Germán Cano melhora seu aproveitamento com Ramon Menezes no Vasco

Germán Cano melhorou seu aproveitamento no Vasco com o técnico Ramon Menezes, que costuma dar atenção aos atacantes.

Principal destaque do Vasco na temporada, Germán Cano tomou ainda mais o protagonismo para si depois da chegada de Ramon Menezes. Os quatro gols marcados por ele nos dois últimos jogos do Campeonato Carioca nos mostram que houve uma melhora substancial no aproveitamento das finalizações com o novo treinador, que tem o costume de dar atenção aos atacantes.

De acordo com o Espião Estatístico, Cano finalizou 45 vezes nos 11 jogos disputados antes da pandemia. E fez cinco gols. Uma média de um gol para cada nove finalizações, portanto.

Já nas vitórias sobre Macaé e Madureira, as duas únicas partidas do Vasco desde a chegada de Ramon, o argentino finalizou um total de oito vezes e converteu metade delas. A cada dois chutes, um gol.

Cano com Abel – 11 jogos e 5 gols em 45 finalizações: média de 4,09 chutes por partida

Cano com Ramon – 2 jogos e 4 gols em 8 finalizações: média de 4 chutes por partida

Nota-se que a quantidade média de chances criadas para o atacante permaneceu a mesma. O que mudou foi o seu aproveitamento.

– O Cano já carrega com ele essa marca, o que o trouxe até o Vasco foi esse poder de decisão, principalmente na finalização, na hora de fazer gols. Ele, em pouco tempo de Vasco, mostrou isso – contou Ramon ao ge.

– É um jogador que se coloca muito bem. Se tiver uma, duas ou três oportunidades na partida, dificilmente ele vai deixar de fazer o gol ou os gols. E comigo não tem sido diferente – acrescentou.

A julgar pelo trabalho de Ramon Menezes pelos clubes que comandou, a tendência é isso melhorar. Ramon foi auxiliar fixo do Joinville por quase duas temporadas e depois acumulou passagens como técnico por ASEEV, Anápolis, Guarani-MG, Tombense e pelo próprio Joinville. E desenvolveu o costume de cobrar capricho nas finalizações e dedicar tempo ao treinamento dos atacantes.

Na época em que foi auxiliar do Joinville, por exemplo, Ramon foi peça importante na campanha do título da Série B do Brasileirão em 2014.

– Era ele que fazia o trabalho de complemento com os atacantes – conta ao ge Hemerson Maria, que era o treinador do JEC. – O Edigar Junio e o Jael foram jogadores que evoluíram muito com ele no trabalho de finalização, passaram a ser mais decisivos no momento de finalizar.

De fato, 2014 é até hoje a temporada mais artilheira de Jael, que fez 19 gols. Já Edigar, que marcou 16, só voltou a balançar as redes nessa mesma quantidade uma única vez: em 2016, pelo Bahia. Eles foram os artilheiros do Joinville naquela Série B, ambos com 12 gols. Hoje no Yokohama Marinos, do Japão, Edigar Junio é bastante grato ao “Ramonzinho”.

– A gente fazia várias situações de finalização, de todo jeito, simulando como se estivesse numa partida mesmo. O Ramonzinho foi bastante importante na minha vida, ele me dava muitos conselhos. Isso foi fundamental para o prosseguimento da minha carreira – reconhece o atacante.

Outro camisa 9 que também deve bastante a Ramon Menezes é Daniel Amorim, hoje no Avaí. O atacante vinha de temporadas cambaleantes no Tombense, com poucas partidas e gols escassos. Quando Ramon assumiu como treinador em 2016, no entanto, ele tomou as rédeas do setor ofensivo.

– O Ramon foi um cara muito importante para mim, trabalhou meu posicionamento dentro da área. Ele mesmo falava que já tinha jogado com grandes atacantes, então procurou me posicionar. Sei que fiz um número bom de gols com ele durante a temporada – conta Daniel, que terminou 2016 com 12 gols.

– Ele sempre trabalhou muito finalização, sempre quis o time atacando, que terminasse o jogo com mais finalização porque, dessa forma, teria mais chance de sair com a vitória – concluiu.

Globo Esporte

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