”. Vou botar calção, chuteira e vou jogar. A bola vem pra mim, tô aqui na ponta, parado. A bola vem pra mim, domino e dou para o lateral, ou para o meio-campista, ou para o centroavante – disse o ”Canhota”.
Indo mais a fundo, Gérson disse que Talles não pode ficar preso à ponta-esquerda, isto é, que o atleta precisa ter liberdade para flutuar em campo e que, na referida posição, é apenas para tentar incomodar o lateral-direito adversário.
– O talento que ele tem, não pode ser só ponta-esquerda. Ele tem que passar por ali, ajudar a puxar o lateral e o meia entrar com ele. Ele não pode só ficar ali. Ali é só pra ele partir pra cima do lateral e ir embora – afirmou.
Por fim, o ex-jogador destacou a possibilidade de Talles Magno ser utilizado como segundo atacante, formando dupla de ataque num eventual 4-4-2, ou até mesmo como centroavante.
– Pode até usá-lo como segundo homem de frente, num 4-4-2. Segundo homem, ele. Centroavante, ele. Bota ele lá. Vai sair um pouquinho, como meia, e, de repente, você mete uma bola para ele ali, ele tá atrás dos homens do meio de campo. Ele vai estourar na zaga adversária, e ele tem habilidade para driblar os caras e fazer o gol – concluiu.
Aos 80 anos, Gérson desempenha atualmente a função de comentarista esportivo na Rádio Tupi. Como jogador, foi importantíssimo para a seleção brasileira na conquista do tricampeonato mundial, em 1970, no México, quando foi eleito o segundo melhor jogador da competição.